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RICARDO VALENTE

 

 

VALENTE, RicardoA descoberta da terra.  Brasília, DF: Ed. do autor, 1989.  37 p.  15,5x21,3  Capa, desenho, diagramação e arte final: Fernando Rabello Costa.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

DESCOBRIMENTO DO BRASIL 

DE GOUVEIA A CABRAL

 

Meus amigos, vou contar.
Prestem muita atenção.
Como esta Terra surgiu
Aos olhos da multidão
E quem foi que descobriu
Esta soberba Nação.

PEDRO ÁLVARES GOUVEIA
Em BELMONTE nasceu.
Filho de FERNÃO CABRAL,
O feliz menino cresceu
Estudando em Portugal
(Humanidades aprendeu).

PEDRO ÁLVARES GOUVEIA
Assim era ele chamado.
Por não ser inda CABRAL
Em seu nome registrado,
Pois que lá em Portugal
Um regime era aplicado:

 

Somente o filho mais velho

Haveria de herdar

O sobrenome paterno

Até a morte o levar

E seus irmãos, o materno

Deveriam conservar.

Com a morte do irmão
PEDRO ÁLVARES recebeu
O sobrenome CABRAL
E assim permaneceu
Conhecido como tal
Até quando faleceu.
 

 

DA CORTE ÀS TREZE NAUS

PEDRO entrou para a corte
E DOM MANUEL conquistou.
Ficando, logo, sabendo
Que o rei dele gostou
E por ali foi vivendo
Até que o dia chegou.

Na segunda semana de março
D'um domingo maravilhoso.
Um clima de festa reinava
E um povo orgulhoso.
Bela missa celebrava
Nesse dia glorioso:

Era então dia OITO DE MARÇO
Do ano MIL E QUINHENTOS,
Pedro Álvares Cabral
Recebia os cumprimentos
E do rei de Portugal,
TREZE NAUS e mantimentos.

Os mil e quinhentos marujos
Que formavam a tripulação.
Pelo rei abençoados
Escutavam a oração
Com respeito, ajoelhados
E repletos d'emoção.

 

 


 

A VIAGEM

 

 

Em meio aos gritos de viva!
Muita gente ali chorava.
Pais, irmãos e parentes,
Pois o dia assim chegava
E embora mui contentes,
O adeus emocionava.

 

Dia nove, as TREZE NAUS
Da foz do TEJO zarparam
E com Pedro Alvares Cabral
Esses homens viajaram.
Lembranças de Portugal
Junto com eles levaram.

 

VASCO DA GAMA alertou
Que CABRAL longe passasse
Da África o mais que pudesse.
Para que assim evitasse
C almarias e tivesse
Correntezas que o ajudasse

 

E seguindo as instruções
CABRAL dias viajou.
Uma das naus que o seguia
Da frota se desgarrou.
Mas a viagem pro
sseguia
Até que um MONTE avistou.

 

 

 

A DESCOBERTA DA TERRA
(22 de abril de 1500) 

 

Em vinte e dois de abril,
Acabavam de celebrar
A PÁSCOA, quando vistaram
Um elevado sobre o mar
E de PASCOAL batizaram
Esse primeiro lugar.

 

Logo no dia seguinte,
CABRAL na costa chegou.
As chalupas foi baixando,
Em terra firme pisou
E nas ÍNDIAS, imaginando
Ter chegado, encontrou.

 

Habitantes curiosos
Que de longe observavam
Aqueles homens chegando
E deles se aproximavam,
Em língua estranha falando,
Muita coisa lhes mostravam.

 

Os portugueses contentes,
Nem haviam imaginado
Que as ÍNDIAS existiam
Mas qu`eram d outro lado
E as terras que surgiam
Eram assim um grande achado.

 

 

(...) O livro de Ricardo Parente sobre a descoberta do Brasil tem 16 (dezesseis) poemas, dos quais reproduzimos aqui apenas 4 (quatro) em respeito aos direitos autorais. Não foi possível localizar o autor para solicitar a autorização para reproduzir toda o livro.

 

 

Página publicada em fevereiro de 2018


 

 

 
 
 
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