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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



JEANNE MAZ 

 

 

                 Jeanne Maz é pernambucana, mas foi em Teresina/PI, onde passou toda infância e adolescência. Radicada em Brasília desde 1992 - na cidade que adotou como sua-, vem se dividindo entre a rigidez da medicina, profissão que exerce regularmente, e a espontaneidade da arte.

                 Artista Plástica desde 1998, já tem um vasto caminho percorrido em exposições individuais e coletivas, além de curadorias e organização de eventos artísticos. No seu currículo constam premiações de pintura em 2002, na cidade de Havana (Cuba) e duas no Brasil: 2004 no Rio Grande do Sul e em 2006 em Recife/PE.

                 Atualmente além das áreas visuais, vem se dedicando paralelamente à literatura, na área de contos, ensaios  e poesia. Suas incursões poéticas vêm desde a adolescência, mas à partir de 2005, tem dedicado mais tempo ao gênero.

                Participou da Antologia: Poesia do Brasil – Volume 4 – PCSur-Brasil lançada no Congresso Brasileiro de Poesia de 2006 e da Antologia: Poetas pela Paz e Justiça Social, lançada em 2007.

                Atualmente é Presidente Internacional do Proyecto Cultural Sur e está preparando material  para seu primeiro livro a ser lançado em 2008.

 

Para conhecer a artista:  www.jeannemaz.comjeanne@jeannemaz.com 

E para  a escritora: www.beijultratual.blogspot.comjeannemaz@gmail.com

 

 

 

Meu par klimtiano

 

Não chegastes como príncipe,

encantando os meus dias

nem como lobo,

devorando os meus desejos

chegastes sorrateiro,

sem aviso de chegada

e passo a passo
éramos cadafalso...
... em um só laço.

 

Nossos corpos

siameses

reencontraram-se novamente

e ultrapassaram seus limites

e o meu corpo

minhamente meu

sente continuadamente

a ausência

que o teu eu

me deixou 

 

 

PEQUENO ÓBITO

 

Hoje,

Comecei minha morte

neste quarto de hotel

 

Mastigando nós

recrio cadáveres

que gozavam felizes...

Degusto roupas entrelaçadas

e carinhos despenteados

 

Os beijos e risos

que habitaram o ventilador do teto

Parados

Anestesiam minha língua

e se prendendo à faringe

sutilmente me sufocam

 

Na cena não digerida

o sangue tinto corria pelo pano branco

que o matizava

como um artista louco

que aleatoriamente

expressa seus sentimentos

numa tela vazia

 

Tento respirar as tintas da parede

sem sucesso

Busco um abraço invisível

que me massageie o peito

mas só a fisionomia abjeta se reflete

Grito em silêncio a minha dor

e ofegante

varro os cacos de vidro

Paro, perplexa,

pois não existem lábios

Para a boca-a-boca

 

Meu corpo lívido ressurge

num palimpsesto


Deito-me!

Abro uma garrafa de tannat

Sorvo a taça

cheia de lágrimas

e aromas

E jazo horas eternas...

Respiro profundamente

Contenho meu pequeno óbito

E saio no frio

Sob um sol pálido

Após a chuva infernal

 

 

ENTRE   NÓS

 

AQUI JAZEM QUATRO

E

ENTRE CORDAS E NÓS

CONSTROEM-SE OS SEGREDOS

 

ALGUNS DE MATÉRIAS SOFRÍVEIS

PALPÁVEIS PREVISÍVEIS

OUTROS ETÉREOS

LACUNAS IMPERFEITAS

DO MOMENTO DO CIO

 

SOM LUZ SOMBRA!!!

SANGUE TINTO SORVIDO

AQUECIDO DESEJADO

                                        TEMIDO

VERTENDO NAS BOCAS

A MÚSICA DO BEIJO

 

CHORAM AS CORDAS

QUEBRAM-SE  TENSÕES

ESGARÇAM-SE OS SENTIDOS

E SEGUIMOS PERDIDOS

SEM VÍNCULOS NEM MARCAS

 

MAS JÁ NÃO SOMOS NÓS

 

 

Página publicada em abril de 2008



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