Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA

Coordenação: SALOMÃO SOUZA

 

EDIR MEIRELLES

 

Nasceu em 19 de maio de 1939, em Goiás, Brasil. Após concluir o Curso de Contabilidade, iniciou o curso de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG). Entretanto, face à repressão política de então, especialmente no meio estudantil, abandonou os estudos e seguiu para o Rio de Janeiro, onde viveu semiclandestino. Com a redemocratização do país e graças à Lei da Anistía de 1979, foi reintegrado nas fileiras do Exército. É membro das Academias: Carioca de Letras; Guanabarina de Letras; Luso- Brasileira de Letras; Piresina de Letras e Artes (APLA). Outras entidades: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Sindicato dos Escritores do Estado do RJ (*); União Brasileira de Escritores (UBE- RJ) (*); União Brasileira de Escritores (UBE- GO) e PEN Clube do Brasil.

 

Obras publicadas: Poemas Contaminados; O Velho Januário (contos). Madeira de dar em doido (romance); Poemas Telúricos; O feiticeiro da Vila - (romance); Gigantes da Literatura e novos valores - (ensaios); Paixão na Lapa e outras histórias - (contos) e 50 Poemas selecionados. Participou de diversas antologias.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS – TEXTOS EN ESPAÑOL  -
TEXTES EN FRANÇAIS

 

FERREIRA, Sônia, org.  O coração do Brasil em sinfonia poética.  Goiânia, GO: Kelps, 2014.   134 p.  20,5x20,5 cm.   ilus.  col.  Fotrografias: Nelson Santos, Vagner Rosafá, Valdemy Teixeira.  Projeto gráfico e editoração: Adriana Almeida.   Promoção CECULCO. Apoio cultural: Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.  Edição trilíngue: português, espanhol, francê.   ISBN 978-85-8104-605-9.  Inclui 3 poemas, nas três línguas da edição, dos poetas: Aidenor Aires, Antonio Miranda, Brasigóis Felício, Coelho Vaz, Edir Meirelles, Elizabeth Caldeira Filho, Ivanor Florêncio, Isabel Dias Neves, José Guilherme Vargas (peruano, presidente da Casa del Poeta Peruano), José Fernandes, Júlia Franco, Marco Antônio Veiga de Almeida, Rosy Cardoso, Sônia Ferreira. Edição para lançamento durante o Encontro Mundial de Poetas no Peru, de 15 a 19 de outubro de 2014, tendo o Brasil como o país homenageado. 

 

 

POR QUE HÁ MAR?

 

Por que amar?

se imenso é o mar

que se contém

 

mesmo quando em cólera

não consegue se derramar

somente as conchas agitar

de encontro aos rochedos

na fúria de suas vagas

 

maré cheia maré vazante

sereias só me encantam

se tostadas na areia - tsunami...

Irrompendo vulcões

na praia de Copacabana.

 

Por que amar

se imenso é o mar

que se contém

mar de tormentas e encantos

das velas que se agitam

onde se esconde o celacanto

as amarguras do desamor.

 

Amar, amar, desarmar...

por que você se contém

se imenso é o mar?

 

Por que há mar? Porque amor... 

 

 

 

AFRODIVINO

 

quero-te bem bronzeada

ao ponto

no tempero

apimentada

 

sabes do meu paladar apurado

sendo que meus sentimentos

na mesa e na cama

são requintados

 

quanto aos condimentos

são fundamentais

pimenta do reino

afrodivino

 

o sal

 

deve estar à flor-da-pele

a fêmea sensual

cheirando a canela

 

temperatura

fogo em brasa

exalando perfume tropical

mania de brasilidade

 

 

 

POEMA TELÚRICO

 

Meus sonhos são infinitos

trabalho

e brinco com as formigas

brinquei com o mangue, com granitos

e lamabrinquei

cavalguei corcéis de argila

e o boi alado

formei e comandei exércitos

poderosos

mergulhei fundo nas raízes da cultura

fui ao encontro de meus antepassados

convivi com Zumbi dos Palmares

aprofundei discussões com o Conselheiro

lutei ao lado de Poti

descobri a incrível força telúrica

dos heróis populares

peregrinei nas caatingas do sertão

travei combates sérios e desiguais

amei guerrilheiras fogosas

disparei a metralha contra espantalhos

ombreei-me com os lendários Lampião

e Maria Bonita

tomei do padre Cícero a bênção

discutimos os caminhos do homem

a moderna igreja libertadora

a questão agrária

sonhei com a redenção humana

suas diretrizes e sementes

no eito da cana-de-açúcar

comi restos dos boias-frias

acampei ao lado dos sem-terra

e senti a chibata da repressão.

Ainda encontrei tempo para amar

e perpetuar-me.

 

 

 

 

MEIRELLES, EdirPalavra que lavra. Cuvântul care lucraza.  Editie/ edicion: portugheza-românã. Traducer/traduccion:”Carmen Bulzan.   Goiânia, GO: Kelps. 2016.  52 p.  15x21 cm.  Ilus. col.    Ex. Biblioteca Nacional de Brasília.


 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

Nació el 19 de mayo de 1939, en Goiás, Brasil. Después de concluir el curso de Contabilidad, inició el curso de Derecho de la Universidad Federal de Goiás (UFG). Sin embargo, vista la represión política de entonces, especialmente el medio estudiantil, abandonó los estúdios y se fué a Rio de Janeiro, donde vivió semiclandestino. Con el retorno de la democracia del país y gracias a la Ley de Amnistia de 1979, fue reintegrado en las filas del Ejército. Es miembro de las Academias Carioca de Letras, Guanabarina de Letras, Luso- Brasileña de Letras y Piresina de Letras y Artes (APLA). Otras entidades: Asociación Brasileña de Imprenta (ABI); Sindicato de los Escritores del Estado de RJ (*), Unión Brasileña de Escritores (UBE- RJ) (*); Unión Brasileña de Escritores (UBE- GO) y PEN Club de Brasil.

 

 

¿POR QUÉ HAY MAR?

 

¿Por qué amar?

si inmenso es el mar

que se contiene

aun cuando en cólera

no consigue derramarse

solamente las conchas agitar

de encuentro a los roquedos

en la furia de sus vagas

 

marea llena marea inundante

sirenas solo me encantan

si tostadas en la arena - sunami...

Irrumpiendo volcanes

En la playa de Copacabana.

 

Por qué amar

si inmenso es el mar

que se contiene

mar de tormentas y encantos

de las velas que se agitan

donde se esconde el celacanto

las amarguras del desamor.

 

Amar, amar, desarmar...

¿Por qué te contienes

si inmenso es el mar?

 

¿Por qué hay mar? Porque amor...

 

 

 

AFRODIVINO

 

Te quiero bien bronceada

al punto        

condimentada

picante

 

sabes de mi paladar exigente

siendo que mis sentimientos

en la mesa y en la cama

son finos

 

En cuanto a los condimentos

son fundamentales

pimienta en polvo

afrodivino

 

la sal

debe estar a flor de piel

la hembra sensual

oliendo a canela

 

temperatura

fuego en brasa

exhalando perfume tropical

manía de brasilidade

 

 

 

POEMA TELÚRICO

 

Mis sueños son infinitos

trabajo

y juego con las hormigas

jugué con el mangle, con granitos

y me embarré

cabalgué corceles de arcilla

y el buey alado

formé y comandé ejércitos

poderosos

me hundí fondo en las raíces de la cultura

fui al encuentro de mis antepasados

conviví con Zumbí dos Palmares

profundicé discusiones con el Consejero

luché al lado de Poti

descubrí la increíble fuerza telúrica

de los héroes populares

peregriné en las caatingas del árido sertão

luché combates serios y desiguales

amé guerrilleras fogosas

disparé la metralleta contra espantajos

me codeé con los legendarios Lampino

y María Bonita

tomé del padre Cicero la bendición

discutimos los caminos del hombre

la moderna iglesia libertadora

la cuestión agraria

soñé con la redención humana

sus directrices y semillas

En el sembradío de la caña de azúcar

comí restos de los plantadores

acampé al lado de los sin tierra

y sentí el chicote de la represión.

Aun encontré tiempo para amar

y perpetuarme.

 

 

 

TEXTES EN FRANÇAIS

 

 

Né le 19 mai 1939, à l'État de Goias, Brésil. Après avoir conclu le cours de Comptabilité, a débuté le cours de Droit de l'Université Fédérale de Goias (UFG). Cependant, face à la répression politique de l'époque, spécialement dans le milieu universitaire, a abandonné les études et est allé à Rio de Janeiro, où il a vécu dans la semiclandestinité. Avec la redémocratisation du pays et grâce à la Loi de l'Amnistie de 1979, il a été réintégré dans les filières de l'Armée. Il est membre des Académies: Carioca de Lettres; Guanabarina de Lettres; Luso- Brésilienne de Lettres; Piresina de Lettres et d'Arts (APLA). Autres entités: Association Brésilienne de Presse (ABI); Syndicat des Écrivains de l'État de RJ (*); Union Brésilienne d'Écrivains (UBE- RJ) (*); Union Brésilienne d'Écrivains (UBE- GO) et PEN Clube du Brésil.

 

 

POURQUOI Y A-T-IL LA MER?

 

Pourquoi aimer?

si immense est la mer

qui se contient

même quand en colère

n'arrive pas à se répandre

seulement les coquillages s'agitent

de la rencontre aux rochers

dans la fureur de ses vagues

 

marée montante marée descendante

les sirènes ne m'enchantent

que si grillées sur le sable - tsunami...

Éclatant des volcans

Sur la plage de Copacabana.

 

Pourquoi aimer

si immense est la mer

qui se contient

mer de tourments et de charmes

des voiles qui s'agitent

où se cache le cœlacanthe

les amertumes du désamour.

 

Aimer, aimer, désarmer...

pourquoi te contiens - tu

si immense est la mer?

 

Pourquoi y a-t-il la mer? Parce que amour...

 

 

 

 AFRODIVIN

 

je te veux bien bronzée

à point

dans l'arôme

pimenté

 

tu connais mon palais raffiné

vu que mes sentiments

à table et au lit

sont exquis

 

quant aux condiments

ils sont fondamentaux

poivre

afrodivin

 

le sel

doit être à fleur de peau

la femelle sensuelle

sentant la cannelle

 

température

feu en braise

exhalant un parfum tropical

manie de brasilianité

 

 

 

POÈME TELLURIQUE

 

Mes rêves sont infinis

je travaille

et m'amuse avec les fourmis

je joue avec le manguier, avec des granités

et j'ai joué dans la boue

chevauché des chevaux d'argile

et le bœuf ailé

j'ai formé et commandé des armées

puissantes

j'ai plongé au fond des racines de la culture

je suis allé à la rencontre de mes ancêtres

j'ai vécu avec Zumbi dos Palmarès

j'ai approfondi des discussions avec le Conseiller

j'ai lutté aux côtés de Poti          ,

j'ai découvert l'incroyable force tellurique

des héros populaires

j'ai séjourné dans les caatingas du sertâo

j'ai mené des combats sérieux et inégaux

j'ai aimé des guerrières fougueuses

j'ai déclenché la mitraillette contre les épouvantails

j'ai côtoyé les légendaires Lampiâo

et Maria Bonita

j'ai été béni par le prêtre Cicero

nous avons discuté les chemins de l'homme

la moderne église libératrice

la question agraire

j'ai rêvé à la rédemption humaine

ses directives et graines

dans le cas de la canne-à-sucre

j'ai mangé les restes des boias-frias

j'ai campé à côté des sans-terre

et j'ai senti le fouet de la répression.

J'ai encore eu le temps d'aimer

Et me perpétuer.

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2015


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar