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Foto: culturaalternativa.com.br 

LUCIMAR RODRIGUES

 

A poetisa brasiliense Lucimar Rodrigues estreou nas artes literárias com “O livro na rua – contos e poemas”. Em 2011 lançou seu segundo trabalho, do qual muito se orgulha, Eu e meus nós pela Editora Thesaurus. Analista Judiciária do TST Lucimar é também cantora, coralista e blogueira. Em sua página www.euemeusnos.wordpress.com Lucimar abre um pouco de sua intimidade e brinda seus leitores com poemas, crônicas e um diário onde ata e desata os nós do seu cotidiano.

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

JUEGOS FLORALES / JOGOS FLORAIS.  Montevideo: aBrace editora, 2011.  253 p.   13 x 18,5 cm.  ISBN 978-9974-673-21-2   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

        Súplica

Deixa-me ficar aqui só mais um pouco
só até o amanhecer.
Prometo ficar quieta, em silêncio,
velar seu sono, ouvir seus sonhos e
rezar pra não lhe perder.
Ah! Deixa que me enrosque no seu corpo,
respire seu ar e adormeça de mansinho
sem lhe acordar,
prometo ainda cantar bem baixinho
Cantigas antigas ternas de ninar
só pro seu sono embalar.
Prometo trazer na cama seu café da manhã,
adoção com todo amor que tenho pra lhe dar,
colher as frutas da estação,
enfeitar com sonhos sua bandeja,
buscar flores que alegrem seu coração,
temperar com carinho seus biscoitos preferidos,
trazer os pássaros para cantar...
Ah! prometo me entregar como uma gueixa
sem mágoas, sem queixas
se você me quiser...
Só pra poder ficar mais um pouco.
Prometo a brisa suave da manhã.
O calor ameno dos dias ensolarados
ou uma chuva fina e preguiçosa
é só você escolher
e eu faço tudo, faço qualquer coisa,.
por favor, me deixa ficar mais um pouco.

 

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL

 

        Súplica

Déjame quedarme aqui sólo un poco más,
sólo hasta el amanecer.
Prometo estar quieta, en silencio,
velar mientras duermes, oír tus sueños y
rezar para no perderte.
Ah! Deja que me envuelva a tu cuerpo,
respire tu aire y me adormezca mansamente
sin despertarte,
prometo además cantar bien bajito
sólo para mecer tu sueño
Prometo llevarte el desayuno a la cama,
endulzado con todo el amor que tengo para darte,
elegir las frutas de estación,
adornar con sueños tu bandeja,
buscar flores que alegren tu corazón,
condimentar con cariño tus galletas preferidas
traer los pájaros para cantar...
Ah! prometo entregarme como una geisha
sin amarguras, sin quejas
si tu me quisieras...
Sólo para poder quedarme un poco más.
Prometo la brisa suave de la mañanna.
El calor ameno de los días soleados
o una lluvia fina e indolente
es sólo tú elegir
y yo hago todo, hago cualquier cosa,
por favor, déjame quedarme sólo un poco más.

 

I COLETÂNEA DA ACADEMIA CRUZEIRENSE DE LETRAS.  Rafael Fernandes de Souza (org.)  Brasília: Art Letras Gráfica e Editora, 2019.  224 p.  ISBN 978-85-9506- 135- 4        Ex. bibl. Antonio Miranda

 

DOM DIVINO

Tenho dom?
Divino dom?
Algum talento?
Ainda que lento?
Eis que em algum lugar,
A qualquer momento,
Brota de um lamento,
Brando, até silente,
Na alma profunda,
Às vezes reticente,
E se transforma em poesia,
Em crônica, em conto com melodia,
Um sussurro, um sorriso,
Uma piada, um ipê perdido na mata, ou flores para a
pessoa amada,
Tudo é inspiração,
Dom divino, para quem,
Desde menino, faz da escrita
Seu refúgio, seu exílio, seu auxílio,
Seu encontro e sua redenção.
Tenho dom, talento?
Sei não, só sei que não me falta inspiração.
Um olhar atento,
Um casal que se acaricia,
Uma criança que corre ao encontro do pai,
Um lindo cachorro que passeia,
Quanta coisa se vê,
Quando se abre a alma
Para olhar.


BRASÍLIA

O tempo passou, você é tão jovem ainda,
os ipês marcam suas estações em cores vibrantes...
Como era antes, me pergunto,
desde sempre tão falada, oásis num deserto de esperança,
tão criança,
sobre suas asas o peso do mundo.
Num abraço de mãe, vocês acolheu todos os sotaques,
todos os costumes, e os fez seus,
braços abertos, asas prontas para voar, voar
e seus destinos incertos traçados num horizonte sem igual
no céu de Brasília, que mais parece um mar
Todos os olhos se voltam para o planalto central,
um sonho, um milagre, um desvario, uma realidade.
Brasília, amada Brasília, que rumos você escolheria
se a cada dia, não o fizessem por você, à sua revelia?


SEM INSPIRAÇÃO

É madrugada, o sono se foi
Quase amanhece,
procuro na solidão e no silêncio
a inspiração que não vem
se esconde, quer brincar
não me animo a percorrer cantos escuros
tentando encontra-la,
deixo-o por aí, onde queira ficar
espero que se canse
e resolva se mostrar.
A rima já se perdeu, o verso sem forma
não encanta,
as memórias são tantas, fugidias,
esvaem-se no ar
o que eu queria escrever, não sei,
só sinto e a música me salva.

 

*

Página ampliada em junho de 2022

 

 

Página publicada em fevereiro de 2020

 


 

 

 
 
 
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