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                  FELIPE CALDAS 
                    
                    
                  Felipe Caldas Batista é poeta e  urbanista. Vive em Brasília e mantém o blogue:  https://felipecaldasbatista.blogspot.com.br/ 
                    
                    
                    
                  Ave Negra 
                    
                  Quando  a noite cai, 
                  luz  não há nenhuma; 
                  a  ave negra sai: 
                  -  És minha testemunha! 
                    
                  Em  seu voo plácido 
                  ressoa  um réquiem, 
                  um  canto monástico: 
                                     —  És minha romagem! 
                    
                  Toma-me  em tuas asas, 
                  na  escuridão da noite, 
                  acende-me  em brasas 
                  quando  tudo é silente. 
                    
                  Cobre-me  em teu plúmeo 
                  negro,  pois é frio que 
                  emana  do vento plúmbeo 
                  e  seco das noites daqui. 
                    
                  Dançamos  e o tempo morre 
                  na  escuridade do quarto 
                  até  que o sol acorde 
                  a  vida... e tudo de fato. 
                    
                  Brasília,  23 de Outubro de 2016. 
                    
                    
                  Flor  de Cristal (amor frágil) 
                  Pequena  flor de cristal, 
                  contorno  sutil e casto. 
                  Límpida  arte de vitral, 
                  luz  em meu claustro. 
                    
                  Uma  pobre flor de vidro, 
                  reina  no pequeno móvel, 
                  entre  peças e estribilho: 
                  Talismã  de hábil cinzel. 
                    
                  Ornato  da 25 de Março, 
                  como  pode fulgurar!? 
                  Quando  se faz ocaso 
                  em  meu triste olhar! 
                    
                  Centavos  de tanta luz! 
                  Não  poderia a poeira 
                  desbota-la  ou reduzi-la 
                  numa  vulgar quinquilharia. 
                    
                  Até  que uma mão insolente 
                  a  quis mover, dirigir 
                  e  dos cacos que a reduzi: 
                  um  mosaico fosco, impotente... 
                    
                  Brasília,  3 de Outubro de 2016 
                    
                  Página  publicada em março de 2018 
 
                  
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