Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA DE GOIÁS
Coordenação de SALOMÃO SOUSA

 

 

 

EGUIMAR FELÍCIO CHAVEIRO

 

 

Possui Graduação em Geografia pela Pontífice Universidade Católica de Goiás (1987), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Goiás (1996), Doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (2001) e Pós-Doutorado em Saúde do Trabalhador pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ). Atualmente é Professor do Instituto de Estudos Socioambientais, da Universidade Federal de Goiás (IESA/UFG). É Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Espaço, Sujeito e Existência "Dona Alzira".

Mantém parcerias de trabalho com instituições em Moçambique/África, Cuba, Chile e Alemanha. Coordena projetos de pesquisas financiados pelo CNPq, CAPES e FAPEG.

Desenvolve trabalhos ligados à abordagem territorial do Cerrado; saúde, trabalho e território; cartografias existenciais de Pessoas com Deficiência; Geografia, literatura e arte.

É autor de vários ensaios científicos e de livros que interpretam Goiás.
Publicou o livro “A Vida é um Engenho de Passagens”.

 

 

 

 

 

 

POESIA DO BRASIL.  Vol. 5.  Org. Ademir Antonio Bacca.  Bento Gonçalves: Proyecto Cultural Sur - Brasil, 2007.  308 p.Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

 

Petulância

 

 

Você vai à loja de imaginação
E compra um cordão
Enquanto você se prepara para
Me presenteá-lo

Você pergunta: o que ele vai fazer
Com o cordão da minha imaginação?

 

Eu pego esse cordão

Feito de barbante e amarro-o no coração

e faço uma pétala

E agora sou eu quem pergunta:

Sou eu ou é você que é petulante?

 

 

 

 

Vaticínio

 

Peguei uma folha em branco
E fui pra o banheiro
Enquanto ouvi os meus restos orgânicos
Padeceram na descarga
Escrevi um poema de amor

 

Depois percebi que
Não havia papel higiênico

 

Dessa vez o meu poema
Entrou pelo cano

 

 

 

 

Estética

 

Quase tão bonito
Quanto um João-de-Barro
É a beleza de saber-se contente por vê-lo

 

Nesse caso, a beleza desse João
Está no barro dos olhos

 

E ver é construir essas casinhas
De significar moradas pela imaginação

 

E viver é, então, se transformar em passarinho
Num longo trabalho para a construção
De nossa casa de amor

 

 

 

 

Caminhar...

 

Os caminhos nos inventam
Mas somos nós que damos os passos
Fazer do percurso uma fonte de descoberta
É como compreender
Que misterioso é caminhar

 

 

 

 

Cicatrizes

 

Essas cicatrizes
Que carrego no corpo
São o ouro das minhas invenções
— e as minhas invenções
são a linguagem concreta dos meus sonhos

 

 

 

 

Eu sou Congo...

 

Eu sou Congo...

 

Você é Bélgica, lindas planícies monótonas;
Eu sou Congo, sinuosidade, ladeiras abruptas
Você é Bélgica, frígidas temperaturas
Eu sou Congo, faísca, brasa, fogo

 

Você é Bélgica, cisnes em lagos paradisíacos
Eu sou Congo, tigre de Bengala, fera

 

Eu Sou Congo, indagação, procura, cores, pele
Você é Bélgica, acomodação, prestígio, poder

 

Você é Bélgica, equilíbrio financeiro, cálculo,
estabilidade
Eu Sou Congo, força, resistência, luta

 

Você é Bélgica, instituição
Eu sou Congo, intensidade

 

Você é Bélgica, controle
Eu sou Congo, paixão. Paixão.

 

 

(Escrito a partir de uma releitura adaptativa
de uma crónica de Paulo Mendes Campos)

 

 

 

Página publicada em novembro de 2019

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar