ÍTALO CAMARGOS
Tenho como principal ídolo e inspirador para muitos dos meus escritos Augusto dos Anjos. Simplesmente adoro tudo o que ele escreveu, gosto bastante também de Gregório de Matos, mas me identifico mais com Augusto dos Anjos. Algumas criações são antigas de quando eu tinha uns 14 ou 15 anos, e estão com idéias um pouco distorcidas pela inexperiência de vida, como muitos feitos também após essa época, mas prefiro mantê-los como foram criados, pois acredito que a poesia, além de letras, é a eternização de sentimentos, de um momento. Então costumo não arrematar meus textos e primo pela originalidade sempre. Ítalo Camargos (Ítalo Augusto Camargos Pereira)
O texto acima é parte de uma longa mensagem do jovem poeta Ítalo Camargos, na apresentação de seus poemas. Havía-os solicitado, depois de ouvir-lhe recitando alguns durante uma sessão na Feira do Livro de Brasília de 2007.
O poeta é ainda muito jovem, no limiar de seus vinte anos, ou menos... Impossível não comparar-me com ele, quando eu era um jovem militar, servindo num quartel do Rio de Janeiro, escrevendo meus versos em cadernos ao meu alcance. E por ter-me iniciado também pelos sonetos aos treze anos... que logo abandonei pelo verso branco (mas aos quais volto, uma e outra vez, em situações bissextas...)
É um privilégio ver nascer um poeta. Um lustro de poemação. Buscando seu estilo, sua temática, sua linguagem. Não importa a que formas vai chegar. Importante é saber que a poesia é um processo não só de criação literária, mas também de auto-construção. Um diálogo penoso consigo mesmo que acaba sendo alheio, até de nós mesmos. Um prazer começar este diálogo com Ítalo através da poesia. Quero compartilhá-lo com os leitores de nosso Portal de Poesia... Antonio Miranda
CARNAVAL
Festejamos como bons idiotas,
Disse-nos o trovador solitário,
Esqueçamos antigas anedotas
Para estarmos na safra de otário.
Curtam o fevereiro e feriado,
Não desfaçam a alegria trivial.
Tomem pra si nosso Brasil amado
Levem às ruas a queda Carnaval.
Assim será nítida em ruína,
Desgraçadamente politizada,
O começo e fim da carnificina.
Pela popular política armada.
Riam e cantem ao som do Axé,
Para seus lideres trair vossa fé.
SOU ÓCIO, SOU CHAGA
Sou ócio em terra, uma Chaga universal
Autor do sem sentido, só metáforas.
Amante solo do amor ilegal
Tomado por milhas de Não em anáforas.
Esquecido na trilha por alguém,
Relapso para com todos seus erros.
Vivendo nas masmorras de um além,
Incapaz de aceitar seu próprio enterro.
Com a foice cega e no corte inverso
Ceifo eu as fracas raízes da alegria.
Provo do sangue e regurgito em verso
Motivos para viver a teoria.
Quero valer um punhado de bosta,
Certo estou, disto há aquele que gosta.
O MEU PRIMEIRO ATO DE JAZER
Banho a melancolia com duras lágrimas;
—Maldito seja Destino Infernal.
Padecer é o luxo das nobres Cávidas;
Minh’alma suga a vil Essência Erval.
Carrego afoito meu pesado fardo;
Em cada passo fogo em mim reluz,
Mas pouco ligo se no inferno ardo;
Dor e Ódio rubro o calor frio produz.
Eis o meu primeiro ato de Jazer,
Debochando da seca cara tua,
Cantarolo a alva canção sem temer,
Minha errante verdade nua e crua.
— Minha linda Dama. Negas a Sorte!
Dama fez-se besta. – Sorte, eis a Morte.
O MEU SEGUNDO ATO DE JAZER
Trilhando as veredas da real rota,
O último é o início, primeiro é o estopim.
Isolo-me circundado por mota
Para não ir além do início do fim.
Para o poeta que o sofrer é alívio,
Aquele a colecionar decepções;
Ao jovem que jamais subirá a nível.
Não se deve oferecer as unções.
Eis o meu segundo ato de jazer,
Inflamando o ódio, apaziguando a paz,
Expelindo o bem que há de haver
Nos túmulos em que minh’alma jaz.
Morte me leva sem sucesso tido,
Em herança deixo a obra sem sentido.
O MEU TERCEIRO ATO DE JAZER
Vivo instantes de horror infindáveis
Na fantasia do meu devaneio lúcido,
Perambulando os planos habitáveis
Do meu interno e inascendente ser lúdico.
Vivo apenas por viver meu ser falso,
Ocultas veredas intransitórias.
O corpo morre a cada novo causo
Na mente jaz vertigens de vitórias.
Eis o Meu Terceiro Ato de Jazer,
Morrer, Sepultar e Putrefazer.
Só verbos em seu insano infinitivo
Mas é findo o infinito que os nomeia.
Além de seus limites é onde vivo
Pois no limbo é que minh’alma vagueia.
RELIGIÃO: POLÍTICA
E se eu beber do pecado em teu cálice
Culpe-me por tua hipocrisia,
Não sucumbirei aos mandatos de cale-se
Seguirei como Deus de heresia.
Se um dia faminto, eu ter de seus manás,
Não te esqueças dos mil versos de afronta,
Pois aquele que tu alimentarás
Enreda-te se um poema ele apronta.
Tua falsidade me joga em sanha,
Fundastes a religião paliativa
Baseada em teus atos de barganha
E no Culto Santo da voz altiva.
Tua revolta é só demagogia,
Afinal, quem mantém a burguesia?
AOS QUE ME JULGAM NÃO FALAR DE PAIXÃO
Falo sem pesar algum do amor fétido
Que coroe minha universal essência.
Se ao sucumbir preceitos do ser ético
Recai em mim de fronte razão e existência.
Sou fruto do conglomerado atômico,
A dissipar fluídos energéticos.
Em nós a entropia faz do amor o cômico
E cria o sentimentalismo magnético.
A esse amor todo excomungo é pouco,
Este nada, feito do feromônio,
Criador do espectro em forma de demônio,
Junto ao desejo o coração cai louco.
Mas não só falo, sinto este amor tísico,
Levado pelo gozo do ter físico.
MINHA SAGA
Filho da surreal lugubridade
Portador do sentimento From-Hell,
Não forje com verbo tua verdade.
Jaza em doce e amargo gosto de fel.
Eis que hoje acaba a noite de gala,
Minha alegria em um quarto de milésimo.
Vou-me embora com trouxa em vez de mala,
Encontro-me em cruz entre o ruim e péssimo;
Cada segundo morro por inteiro,
Refaço-me esguio dentro da esperança,
Estigmatizado em um forasteiro
Incapaz dos atos da rutilância.
A compor prantos sem algum por quê,
Acostumei ao martírio de viver.
INFERNO ERMO
Senhor, que tudo sonda em altivez,
Que a nós olha sem enxergar a quem;
Hesita em punir, mas perdoa ao invés
De jogar Vossa fúria sobre alguém.
Que com mão pura afaga nossa dor
Como grande gesto de altivo amor.
Dono da universal onisciência,
Clamo-te que confidencie a verdade
Da morte de toda benevolência
E o multiplicar da austera maldade,
Porque noss’alma morre por inteiro,
Para que encontremos Teu paradeiro.
Clamo-te ainda, Poder dos Poderosos,
Por força na trilha dos mil caminhos,
Por luz pra nossa umbria entre pomposos,
Apaziguando o rasgo dos espinhos.
Pois hão de perfurar-nos toda vida,
Pra que desertemos sem tentar a ida.
Não nos deixe esquecer da virtude
Ofertada pela Clarividência.
Que pouse no âmago muito amiúde,
As veredas da Efêmera Ciência.
Sonde nossa mente, Magno Senhor,
E também esse mundo de horror.
Tire-nos do Interior Inferno Ermo;
Refolega-nos no uso vil da voz
Do remanescente Humano Enfermo,
Sendo a queda do Daemon Algoz.
Convosco sigo sempre. Viver-te-ei.
Confio no Celeste Divino Rei.
MINHA’ART
Não! Não me rendo a falar sobre o amor
Falível e inexeqüível retórico.
Tampouco entôo o murmúrio da flor
Sôfrega cantada em tanto histórico.
Sim! Canto sim sobre o putrefato ato
Grifado ermo na lápide ilusória.
Que da agonia brote rios de fatos
E inspire os versos da minha memória.
O Fim é as gotas de fogo oriundas
Do fardo eterno para com os céus.
A este gigante não há Davi ou fundas;
Viva o doce amargo gosto de fel.
E a ti, asneiras de toque ao coração,
Meto-te o falo até o talo e o cunhão.
AMOR BRASILEIRO
Aos nobres tordilhos aristocráticos,
Jamais em carne e osso me renderei.
Suicidar-me-ei exaltando os burocráticos,
Mas boa vida nunca lhes darei.
Que meu sangue seja tua moeda;
Que alimente tua sede, burguês.
E exangue faça a arte deste poeta;
Como O Homem que falou Javanês.
Queres ser visto como o novo Mártir?
Ter nome aclamado entre teu povo?
Venha colher os frutos da tua arte.
Ser vitimado pelo sangue novo.
Venha conhecer o jovem Brasil,
Pois meu sangue será indigesto e vil.
A MORTE DO ESCRÚPULO
É assim que quereis justiça, Excelências?
Fizeram-se novamente Magnânimos.
Utilizais bem vossas sapiências,
Pois jurais ter-nos dado novos ânimos.
Vejo que gostastes do que Fizestes,
Devemo-vos Histórias Triviais.
Desçam do palco e tomeis vossas vestes,
De nobres algozes medievais.
Pro inferno, Malditos Filhos de Putas.
Mostre-me a face da bruta Irmandade.
Não escondas a causa a qual tu lutas.
Quereis mais sangue, eis a inútil verdade.
Justiça? Assassinaram Saddam!
A pena divina far-se-á amanhã.
A MORTE AO SONHO
Maldita seja ela, ultima a morrer.
Cria a ilusão em futuro triunfal.
Ela me assombra, há tanto a temer,
Na douda realidade infernal.
Queres-me, eu bem sei. Traga-me um cigarro.
Vende meus olhos, cale a multidão.
Minhas mãos? Deixe, faço questão. Eu amarro;
Leve-me em um sopro frio de um tufão.
Noite vai alta, ouço o silvo do fuzil.
Assim espero – quero – o fim anil.
Sem salves, conquistas, gritos e glórias.
Gravado somente nas mil memórias
Dos anti-inocentes, velha ex-criança,
Estes que não crêem na esperança.
VESOS A UM ANJO
Sei que é pouco o que te faço, mas tento
Com palavras aliviar tua dor.
Pois abismado não fico no lamento
Compactuando absorto no horror.
Não te assustes! Mal sabem o que fazem.
Feche teus olhos, ouça este acalanto.
Siga com anjos, caminhes à margem,
Do mar a ti ofertado; Mar de Pranto.
Não tenhas ódio pelos Caras Maus,
Para o lugar que irás, peçais por eles.
Precisam de ti anjinho. Tu és vital
Neste mundão que de cima tu vedes.
Não nos esqueça mártir da vitória,
Tu trazes calmaria, cheira a jasmim,
Eternizado está em nossa memória.
Por que o que houve não seria teu fim.
Como é bom crer que na tua inocência
Formou-se um elo de benevolência
Vá Joãozinho, e leve os versos meus,
Vá com os anjos ao sono com Deus.
SONETO À MINHA MÃE
Não, mãezinnha! Não chores minha ausência!
Pode confiar em tua criança.
Pois não temo da vida a pestilência,
Só temo os teus olhos sem esperanças.
Não queira proteger-me todo o sempre,
Da tua esperteza sou nobre fruto.
Trago infindas qualidades do ventre.
Esquivo-me e riu do militar truco.
Mas não nego! Saudades este sente;
Do tempo do leitinho preparado;
Saudade é lascinante! A alma não mente.
Quem me dera voltar ao meu passado,
Com o acalanto ao sono pueril.
Falta deste tempo. Saudades mil.
AOS BONS TEMPOS
Não reduza a versos minha oferta;
Que não seja este gesto que te toque.
Na sensação labial de quem flerta,
A memória de outrora te provoque.
Quisera responder o que nos une;
Mas nem mil palavras foram capazes.
Quem dirá ecos chorosos de um queixume;
Que em teu infindo azul sucumbe os males.
Quintana maestrou tal epopéia,
Declamei errôneo! Duro sou geléia.
Como Tu Indivisíveis, puro esmero.
Mas de ti único bom gesto que espero,
Perdão por chaga que te fui incorreta,
Mas não mereço. Lúgubre poeta.
DEUSA VERANEIA
Ainda teimas em me perseguir
Incansável e incessante luxúria.
Tentas-me com os pecados a vir
Para ouvir ecos de minha lamúria.
Tuas falhas virtudes do Olímpio
Esconde em beleza o instinto de fera.
Afrodite e Atenas fundem-se límbeo
E originam a prima Deusa Hera.
Vala-me tal amor inexeqüível.
Passageiro de estação; veraneio;
Incapaz de tirar-te o olhar, incrível!
Tu me jogas num fulgaz devaneio.
De ter-te em braços, beijar tua boca,
Mas ter o Anjo desfaz vontade louca.
MOMENTOS
—Este é meu presente ou tua surpresa?
Indagou-me erma a Deusa Veraneia.
Estanquei, ao beijar-te, tua pureza,
Puro pecado que por mim vagueia.
Pudera eu tirar a paixão do sonho,
E fugir contigo do ato ortodoxo.
Pudera ser real o que componho,
E não obra imprestável do paradoxo.
Paixão antiga, de época pueril,
Que tempo e distância aumentam a gana.
Sentimento louco, celeste e vil,
Ter-te entre meus braços é o ato que sana.
Mesmo em sonho, perdoe-me da loucura;
Sou incapaz de negar beijo à ternura.
GÊNESE TEMPLÁRIA
Nascido da castidade é o templário,
Na santa terra o escudo dos fiéis.
Esconde na santa cruz o sacrário,
Santo em terra o carrasco dos cruéis.
“Tome para si o Templo Salomão,
Oferte ao mundo tua caridade”.
Vindo de Hermes, ao certo veio à mão,
A vera humana realidade.
Nove anos e à tona vem Guardião,
Três virtudes tidas no seio do templo:
Da caridade és tu maior exemplo,
És sábio como fora Salomão.
Teu assassinato a calar a história,
Foi-se tua vida, não tua memória.
AO SENHOR MEU PAI
Canto salves ao nobre cavaleiro,
Que retêm no âmago as sete virtudes.
Canto salves ao César dos guerreiros,
A quem esmera glórias mui amiúde.
Passado plebeu não ofusca a grandeza,
Do nome nobre forjado em batalhas.
Vencedor de Dragões, és tu realeza,
Não a Plebe Nobre de virtudes falhas.
Seja espada, lança ou justa montada,
Não teme o futuro, o olhar inimigo.
Tampouco teme o embate ferido,
Só teme a vida em vão, alegria comprada.
Vá cavaleiro, que a ti dor não dói,
Irrevogavelmente és um herói.
SE DE POEIRA FOSSE FEITA A GUERRA
Se de poeira fosse feita a guerra
A confrontabilidade era Intendência.
A ela não há par, o inimigo enterra
Na acidez da superior demência.
Fervoroso combate não amedronta!
Postado em Ombro Arma, bucha e escovão.
Vento a soprar nessa batalha é afronta,
Luta Suja é em vão se falta o esfregão.
Simplista vitória hebdomadária,
A trivial glória não é memorada.
Nas vis notas do toque de alvorada
É repetida a batalha diária.
Na luta em que só nós ao nosso lado,
O herói não é o coronel, é o Soldado.
APOCALÍTALO (Parte 1)
Prólogo
Vindo do pai, pelo anjo trago a São João
O testemunho de Cristo dito por Deus.
Que nele pouse o detalhe em revelação
Da paga pela dívida dos servos seus.
APOCALÍTALO (Parte 2)
Revelação e mensagem às sete Igrejas da Ásia
Visão Inicial
Num domingo na ilha de Patmos o Discípulo
Ouve um ronco metálico em forma de voz.
O retumbar do estrondo encheu todo o teu círculo
E dele a instrução para prenúncio do algoz.
“Conte o segredo em livro ou papiro que sejas!”
E a voz prosseguia firme e vera na tormenta:
“Sopre-o nos ventos que levem às sete Igrejas.”
E o espanto se não pouco, em ventura inda aumenta.
Surpresa tida e tanta pela vista leve,
Viu sete candelabros rutilar puro ouro,
E o filho d'Ele com cabelos cor de neve.
Seu torpor fora além do instante duradouro.
Coberto pela túnica teu corpo inteiro;
Cingido o peito, feito de ouro era teu cinto;
Os olhos rubros como o fogo d'um braseiro;
A face brilhava como o sol a mim vindo.
Da boca cuspia de dois gumes uma espada;
Em tua destra mão pousavam sete estrelas!
O discípulo caiu e a voz metalizada
Fez-se a ele afagante simplesmente por tê-la.
E caído aos pés da figura feito morto,
Sentiu o peso do altíssimo toque em teus ombros.
O que foi dito em seguida lançou-o absorto.
Fundo no âmago sentiu eclodir teus assombros.
Disse ser Alfa e Ômega, início e fim do mundo,
Vivo pelos séculos após padecer.
Detentor das chaves da morte e os oriundos
Da região de seu reino que o viram vencer.
“Eis que as estrelas simbolizam os sete anjos
das sete Igrejas da Ásia, e os sete candelabros,
as sete Igrejas!” Na fala um chorus de Arcanjos,
Na imagem a luz que espanta os Demons macabros.
Mensagem a Éfeso
“O que trás estrelas na mão teus feitos cobra!”
Fora o anjo de Éfeso que proferiu a sentença.
“Detestastes dos nicolaítas as obras,
Mas falhastes em conceitos de tua crença.”
“A estes que têm ouvidos, ouça o que vos digo:
Lembras do Primor de tua causa e arrependa-te!
Lute e derrotes as forças de teu inimigo,
Ou a Igreja decairá como obra a oferenda!”
Mensagem a Esmirna
O Alfa e o Ômega sabes de ti a angústia e a pobreza
e as falsas difamações dos vulgos judeus.
Se fiel até a morte, alcança a realeza.
Firme sejas na prisão do anjo que desceu.
“Resistindo por dez dias às tribulações”,
Disse outra vez para que ouça os que têm ouvidos,
“As chagas serão sem quaisquer estigmações
e a morte te afaga sem que tenhas sofrido.
Mensagem a Pérgamo
Manda que ao anjo da Igreja de Pérgamo escreve:
“Habitas onda há o trono de Satanás,
mesmo com o apego ao meu nome tu me deves.
Mas não nega a fé, e em certo o trunfo alcançarás.
Salvo disto que sustento algo contra vós.
Tens algo do que ensinou a Balac a doutrina
que ao chão os filhos de Israel traz, deles o algoz.
Diferente de Esmirna a queda não é a latrina.
Fez-los ter para deguste carne imolada;
Fez-los ainda, cultuar aos falsos ídolos;
Lançou-os pobres as imundícies desgraçadas.
Não viu em vos formar o fruto mau do testículo.
Se não se arrependeres, serás combatido
pelo fio da espada que trago em minha boca.”
E aos filhos, que ouçam aqueles que têm ouvidos
e os usam como cefalismo da mente oca.
“Será dado ao dono da vitória o maná
escondido e uma branca pedra com o entalho
de um nome novo, sabido pelo que há
de tê-la apenas e mais nenhum do cenário.”
Página publicada em janeiro de 2008. |