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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


HEZIO TEIXEIRA

HEZIO TEIXEIRA


 

Nascido em Minas Gerais, viveu a infância e a adolescência no Espírito Santo,  vindo radicar-se em Brasília em 1977. Seu gosto pela poesia vem da infância, quando recitava em festas religiosas e estudantis. 

 

 

Sonhando com ela...

 

Imagino sua doce companhia

Luz se dissipando na folhagem.

O sol se pondo, numa forma esguia.

Sua sombra no quintal retrata.

 

Encarnada trama sob os cristais sugere

Do entardecer gozar a quietude.

Sorrir, brincar mostrando a alma.

Dormir, sonhar, acordar pra vida.

 

Dum tinto, o degustar inebriado.

Por mim, eu levaria assim a vida,

Eu, você e, atrevida, a luz da lua.

Nos vendo pelas gretas do telhado.

 

Um cheiro feminil me invade o olfato

Aguça o paladar, refina o tato.

Extasiado toco-lhe a pele.

E a bebida lentamente desce.

 

Ferve o sangue, súbito a casa doura.

Em tua taça vítrea reluzente,

Sedento, extenuado bebo a vide.

Nas curvas do seu colo derramada.

 

  

Desencanto

 

Sentado exausto entre o sol e a lua

Descansava da lida um trabalhador de rua

Alegres, teatrais, em pleno alvoroço,

Passam por ele em bando alegres moços

 

Confiantes no futuro, o calor as faces cora

O andar fincam no chão, como se deles fosse

A dança dos seus pés esperança arvora

 

Retrata o silente um desencanto trágico

Desconfia do futuro o que agora sofre

Desencantado, caturra ao triste fim de turno.

 

 

Cerrado deserto

 

Há mais de cem dias não chove

Vai-se o agosto causticante

E setembro desponta quente

Olha a fumaça lá longe!

 

Queimada sempre desastrosa.

Coço-me, ferindo a pele.

Seca dura, impiedosa.

No nariz, ardem gotas de sangue.

 

O pouco verde é privilégio

Das hastes mais resistentes,

Ao vento seco se opondo,

Umas de outras distantes

 

A aurora e o crepúsculo,

Com especial encanto,

Todo manhã, toda tarde,

Suavizam nosso pranto.

 

Mas vindo setembro ocorre

Que Deus nos vê se apiedando

E a chuva copiosa que desce

Mostra-nos o jardim revivendo.

 

 

 

TEIXEIRA, HézioNau frágil. Brasília- DF:  2008.   120 p.  10x15  “Edição semi-atesanal” durante a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília.  “Hézio Teixeira “Ex. bibl. Antonio Miranda

 

O Bom Senso

Meio termo nunca haverá, neste embate.
Não é o tempo senhor de infame loucura.
Ou remoendo se vive abrolho ulcerante,
Ou se perdoa a tudo com natural soltura.

 

Humor

Alegrias e tristezas
Igualmente invadem-me o peito,
Quando alcanço ou não alcanço
O que ardente almejo.
Quando vejo ou não vejo
O que devo ou não devo
E, se penso o que não devo,
Se não convém dizer e digo,
Aponta-me a culpa o dedo
Assim, passa lenta por mim,
A vida. Nem sempre a que desejo.

 

Verdades e vaidades

Certas verdades coram-nos a cara.
Duras expressões o brio ferem.

Pela manhã nos bajula falso agrado,
À tarde a razão nos desmascara.
Língua enganosa golpes nos desfere...

Terrível é o sabor do desagrado

 

 


Cartão-convite de uma das apresentações do poeta:

 

Página publicada em outubro de 2008; página ampliada em junho de 2016.

 




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