Foto: https://www.paulinas.org.br/
SIMÃO DE MIRANDA
Simão de Miranda, Cidadão Honorário de Brasília, reside em Taguatinga.
É doutor em Psicologia e mestre em Educação pela Universidade Brasília (UnB), docente de graduação e pós-graduação (lato e stricto sensu) e professor licenciado da Secretaria de Educação do DF.
Autor de dezenas de livros distribuídos no Brasil e em Portugal, integra muitas antologias, recebeu prêmios e comendas, é verbete no Dicionário dos Escritores de Brasília, de Napoleão Valadares (1996).
Veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gqKq9nV38Dk
COLETÂNEA DE POESIAS – PRÊMIO SESC DE POESIA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE 2008. Brasília. DF: Serviço Social do Comércio do Distrito Federal SESC DF, 2008. 185 p. Ilus. fotos dos poetas e do júri.
H A I – C A I
PARA UM DIA CINZA
Da dor ao prosaico
Dos meus cacos
Fiz um belo mosaico.
Biografia originalmente publicada em 1985:
Ator e poeta. Nasce em 63, sob a Revolução. Universitário.
Faz Educação Artística. Tem trabalhos de poesia alternativa em número experimental no DF: participou, em 84, de antologia nacional de poetas brasileiro, e selecionado para outro de contos.
Biografia: https://jornaldoguara.com.br/ (2018):
Com mais de 50 livros lançados, o escritor escreve para crianças e adultos. Os livros contém dicas que ajudam os professores de educação infantil a melhorar as práticas em salas de aula, deixando os ensinamentos mais dinâmicos e divertidos. As crianças conseguem entender as histórias e viajar no mundo da imaginação.
“Já lancei três livros em português europeu e em espanhol – não tenho dúvidas que a literatura ajuda a construir personalidades, emancipação e cidadania. Além de ser um elemento de ludicidade fundamental para a criança. As escolas tem adotado os meus livros e se encantado”, conta Simão de Miranda.
ANTOLOGIA DE POETAS DE BRASÍLIA. Rio de Janeiro, DF: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985. 140 p. Coordenação editorial: Christina Oiticica.
[Este exemplar foi doado por Carlos Edmundo da Silva Arnt, que tem seu poema na p. 27, para a biblioteca da Caixa Econômica, de Brasília, em 1985. A empresa se desfez do acervo e este exemplar foi para a livraria “sebo” de nosso amigo José Jorge Leite de Brito, que por sua vez nos doou um lote de livros para ajudar na montagem de nosso Portal de Poesia Ibero-americana, em 2021. A editora explicava: “Se você é um autor novo e quer editar seu trabalho, fale com a gente.”, na intenção de promover a criação literária entre os jovens. ]
COMO DIZ O POEMA
Flauta uma falta.
Chega de ruídos paranoico-estereofônicos!
Chega dessas vozes que aborrecem aos tímpanos:
Você não é, meu caro!
Você não está!
É outra transa!!
Flauta muita coisa...
Ser ou não ser nunca foi a questão
e o analista não resolve nossos problemas.
O sopro duma falta é transcendental.
Mas, por favor,
Vista sua roupa!
*
TAGUATINGA
Pedala pedala
O ciclista pedala
e cruza a pista
com sua cadeira de rodas.
Num ponto de ônibus da comercial
discretamente, um cego chora.
A criança, seu guia, brinca.
Não foi essa a vida que ele pediu.
Como árvore morta,
seca, sem a seiva da vida
os outros aguardam condução.
Taguatinga!
Tudo normal na cidade.
Taguapinga...
Um maltrapilho toam sua cachaça-da-manhã
sem pão.
Tudo sob controle na cidade.
Não tenho vontade de contar,
juro.
*
VEJA e LEIA outros poetas do DISTRITO FEDERAL em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/distrito_federal.html
Página publicada em março de 2021
Página publicada em agosto de 2020
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