LINCON LACERDA
Lincon Alvares de Lacerda nasceu em Taguatinga (DF), em 19 de fevereiro de 1963. Poeta, letrista, contista, músico, compositor, fotógrafo, cyber artista, quadrinista, astrólogo, professor, pedagogo, psicopedagogo. Bibl.: Poematemática; Poema panfleto cinderela; Poema panfleto branca de neve; Sonetos pedagógicos; Palavra, lavra, livro; Brasília Clássica. Gibis: Digi, o tal e ana, a lógica; Cãodango e Cãolongo; Reminiscências do comendador bararau o diário de um idolescente; Camp e Vamp; Não, Júlia. Partic. de Antologia de poetas de Brasília; Coletânea de poetas do Guará.
Biografia e foto: http://anenet.com.br
LACERDA, Lincon. 9 (Re)significações na práxis educacional ou sonetos pedagógicos e outros poemas afins. Capa, revisão e ilustrações: Lincon Lacerda. Brasília, DF: Thesaurus, 2013. 48 p. ilus. 14 x 21 cm. Foto da capa: Caio Hallit Moraes, por Lincon Lacerda.
ISBN 978-85-409-0172-8 Ex. bibl. Antonio Miranda
2 SONETOS DA EPISTSEMOLOGIA DO SER
SE CONSTRÓI O MEU PENSAMENTO,
ELE NÃO SE FAZ POR SI,
QUANDO LEIO O MOMENTO
ESTE ETERNO DEVIR
DAS COISAS QUE VEJO
ONDE COLOCO O MEU ATO
EU SOU ASSIM NO ENSEJO
DE VER TUDO NO SENTIDO LATO
ME APODERANDO DO SABER
COMO QUEM DE ALGO SE APOSSA
VIR EU A COMPREENDER
O QUE DO MEU VIVER
SE IMPREGNA DO QUE POSSA:
A ISSO CHAMA-SE CONHECER
SUBSTANTIVANDO
se eu não falo
nada com nada
coisa com coisa
é que minha língua
lavra a palavra
e mingua
no signo
no significado
do céu azul
da cinza do passado
do sentimento de blues
da liberdade no cadeado
traduzir o intraduzível
é assassiná-lo
e eu falo
e fali o significado
e que fale o significado
o signo
digno
da palavra
no livro que se
lavra
a palavra
LACERDA, Lincon Álvares de. Palavra lavra livro. Brasília, DF: Thesaurus, 2013. 48 p. ilus. 14 x 21 cm. ISBN 978-85-409-0175-5
ALEGRIA
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S Ó T Ã O
S Ô
T Ã O
VAMPIRO
DOS LIVROS EU SÓ LEIO AS ORELHAS
CORRE POUCO SANGUASE EM MINHAS VEIAS
UMA TRISTE CHUVA CHOVE EM MINHAS TELHAS
QUASE NÃO BATE SOL NA MINHA ALDEIA
A SAUDADE EM MIM PARELHA
NÃO TENHO CARNE E VINHA PARA CEIA
TENTEI O MEL: PICADA DE ABELHA
NA VIDA PAGO INTEIRA, NÃO PAGO MEIA.
SE A LUA BRANCA AO LEITE SE ASSEMELHA
ENTÃO É NOSITE DE LUA CHEIA
MEU CORAÇÃO: FOGO, CENTELHA.
EU: VAMPIRO POR AÍ A MEIA NOITE E MEIA
EU VOU COM O UIVO DO VENTO NA ORELHA
QUERIA OUVIR O CANTO DA MINHA SEREIA
ABATÊ-LA TÊ-LA TENRA OVELHA
A ARANHA VIVE DA TUA TEIA
Página publicada em junho de 2019
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