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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





ÂNGELO D´ÁVILA

 

 

Mineiro de Araxá, MG, membro da  Associação Nacional dos Escritores de Brasília (ANE), do Sindicato dos Escritores de Brasília, e das seguintes entidades: Titular da cadeira XXXVI da Academia de Letras de Brasília (DF),  membro correspondentes das academias:  Petropolitana de Poesia Raul de Leoni (RJ), Internacional de Letras “3 Fronteiras” e Uruguaiana de Letras (RS), Pirenopolina de Letras e Música (GO) e Araxaense de Letras (MG); sócio do Clube de Poesia da Associação Uruguaianense de Escritores e Editores e do Clube Internacional da Boa Leitura (RS) e outras agremiações ligadas à cultura e à astronomia. Tem dez volumes publicados, colabora em revistas literárias, jornais e antologias, premiado em concursos  de contos, romance e poesia. Estudou Farmácia e Bioquímica, Línguas Neolatinas e  cursos de pós-graduação concernentes ao exercício profissional. Ex-professor, ex-diretor de colégio, servidor público aposentado, reside em Brasília.

 

Autor de uma vasta obra que inclui romances, contos, ensaios e traduções do Rubaiyat de Omar Khayyam,  O Corvo de Edgar Allan Pöe e Luz no Caminho de Mabel Collins

 

Obra Poética: Poesias Neoparnasianas, Poesias Neomodernistas, Poesias eofuturistas, Poemas em  Prosa, Sonetos e Haicais e Mil e Uma trovas

CINCO SONETOS DE ÃNGELO D’ÁVILA

 

 

FALANDO DELA

 

Quando ela disse adeus erguendo o lenço,

divina no esplendor do próprio orgasmo,

a dor abriu no mundo um eco imenso,

vibrou-se no universo um imenso espasmo.

 

Depois que ela partiu, eu cismo e penso,

eu penso e cismo,  fico louco e pasmo,

como era linda ornada em nívio incenso,

 

eufórica de alegria e entusiasmo!

 

Como era linda!... pelo céu extenso,

sua luz se minguou na luz de um círio,

quando ela disse adeus erguendo o lenço.

 

Era a Felicidade - o humano anseio!

Fora um sonho talvez, talvez delírio,

como pôde partir se nunca veio?

 

 

CONDOR

 

De avião, numa viagem turbulenta,

sobre os Andes, eu vi com sobressalto,

um condor a pairar num vôo bem alto,

lutando contra os ventos da tormenta.

 

Procurava carniças sobre o abismo,

se adernava descendo com mestria,

enfrentava o furor da ventania

sem os riscos temer do cataclismo.

 

Ao vê-lo assim, senti-me em parceria,

lembrando o meu labor de cada dia,

vi nele a  minha luta refletida,

 

Pois eu no mundo sou seu companheiro,

procurando as carniças do dinheiro,

lutando contra os ventos desta vida.

 

 

MOCIDADE

 

Eu passava dos quinze anos quando a encontrei,

tornei-me seu rei e ela a minha doce rainha,

me abraçou de corpo e alma e eu a abracei,

e ela se tornou exclusivamente minha.

 

Bela e livre companheira fogosa e forte,

gostava de dançar, de carnaval, de festa,

tinha medo de nada, nem medo da morte,

nunca encontrei outra criatura como esta.

 

O tempo foi passando em cima do tempo ido,

configurando o futuro da nossa vida,

mas de repente, cadê ela?... tinha sumido.

 

Se acaso a chamo, nenhum eco me responde,

sei que faz muito tempo que a deixei perdida,

porém o lugar onde a perdi, não sei aonde...

 

 

VELHICE

 

Quem bate? - Sou eu, a velhice, posso entrar?

- Eu não sei quem és, a janela está  trancada,

na minha casa só disponho de lugar

para abrigar pessoa amiga ou bem-amada.

 

- Não importa, abre a janela, somente vim

reclamar minha parte por direito, entende?

Não quero mais que isso, reclamo para mim

o que me pertence no teu corpo, compreende?

 

- Abro não! Como podes tu com sovinice,

com ousadia  e com esse nome de velhice,

querer como uma ladra entrar pela janela?

 

Abro não!...  mas de mansinho chegou a idade,

entrou pela porta com a chave da verdade

e tirou do meu corpo a parte que era dela.

 

 

 CORRUPTOS

Será que esses  ladrões da sociedade

não pensam que justiça possa haver,

ou será que não enxergam a verdade

que não irão  aqui sempre  viver?

Um dia chegarão à eternidade

quando os roubos terão que devolver,

dos crimes que são contra a humanidade

terão as conseqüências que sofrer.

Renascerão mil vezes na matéria,

para o mal  resgatar de lida em lida,

nos antros sofredores da miséria.

Não adianta pretenderem sorte nova,

só o bem que se pratica nessa vida

será  luz que nos guia além da cova.

 

 

 

 

 

 

BARRETO, Fernando. Pinturas de Fernando Barreto.  Brasília, DF: L.G.E. Editora, 2009.
108 p. ilus. col. ISBN 978-85-7738-393-6 Edição com apoio do FAC-DF. Inclui poemas de  Ângelo K’Ávila, Roberto Bianchi, Antonio Miranda e Sylvia Serra Barreto, com imagens das pinturas de Fernando Barreto.

 

 

 

Página ampliada em dezembro de 2016.






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