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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARCELO BARROSO LACOMBE

(1964-2017)

 

Autor do livro post mortem, Angústia do nada (AVÁ editora artesanal, 2018), o poeta brasiliense Marcelo Barroso Lacombe (1964-2017) formou-se em Sociologia pela Universidade de Brasília - UnB, em 1997, com doutorado em Ciência Política pela Universidade de Nova Iorque - NYU, em 2009, onde defendeu a tese intitulada "Historical endogeneity: origins and determinants of cons-tituional choices". Com a aprovação em concurso público na área de Ciência Política, foi Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados durante 25 anos, entre 1992 e 2017, exercendo, entre inúmeras atribuições, a Vice-Diretoria da Consultoria Legislativa - Conle (2004-2007) e a Assessoria da Presidência da Câmara dos Deputados (2007-2009). Professor de Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea no Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília - Nossa Senhora de Fátima, entre 2015 e 2017, Marcelo Barros Lacombe destacou-se também como pesquisador em Ciência Política, enfatizando os seguintes temas: sistemas eleitorais, constituições comparadas, modelos formais de instituições legislativas comparadas , modelos econométricos aplicados de escolhas, história comparada de sistemas de governo, constituições e controle parlamentar de assuntos militares.

 

LACOMBE, Marcelo Barroso.  Angústia do nada. Brasília, DF:  AVÁ Editora Artesanal, 2018.   132 p.  ISBN 978-85-54295-10-3    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

       Culpa

Sentia culpa
Pelo mal feito
Mas a culpa é o mal
Que aprisiona no mal.
A indústria do perdão
Condicional disto sabe
Quem liberta não
É o perdão.

É a náusea que nos faz
Desistir de carregar o
Pecado. Removê-lo.

É o engulho do pântano
Que faz nascer o lótus
É o estrume que faz
Nascer a rosa.
Quem nunca se
Sentiu indigno
Não se liberta de si
Mesmo.

 

 

 

 

Amor Pago

 

Não deplores o amor pago.
A carícia concreta,
E sua cobrança,
Definida, restrita.

 

Não deplores o amor pago,
Vênus tem seus caminhos
De revelar o que somos.

 

Não deplores o amor pago.
Fonte de perdão

Ao desespero que não se entrega.

 

Não deplores o amor pago
Pois ele é santo e vão.
Não deplores o amor pago,
Pois todos são.

 

 

 

De Profundis

 

Que dor inefável me compele ao não ser?
Não somente não ser,

mas também ser, querendo não ser e odiando?

Que outras vidas explicam minha vida inexplicável?

Seremos todos destinados à reedição do mesmo limite,

da mesma ausência, da mesma falta?

Ai, dor do fracasso de querer ser tudo

e não poder ser o oi mais singelo

sacerdote da mediocridade,

tão apaziguadora e sábia.

Afinal, o que é servir neste mundo ou noutro?

Quem nos protegerá contra o ódio, o saque,

o assalto, o vampiro ?

Quem nos salvará das boas intenções,

subjacentes aos nosso crimes e devastações?

Somos chacais de nós mesmos,

com ou sem Deus.

Em fúria devastadora,

operamos massacres,

como preço da salvação e do progresso.

E criamos leis, nações e monumentos,

abatedouros de corpos, almas, espíritos,

corações abrasados pela ilusória promessa

do amor e do caminho.

 

 

 

Página publicada em outubro de 2019

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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