Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA

Coordenação de SALOMÃO SOUSA



AUGUSTA FARO

 

 

Nasceu em Goiânia (GO), em 4 de novembro de 1948. Bacharelou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás. É mestra em Teoria da Literatura e Lingüística também pela UFG. Tem trabalhos sobre educação, artes, sociologia e história publicados em vários jornais e revistas especializadas. Prêmio Tiokô de Poesia, 1996. É colaboradora do Almanaque de O Popular, com página literária infantil, e é diretora-fundadora do Centro Educativo Piaget, pioneiro no Centro-Oeste. É membro da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, da Academia Goiana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, do Gabinete Literário da Cidade de Goiás, da União Brasileira de Escritores de Goiás e do Conselho Estadual de Cultura. Sua obra ganhou repercussão nacional, com adoção em vestibulares e reedições, depois que o seu livro de contos A Friagem foi resenhada pela revista Veja, em 1999, por Roberto Pompeu de Toledo.

 

Bibliografia: Mora em mim uma Canção Menina, poemas, Fundação Cultural de Goiás, 1982; Lua pelo Corpo, poemas. Editora da UFG, 1984; O Estado de Graça, poesia, Presença/RJ, 1988; O Azul é do Céu?, poemas infantis, Graf. O Popular, 1990; O Dia tem Cara de Folia, poemas infantis, Graf O Popular, 1991; O Usar a Cuca é melhor do que a Pança, conto infantil, Graf. O Popular, 1992; A Dor Dividida, um Caso de Aids, novela infantil, Editora Kelps,1994; Avesso do Espelho, poemas, prêmio nacional UBE-Rio de Janeiro, Multicomunicação, 1995; Por quem chora Potira?, lenda indígena, Editora Kelps, 1996; A Menina que viajou para o Sol, contos infantis, Editora Kelps, 1997; A Friagem, contos, prêmio Octávio de Faria, UBE-Rio de Janeiro, 1995, Editora Kelps, 1998.

 

 

 

COMPROMISSO

 

Nada a ver com a voz

mas a palavra

 

Nada a ver com o pulso

mas o sangue

 

Nada a ver com as chaves

mas a terra

 

Nada a ver com as sombras

mas os gestos

 

Nada a ver com a oferta

mas o pranto

 

Nada a ver com o fardo

mas o caminho

 

Nada a ver com a guitarra

mas a canção.

 

 

RETRATO

 

Aparente momento

atuando no tempo.

Pausa de paz desenhada

impressa transparência

— um sorriso.

 

Depois do instante

aderido às veias do papel

— quais as faces?

 

 

PRESSÁGIO

A dor que em mim permanece
é dor
arqueada na tarde ,
junco ausente da haste.

A dor divide,
partida de pássaro,
presságio de nuvens ,
no espaço o tempo coagulado.

Dor antiga
esfinge no retrato
deserto de meus dias desenhado.

 

 

BALANÇO


Metade de mim é manca
outra parte se arrasta
um tanto meu se desfaz
outra tenta se afirmar.

Parte de mim desconheço
parte reconheço e fico
outra porção me reparto
multiplico os duros olhos
e somos a boca fechada.

O que resta de mim,
salgo com sal grosso
e ponho no varal
para secar.

 

* * *

 

A solidão me bebeu, bebeu

como se fosse eu

toda água do mundo.

 

Fui traspassada pela tarde

e sangrou sol

por todos os lados.

 

 

 MOIRA

 

Nasci do ombro esquerdo de minha avó,

por isso tenho um olho no meio da testa,

que vê o fundo dos rios

e o contorno mais longe das montanhas.

 

Nasci em noite de tempestade

quando um raio abriu a concha

da escuridão mais escura.

 

Nasci olhando de lado,

como quem vê a poesia

brotando do chão

e me encharcando os sapatos.

 

MEYA PONTE. REVISTA QUADRIMESTRAL DE LITERATURA. No. 16  Editor: Arnaldo Sarty.   Pirenópolis,  Goiás: 2003.   162 p.  16 x 22,5 cm.                                                 Ex. bibl. Antonio Miranda

 

       Taj-Mahal

      
Meu corpo todo costurado de pérolas
       e os pés unidos como casal de pombos
       envolta em celofane cor de água
       sorrio o sorriso de antigas lembranças
       enquanto soam os relógios da sala.

       Lá fora os muros estão coberto de musgos
       e não posso tocá-los com os dedos
       e nem chamar os pássaros com meu canto
              A morte encarrega seu corpo de viúva
       e me cobre de margaridas pálidas
       Não respiro, senão acordo
              meu sonho
       que ainda se esconde sob meus
             cílios deitados.
       Agora permaneço.

 

 




 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar