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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABÍLIO TERRA JÚNIOR

 

Abilio Terra Junior é natural de Belo Horizonte-MG e reside em Brasília-DF. Economista, servidor público aposentado, dedica-se, atualmente, à poesia e aos contos e crônicas. Casado com Luiza Helena, e filhos Roberto e Marcella. Possui sete livros virtuais para download e poemas formatados para leitura na sua homepage ‘Os Homens Pássaros’,  http://www.oshomenspassaros.com.

Aprecia gnosticismo, música, animais, pintura, escultura, fotografia, ecologia, ciência, poesia, literatura, cinema, surrealismo, arte, natureza, universo, defesa dos direitos humanos e assuntos afins.

Possui dois livros publicados, ‘Numa Floresta de Símbolos’, pela Editora Alcance e ‘Os Homens Pássaros’, pela CBJE.

Define-se como um poeta que observa o mundo ao seu redor e não se contenta com as aparências e que tenta utilizar as palavras para perscrutar o mundo do sonho e o mundo da realidade. No seu modo de entender, estes mundos se encontram interpenetrados, não há como separá-los.   

 

 

 

De
Abílio Terra Júnior
NUMA FLORESTA DE SÍMBOLOS
Porto Alegre: Alcance, 2010.
104 p.   ISBN  978-85-7592-194-4

 

 

O Sonho é Tecido

 

o sonho é tecido

e então é trazido

das profundezas de um mundo

de um bem profundo

 

ele vagueia sonâmbulo

a procura do ‘seu dono’

imerso no sono

tropeça aqui e acolá

 

se aproxima devagar

pisando nas pontas dos pés

para não assustar

(pois isso pode acontecer

 

se de repente ele aparecer)

próximo então ele penetra

lá dentro da alma do ser

que prostrado ali se encontra

 

como são amigos de há muito

(falo do sonho e da alma)

os dois sorriem e se abraçam

e até trocam afagos

 

se amam de verdade

se vêm com assiduidade

e são quase parentes

pelas suas vibrações

 

que lhes permitem então

uma íntima junção

tornam-se um só ser

o sonho então conduz a alma

 

por caminhos às vezes sutis

outras vezes nem tanto

e por mundos tão estranhos

repletos de paradoxos

 

que lembram a poesia

sempre próxima de ambos

às vezes vivem momentos

de um amor tão intenso

 

que não existe na Terra

outras vezes um susto enorme

ou uma melodia sublime

ou uma resposta a um enigma

 

que jazia há tempos no fundo

da alma, fechado em si

outras vezes perambulam

pelo passado perplexo

ou por um encontro impossível

 

ou por dores insuportáveis

ou por uma alegria que contagia

e que alegra a ambos

e ao ser que ali repousa

 

         05/09/2010

 

A Voz da Mulher

 

o mar invade as pedras

a voz da mulher ilumina as musas

e o sangue desce e recrudesce e pulsa

 

enquanto a música balança

e a mulher se embala e se deixa levar

e nada mais existe

a não ser a mulher

sua voz límpida 

o seu coração que acompanha o mar

e as pedras que rolam

e as areias que se multiplicam pela praia ao infinito

 

a mulher não diz

ela pronuncia a música do mar

que com ela se envolve em um longo abraço

de prazer dor sensualidade

e o mais puro êxtase

 

correntes marítimas impregnam suas pernas

o seu sexo entre dois moluscos famintos

as estrelas do mar se colam à sua pele

 

e ela se esquece da lua

e se dobra como uma ave

que mergulha entre os peixes

circula com eles

em um bailado de nuvens molhadas

 

e toda a rocha se cala circunspeta

à espera das notas que se elevam

e são gotículas de água

que giram loucas entre as ondas

que sugam as areias

 

e a música se pergunta

e responde às ondas

que a voz da mulher instila inspira suspira

e permeia a voluptuosidade serena da maré

 

23/11/2008     

 

 

Encontro-me Feliz de Repente

 

encontro-me feliz de repente

e me pergunto descrente

qual a fonte deste júbilo

se há motivo para tanto

 

se a vida em curvas incertas

me presenteou com arestas

que se aprofundaram em mim

desde as mais frescas horas

 

 minha mente se alonga

 toca meu coração

auscultando-o com tato

por sabê-lo tão vibrátil

 

sente-o muito sonoro

bem próximo da vida

que jorra como uma fonte

da límpida montanha

 

se indaga inquieta

como este órgão tão meigo

esconde secretos fonemas

herança dos tempos primeiros

 

 e se desdobra em encantos

 se enleva às alturas

permite que a poesia

seja sua augusta tutora

 

minha mente se revela

neste momento atônito

sua admiradora sincera

sua discípula atenta

 

08/01/2008

 

 

Lindas Mulheres e a Minha Pele

 

lindas mulheres e a minha pele

que se espelham no longo orvalho

no prazer da morna flor

que exala que se abre ao amor

 

nesse trajeto que se repete enrubesce

nas areias sensíveis da noite

nos esquecemos nos negros vapores

nos perdemos no covil das madeixas

 

suas vozes no espaço da morte

me adormecem nas estreitas vielas

dos seus hálitos perpétuos claros

dos seus íntimos anelos que vibram

 

suas unhas que tocam as cordas

das violas que nelas se escondem

me marcam com o sangue do espasmo

comprimem o meu jato sublime

 

seus pêlos em círculos estreitos

me propõem um sucinto enigma

que tento solver com a língua

que se bifurca serpente faminta

 

seus olhares tão crespos em pares

tocam o suor dos meus poros

se espalham em tons claros

se voltam no transe se esquecem

 

suas luas tão escuras tão cruas

apontam-me brejeiras as escunas

nos tormentos amenos do estreito

refulge no ardor soa em flor

 

17/09/2008

 

 

Página publicada em agosto de 2011



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