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Foto: http://www.jornalolhodeaguia.com.br/

 

KEYANE DIAS

 

Keyane Dias nasceu em Brasília (DF), na cidade de Taguatinga, em 1988. De famílias nordestinas, escreve desde menina sobre lampejos, caminhos e sagrados. Sua poesia nasce nutrida pelas tradições orais e desaversada pelo Silêncio que a conduz. Estudou Jornalismo, mergulhou no autoconhecer e hoje dedica-se à escrita e às naturezas que curam. É massoterapeuta, praticante de Capoeira Angola e Yoga, aprendiz de Ayurveda e da medicina popular brasileira. Lançou também o livreto Desaverso (2015) e o cordel Benzadeus! (201 7). Escreve no blog Aflora.

 

DIAS, Keyane.   Útera. Poesias partida.  2ª. edição. Capa: Mariana Cabral; Taguatainga, Brasília, DF: AFLORA ARTE BR, 2016.  22 p.  10,5 x 14 cm.  Ilustrações por Juliana Tonalezzi, Nara Oliveira, Giuliana Machado, Mariana Cabral.  Livro de artista. Inclui um cartão postal ilustado por Nara Oliveira, com versos de Keyana Dias.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

À mão

 

Escrevo à mão,

ornada com linhas de histórias oraculares.
marcas de minha génese que sonho todo dia
em recordar.

 

Escrevo à mão,

a mesma com a qual aprendi a me levantar
no tombo do primeiro passo.

 

Escrevo com a mão da filha, da mãe e da avó.

Escrevo com o intento daquelas que contaram
a quem contou a senhora que me contou
que velho é o mundo'.

 

 

Benza

 

A bença da velha eu peço
Pra bem ficar protegida
Em mão rugosa confio
Benza de fé acolhida]

 

Com ramo tira quebranto
Mistério que traz cuidado
Ave Cruz! Canto em Credo
A sara do mau olhado

 

Socorro de mulher prenha
Guarnição para a criança
Ajuda com a erva santa
Corpo fraco, que se cansa

 

É dom, fonte ancestral
Quem recebe esse saber
Caso tenha pouca fé
Nem adianta se benzer

 

Elas estão na cidade
E nas matas do interior
Senhoras de valentia
Guerreiras do bom senhor

 

Trabalho de caridade
Auxílio de alma sofrida
Com jejum e bom respiro
Apruma espinhela caída

Sincretismo, benfeifura
Catolicismo popular
No terreiro, pajelança
Bem baixinho a sussurrar:

 

"Quem pra ti olhô
Com os olho marvado
Eu vou jogá nas onda
Do mar sagrado."

 

Tal qual essas senhora
Tem os velho rezador
Trabalham com a mesma fé
Com a força do mesmo Amor

 

Salve Deus! Essas mão santa
A cura do benzimenfo
Escudo da santa cruz
A graça que traz alento.

 

 

Imagem do cartão postal ilustrado por Nara Oliveira: 

 

 

Página publicada em janeiro de 2020

 

 


 

 

 
 
 
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