CARLOS MÁXIMO
MÁXIMO, Carlos; GOUVEIA, ítalo. Retratos d´alma. Goiânia: Kelps, 2011. 111 p.
Caderno
Abro o caderno e vejo-o deserto:
Nele as ruas sangram ao longe
Porque de tal caderno, estou perto
E de mim, a palavra não se esconde.
Abraço o mundo sem tê-lo
Tenho fome e sede de escrever,
Sobretudo, o feito do capricho do novelo
Quero intensamente o poema descrever:
Quero povoar o poema sem poesia.
Quero ver pássaros bailando ao ar
Enquanto vejo jardim de alegria!
Quero poema de rua que possa me falar
De alguém, da natureza, da harmonia
Que expande ao vento... Ao voar!
Momentos
Entre os corpos entrelaçados,
Impregnados de perfumes ao lençol
Que aguçam desejos calados
De amor pleno levado ao sol!
Lembranças eternas de um momento
Nascido na lama de poeta breve
Por então excitação no pensamento
Que tanto liquida a greve...!
Cobre-se o templo com perfume
Que de inesquecível fica a carícia
Lembrada no doce ciúme...
Mas do lenço que vicia,
Restam sussurros que se resume
Ao corpo que tanto acaricia!
Página publicada em janeiro de 2013
|