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NAZARETH TUNHOLI
Nazareth Tunholi é natural de São Mateus – ES – Brasil.
Graduada em Língua Portuguesa e em Jornalismo, Nazareth é autora do ensaio filosófico Considerações Básicas para a Ética na Literatura, premiado na França, pela Academie Internationale de Lutèce. Possui sete livros publicados: Transparência (poemas e contos); O Voo da Águia (poemas); Revelações (poemas e ensaio), Poemário 2013 – A doce rebeldia de pensar; Por Amor (poemas), Poética Amazônica e Livro de Ouro Brasília 50 Anos (escrito com P. Donato).
Organizou quatro antologias “Ouro em Palavras e Imagens”; “XI Encontro Internacional de Escritoras”, “Por um Mundo Melhor” (organizadas com M. Fernandes) e “Sempre o Amor”. Primeira mulher a trabalhar no Banco do Brasil em São Mateus - ES, dá nome ao troféu instituído pela Academia Internacional de Cultura: “TROFÉU DO MÉRITO JORNALISTA NAZARETH TUNHOLI”, em homenagem à sua fundadora.
Foi presidente do XI Encuentro Internacional de Escritoras, realizado em Brasília, em 2014. LÁUREAS - Nazareth, recebeu várias homenagens e láureas, entre elas a Medalha do Mérito Cívico, outorgada pela Liga da Defesa Nacional, e a Medalha Amigos da Marinha do Brasil.
O RESGATE DA PALAVRA: I Antologia do Sindicato dos Escritores do DF. Brasilia: Thesaurus, 2009. 156 p.
ISBN 978-85-7062847-3 Ex. bibl. Antonio Miranda
Sempre Vinicius
Pra falar de Vinicius
preciso aquietar-me,
aguçar minha sensibilidade
e levitar num silêncio mágico,
para conectar-me com a paixão,
vagar entre cores e sabores,
vislumbrar mil formas
de contemplar o amor!
Pra falar de Vinicius,
preciso entregar-me ao tempo,
empenhar meu intelecto
e me tornar sentimento
para focar a vida
com a lucidez dos amantes eternos.
Pra falar de Vinicius de Moraes,
preciso sentir no peito a dor
de um estranho vazio
e, como ele, encontrar
o medo, a angústia
e o consolo após as lágrimas,
Procurando a plenitude.
Após tamanha preparação,
posso enfim ressaltar
o gênio de inesquecíveis amores,
os versos imortais do Poetinha,
tão marcantes no seu tempo
tão presente em nossos dias!
Ainda hoje sua voa ressoa
em prosa, versos e cantos,
revelando suas dores,
sua alegria de viver,
sua mania de amar muito,
seu orgulho de ser carioca,
e de sentir pulsar no peito
o coração mais negro do Brasil!
Balada para a mulher
Vai menina, doce criança!
Percorre as sendas que se estendem
à volta de tua realidade.
Dança, sonha e amanhece
na condição plural de mulher
e deixa fluírem tuas lembranças
das buscas, das bandeiras e da lida,
saboreia então tuas conquistas!
Esquece por hoje as contradições
que ameaçam o mundo,
contempla a luz, o saber, a vida,
passeia pela modernidade de teu tempo,
reluze na magia do presente,
oh ! Guardiã do equilíbrio,
pilar da paz a ensinar
as sérias lições do viver!
Acorda, agora, majestosa,
Real em tua plenitude,
E segue teu destino de brilho,
Esculpido com talento,
competência e suor!
Poesia em cores
O espírito da cor invade a natureza,
Pigmentando as criaturas e criações,
Iluminando o tempo e o sentido
De toda presença visível.
O inverno é cinza,
A primavera é colorida,
Maravilhosamente verde!
O verão é vermelho e amarelo,
róseo no calor de seu anoitecer.
O outono se alastra verdejante,
a tocar o apetite humano.
A felicidade é azul,
a tristeza é negra,
a nostalgia é cinza
e a apatia é opaca.
Mas a vibração da vida é vermelha
e o amor...
cintila milhares de tons!
TUNHOLI, Nazareth; FERNANDES, Meireluce. GENTE DE EXPRESSÃO III. Brasília, DF: 2012. 184 p. ilus. col. capa dura. No. 10 844 Exemplar doado por Meireluce Fernandes
para a biblioteca de Antonio Miranda.
Belo “Ode a JK” servido na comemoração do jubileu de ouro de Brasília.
ODE A JK
Conhecemos tua história, Juscelino,
filho de Julia e de João César,
nascido e criado em Diamantina,
órfão de pai aos três anos,
senhor de heróico destino!
Da simplicidade mais cristalina
e dos teus sonhos adolescentes,
aos livros, ao diploma de Medicina,
e aos arroubos duma carreira política,
que marcaria a história do Brasil.
Versátil e impetuoso,
singraste trilhas militares,
chegando a coronel-médico,
e a funções parlamentares,
depois, a nosso presidente!
Assumiste um projeto colossal,
na amplidão do cerrado,
de construir uma capital,
moderna, estratégica, federal,
a ousadia duma quimera.
No dia 21 de abril
de mil novecentos e sessenta,
Brasília capital do Brasil,
uma cidade pronta em festa...
E choraste na missa inaugural.
Repercutiram teus êxitos,
tuas metas e determinação,
de Brasília para os brasileiros!
Ainda agora tua voz ecoa
Exaltando o espírito pioneiro!
Disseste que Brasília seria
“cérebro das mais altas decisões”.
Ao longo destes 50 anos,
consolidaram-se tuas previsões,
pela tua confiança infinita!
Hoje te rendemos glórias,
nossa gratidão manifestando
teu amor à liberdade
e ao poder da democracia,
a Deus, a pela tua via, louvando!
Brasília é portanto
uma ode das mais altaneiras
ao espíritos desbravador
de Juscelino Kubitschek de Oliveira!
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Filho de brasileiros, Lúcio Costa nasceu na França,
e diplomou-se no Brasil:
Arquiteto e urbanista,
Lúcio Costa foi diretor
da Escola Nacional de Belas Artes,
professor “honoris causa” em Harvard,
comendador da “Legião de Honra” francesa.
Em 1957 venceu
o concurso do Plano Piloto,
com uma planta clara,
sintética e objetiva,
em forma de borboleta,
a que chamou Brasília.
Começou com o triângulo
da Praça dos três Poderes,
a cabeça da cidade.
Veio a Esplanada dos Ministérios,
o Eixo Monumental,
A cidade foi surgindo!
Ao partir, o imortal urbanista,
em 133 de junho de 1998,
deixou um precioso legado:
projetos geniais e o reconhecimento
de um Brasil que o reverencia.
Lúcio! A capital ganhou
o conteúdo humano
e a consistência urbana que vislumbraste,
“firmando-se com legítima
capital democrática do país”,
como disseste.
Tu que não foste capitalista
nem socialista,
tampouco foste religioso ou ateu,
mas tiveste a humildade dos sábios.
Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro de Lima e Costa,
a ti, com todas as honras,
a medalha do “Mérito
Cidadão Brasiliense”!
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Taguatinga no se alvorescer e a grande metrópole em que se transformou.
Taguatinga, um Hino de Amor
Nazareth Tunholi
Na firmeza do barro branco
beirando límpidos córregos,
da Fazenda Taguatinga,
surge a saga de um povo
e a Vila Sarah Kubitschek.
Santa Cruz de Taguatinga,
novo nome abre horizontes
e Ernesto Silva mostra
ao candango suas terras
definidas: Taguatinga!
Projeto de Lúcio Costa,
primeira cidade do DF
banhada pelo suor
de anônimos cidadãos
a desbravar o cerrado.
O afã da dura travessia
ao sucesso do presente,
não estava em plano algum
mas nas almas corajosas,
na labuta dessa gente.
Força singrando os ares
no vai e vem do dia a dia
invadindo o espaço e o tempo
rotina do crescimento,
Tagua Norte, Sul e Centro.
Suas residências, comércio
e também as suas indústrias
se integram no progresso
duma cidade repartida
na geografia de suas quadras.
Bem explicada em siglas
setores, conjuntos, casas,
e a cidade fazendo história,
esboça o sucesso futuro
com imenso labor do agora.
No brilho de olhos atentos
de milhares de habitantes,
o estilo Taguatinga de ser,
arte e produção abundantes,
e, serviços, lazer.
Taguatinga é referência
de trabalho e progresso
fruto das ações primeiras,
no Planalto Central do país,
de corajosos brasileiros!
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Página ampliada e republicada em agosto de 2024
Página publicada em julho de 2020
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