THIAGO ALLEXANDER
Mineiro, nascido em Unaí, Minas Gerais, em 1982 e residente no Distrito Federal. Participa do grupo Radicais Livres S.A.em São Sebatião, DF.
Apresentou-se no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília em evento organizado pela Academia de Letras de Taguatinga, ocasião em que leu poemas de seu
primeiro livro:
De
Thiago Allexander
FARUTEIRO
Anti-expotético
Brasília: Edição do Autor, s.d. 118 p.
(excertos)
filas de insetos
zumbindo
um falatório novo
Inseticida sabor menta
pra deixar a morte
mais refrescante
*
Há uma falha no chão, a mesa manca.
Balança meu digitar.
Esbarro uma moeda
Ao chão ela gira
Cambaleia e cai!
O planeta gira e nós esperamos.
Não é tempo de chuva
As marcas no chão dizem o contrário.
A natureza não tem calendário.
Arvore só assiste aula como cadeira ou mesa ou
caibro ou ripa.
O telhado de Brasília vale mais que muita
coisa!
Há uma diferença nos pés da mesa, o chão
falha.
Equilibro meu digitar.
A moeda nunca mais foi a mesma.
Nada é!
Porta que partiu!
Continuamos a perder tempo com fechaduras e
maçanetas!
*
Foto perdida num livro qualquer
As mesmas horas do dia anterior
O caminho do sol pelas sombras das coisas
A chama de tudo a mover o mundo
As mãos do homem, violentas.
A confusão da alma
o desejo exacerbado da carne
a fruta apodrecida no pé
uma sofista conduta de rio largo
as margens da fome
a miséria
e a morte.
Página publicada em novembro de 2010 |