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BITH

 

 

Bith tem sido, desde sempre, o pseudónimo de Wilberth Claython F. Salgueiro, professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo, Desde1993.

 

Publicou, como Bith, Anilina (Autor, 1987), Digitais (Portopalavra, 1990), 32 poemas (Autor, 1996) e, feito Wilberth, Forças & formas: aspectos da poesia brasileira contemporânea (dos anos 70 aos 90) (Edufes, 2002).

 

 

 

BITH. Personecontos.  Vitória, ES: Flor & Cultura Editora, 2004.  120 p.  (Coleção Asas de Cera)   14x 21 cm.  ISBN  85-88900-12-X   Projeto gráfico e capa: Miguel Marvilla.  Col. A.M. 

“Os personecontos são sonetos formados — com raras exceções — por catorze versos decassílabos, heroicamente metrificados por Bith e costumam vir  numerados, numeração que penso dever ser mantida ou ajustada para edições posteriores, pelo feixe de significações que muitas vezes o número introduz no texto. O neologismo personeconto, criado para nomear esses textos avisa, no entanto, que não se trata simplesmente de sonetos, mas também de narrativas.

Melhor dizendo, fïcçôes que interrogam, nessa sua formulação, sobre a necessidade do divórcio entre os géneros, sobre a sua antiga, propalada e questionável incompatibilidade.”  Andréia Delmaschio

 

 

 

ARTHUR, ELIZABETH E O BOBO (15)

 

Baile de máscaras. Arthur encontra

Elizabete Hill em pé na porta,

vestindo a capa de vestal trazida

de Itália ou Grécia. "Não é linda?", diz,

 

fantasiada para a festa, Eliza.

Arthur, de porre, sem que a nobre note,

dá-lhe uma dose (ri) letal de absinto.

Deusa, vestal, Bete percebe o golpe

 

e troca as taças com Arthur, seu primo.

Antes porém que ele molhasse o bico

a taça some: quem terá bebido,

 

dentre os convivas deste baile cínico,

dose tão vil que nem à vida brinda?

Talvez o Bobo que, artista, riu-se.

 

 

 

LOURA (21)

 

Eu tomava uma média no Metrópolis

quando em meio à balbúrdia do balcão

sorriu-me (ou teria sido eu?)

linda, loura, simpática — a jovem.

 

Sorriu-me, e saiu. Fui atrás, em vão:

a rua já engolira a moça. Logo,

levemente frustrado, fiquei lendo

as manchetes do dia. Eis que a meu

 

lado, vinda não sei de onde, a linda

jovem lia: "Cuidado com à Loura:

ela só mata à faca". "— Viu a foto?",

 

perguntou-me, simpática — a jovem.

Parecia cinema: eu, a vítima,

assassinado ao sair do Metrópolis.

 

 

 

Página publicada em setembro de 2012

 

 

 

 

 
 
 
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