GERALDO JOSÉ DE OLIVEIRA
Poeta, bancário, estudante de Gnosticismo e ativista de movimentos estudantis, sindicais, ecológicos e poéticos. Nasceu em 24 de setembro de 1961, nas margens do Açude Poço de Pedras, Sítio Garrote, município de Campos Sales -CE. Ali viveu até os oito anos de idade quando se mudou com a família para Juazeiro do Norte-CE, em 24 de setembro de 1969. Em 1981 residiu no Vale do Itajaí, em Santa Catarina e reside atualmente em Brasília-DF, onde participa de movimentos poéticos.
Começou a escrever aos l7anos.Em l981 publicou o seu primeiro livro: "Proibido Olhar" com o patrocínio do GRAPEC, grupo de teatro amador de Juazeiro do Norte. Em 1989 publicou "Proibido voar", tendo participação, também, na Coletânea "O que é o feliz natal? E ano novo o que é?", de 1983/1984, organizado e editado por Stenio Diniz, na Lira Nordestina. Nacos d’alma é a epifania do poeta, na busca pela morte/vida/vida/morte/vida, sintetizada nos versos: "Estou calmo, brando, tranquilo, sinto-me, acho, pronto para desaparecer", seguindo o norte da "brilhante estrela guia do estreito e perigoso caminho". Como dizia outro grande poeta do quinto raio: "Quem tiver ouvidos para ouvir que ouça".
Cláudia Rejanne Pinheiro Grangeiro
OLIVEIRA, Maria Aparecida de; OLIVEIRA, Geraldo José de. Canções para Abraxas. Nacos d’alma. Brasília, DF: Thesaurus Editora, 2012. 66 + 46 p. 14X21 cm. ISBN 978-85-409-0127-8 Dois livros em um, duas capas. “Maria Aparecida de Oliveira” Ex. bibl. Antonio Miranda
DESIDERATO
Quisera ter membro de metálico brilho,
Para penetrar toda fêmea fértil,
Encher o mundo de filhos e converter
Esta terra viçosa num deserto.
Viver o destino dos néscios,
Obter a louvação dos tolos,
Proclamar aos ventos o meu sucesso
E jactar-me da minha mediocridade!
Deixar ao mundo legado da miséria,
Propagar meu genoma à posteridade
E sentir que vivi para nada.
ÂNSIA DE SER
Flui minha vida sem consolo,
Sinto o tanático toque saturnino,
O anjo, da minha alma, está em guerra.
Por mais vitórias eu tenha nesta terra,
Nenhuma pacifica a minha alma,
Eu sem morte sou sem calma.
Toda luta mundana é perdida,
Quando o vão viver tiver morrido
A Vera vida será a paz.
T x C
Vivo a incerteza do momento:
A dor, a derrocada, o desalento.
Porém tenho o compromisso:
Ser e estar uterinamente só.
Morrer, que morte haverei de ter?
Se ir para cima ou de quem correr?
Neste oceano revolto adverso
Tenho do mar, sido ouriço.
Desejo uma vida com fermento.
Que tudo o tempo todo tenha aumento.
Em ser o ser fui omisso.
Em somente ter, o ser levou sumiço.
TEXTO EM PORTUGUÊS - TEXTO EN ESPAÑOL
LINGUAGENS – LENGUAGENES /Edição bilíngue Português / Español. organização Menezes y Morais; tradução Carlos Saiz Alvarez, Maria Florencia Benítez, Lua de Moraes, Menezes y Morais e Paulo Lima.. Brasília, SD: Trampolim, 2018. 190 p. (7ª. coletânea do Coletivo de poetas) ISBN 978-85-5325—035-6. Ex. bibl. Antonio Miranda
GÊNESIS
AFênix renasce das cinzas
O fruto surge da flor
Da lagarta a borboleta vem
Do carinho nasce o amor
Com amor o homem cria
Por amor, o homem, Deus criou.
Por amor o cosmos se mantém
por obra do criador.
Entre lágrimas e sorrisos
somos todos filhos do amor.
TEXTO EN ESPAÑOL
Poeta, empleado de banca, estudiante de Gnosticismo, activista poético, sindical y estudiantil. Nació el 24/9/1961 en Sitio Garrote, municipio de Campos Sales (Ceará). Antes de emigrar a Brasilia (Distrito Federal), vivió en Vale do Itajaí (Santa Catarina). Escribe desde los 17 años. Obra: Proibido Olhar (1981), con patrocinio del GRAPEC, grupo de teatro aficionado de Juazeiro do Norte (Ceará) (1989). Proibido voar (1992) y la antología O que é o feliz natal? E ano novo o que é? (1983-84), organizada y editada por Stenio Diniz, en la Lira Nordestina. En 2012 publicó Nacos D'alma (poesía), libro con un doble proyecto gráfico, junto con su hermana Maria Aparecida de Oliveira (Cangóespara Abraxas). En 2016, también junto con la poeta Siddha Abraxas, crearon la Casa da Esencia, un centro cultural sin animo de lucro.
GÉNESIS
El Fénix renace de las cenizas,
el fruto surge de la flor
De la oruga la mariposa viene,
del cariño nace el amor.
Con amor el hombre crea
Por amor, al hombre, Dios lo creó.
Por amor el cosmos se mantiene
por obra del creador. Entre lágrimas y sonrisas
somos todos hijos del amor.
Página publicada janeiro de 2013. Ampliada em janeiro de 2020.
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