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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MAURO MONCKS

 

 

Natural de Pedro Osório, Rio Grande do Sul, Brasil em 1961. Morou em São Paulo e reside em Brasília  desde 1983.Poeta, participou do Coletivo de Poetas.

 

MONCKS, Mauro.  Eu te amo, Liberdade.  Brasília, DF: Thesaurus, 2015.  166 p.  14x21 cm.  ISBN 978-85-409038-7-6  “Mauro Moncks “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Antes de qualquer papo, o leitor tem em mãos um documento humano. Eu te amo, Liberdade foi escrito no interior da prisão. Mauro Emilio Moncks desceu ao fundo do poço , “Para evoluir espiritualmente”.  MENEZES Y MORAES

 

 

 

CALABOUÇO PROFUNDO

 

O céu está nublado

As roupas no varal estão molhadas
E demoram a secar.
Minhas lágrimas nunca secam.
Penso nos meus filhos
E começo a chorar.
A dor não quer dar trégua
Vejo irmãos enlouquecidos
Correndo por muitas léguas
Dentro de um mesmo círculo.
Uma ratazana também corre
Para salvar da enxurrada
Carrega na boca seu filhote.
A chuva cai molhando tudo
E minha alma mergulha

Em um calabouço profundo.

 

 

O BRILHO DO TEU OLHAR

 

Talvez você não entenda
Mas eu tenho que desabafar:

Estou em meio as labaredas
Pronto para me queimar.
Preciso do seu ombro amigo
De sentir o seu cheiro

E me perder no seu íntimo.
Só você me entende

E sabe do que preciso.
Princesa, teu príncipe
Está perdido

No labirinto dos seus desejos.
Amargos dias que custam
Mas hão de se acabar

O inferno é frio e me perco
Como as ondas do mar
Sou lâmpada acesa e presa
Pelo brilho do seu olhar.

 

 

MORTOS VIVOS

 

O sabor das letras
Na panela de ferro
É temperado pelas palavras

Que vão ilustrando o caderno.
Tem o gosto azedo e amargo
Do caldeirão do inferno
Masmorra cansativa, sem energia.
Ferida que não cicatriza
Do seguro ao castigo
Direitos desumanos
Humilhações, torturas e perigo.
Assim são todos os dias

De nós, mortos vivos,

Enterrados em um presídio.

 

 

BALAS PERDIDAS

 

Sem entender nada

Volto em mim juntando pedaços
Perdidos no correr da estrada
Acendo a lâmpada do meu corpo
E fico com a aura iluminada.

Os meus olhos irradiam calor
Perplexo levo um choque

A rua está deserta de amor

Uma bala perdida levou à morte
Mais um pobre trabalhador.

 

 

Página publicada em novembro de 2015


 

 

 
 
 
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