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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

ALUIZIO MEDEIROS

 

Aluísio Caldas de MEDEIROS - Nasceu em Fortaleza, 16 de janeiro de 1918, filho de Alfredo Medeiros e Senhorinha Caldas de Medeiros. Fez os cursos primário e secundário i,o Colégio Castelo Branco. Bacharel em Direito (Faculdade do Ceará, turma de 1944). Um dos fundadores e grande animador do Grupo Clã. Poeta e critico literário.

Publicou: Trágico Amanhecer (1941); Mundo Evanescente (1944); Os Hóspedes (parceria com Antônio Girão Barroso, Artur Eduardo Benevides e Otacílio Colares, 1946); Os Objetos (1948); Latifúndio Devorante (1949); Lírica (1954); Poema é Comício (1955), e Setenta e Três Poemas (1963), além de Crítica (1.a série - 1947; 2.a série - 1956). Morreu no Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1971.
Fonte:1001 Cearenses Notáveis-F. Silva Nobre
.

 

 

 

A NOVA POESIA BRASILEIRA. Organizado por Alberto da Costa e Silva.  Lisboa, Portugal: Escritório de Propaganda e Expansão Comercial do Brasil em Lisboa, 1960.  291 p.  19 x 27 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

        POÉTICA

Poderia dizer que sou um Deus;
que as estrelas aureolam a minha cabeça imaginativa;
que a todo instante posso criar
tantos mundos ao sabor dos meus desejos.

Poderia dizer que sou um Deus;
que um gesto meu é capaz de multiplicar os pães
que as multidões mastigarão sofregamente;
que todos os homens vêm para a adoração do meu poder
ilimitado.

Poderia dizer que sou um Deus;
que faço surgir nos desertos os trigais ondulantes;
que uma simples palavra minha provoca a fraternidade
entre os homens que se abraçam com um sorriso no rosto.

Mas sou, como os outros, telúrico e humano,
uso o silêncio da galocha, grito,
trabalho e sinto fome,  oceânico e lúbrico,
ando com a barba por fazer.

 


                                        (De Os Objetos)

 

 

        ELEGIA

Não fales no filho
que não conheci.
Os olhos, disseram,
como os do pai
eram tristes;
da mãe tinha a boca
o nariz também.
Por três segundos
respirou, disseram.
Morreu depois.
O mundo deixou-lhe
a marca, disseram,
numa injeção que tomou.
Coberto de lágrimas
foi e não voltou.
Não fales no filho
que não conheci.

 

                        (De Os Objetos)

 

 

 

Página publicada em março de 2020


 

 

 
 
 
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