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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://www.resenhabahia.com/

 

SERGIO DE MATTOS

 

Sérgio Mattos (Fortaleza, 1 de julho de 1948) é um poeta, jornalista, compositor e professor universitário brasileiro.

 

Está radicado em Salvador desde 1959. É mestre e doutor em Comunicação pela Universidade do Texas, em Austin. Foi editor do jornal A Tarde, de Salvador e é diretor da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

 

Livros de poesia: Nas Teias do Mundo (1973); O Vigia do Tempo (1977); Time's Sentinel (1979); Já Não Canto, Choro (I No Longer Sing, I Cry) (1980); Lançados ao Mar(1985); Asas Para Amar (1995);

Estandarte (1995); Trilha Poética (1998); Étendard (1998); Fio Condutor (2006); Essência Poética(2011); Era uma vez um poeta (2010).

 

Fonte da biografia: wikipidia

 

 

 

 

        RETROPECTIVA DO MUNDO VIRGEM

 

                                          A Burle Marx

Vivo numa terra-mundo violada,
poluída e estraçalhada.
O verde findo chora orvalho
neste tempo de palhaçada.

O mundo das flores
foi despetalado
no tempo de espinhos.
— O verde fino chora orvalho
neste tempo de palhaçada:

A infância pura
cheia de figuras e liberdade
invade-me a lembrança:

O ar despoluído e céu brilhante
daquela época foram despojados
deste tempo.
Vivo numa terra-mundo violada
poluída e estraçalhada.

— O verde findo chora orvalho
neste tempo de palhaçada.

(1973)

 

 

 

 

ESTANDARTE

 

Que os poetas

façam a Revolução da Canção,

que usem as flores, as palavras

e os poemas como armas

da libertação.

Que os poetas cantem

o amor, a  liberdade

e usem a verdade

como estandarte

na luta contra a alienação.

                                      (1979)

 

 

 

 

SERTÃO

 

No meu sertão

a vida é traquejada

e as mãos são calejadas.

Aqui estou longe da fumaça

das grandes cidades

e perto da simplicidade

das vaquejadas.

Com o surgir do sol nascente

o canto dolente

do vaqueiro rompe a preguiça costumeira

de todo amanhecer inocente

desta terra, onde ainda se pode sentir

alegria em ver brotar a semente,

sentir a força do vento,

saber o valor da chuva

e morder o talo do capim verde.

                                               (1979)

 

 

 

 

 

QUESTIONAMENTO

 

Senhores!

Seria o branco a pureza que procuro

entre tarjetas, nas sarjetas,

nas saletas escuras

dos sebos sem rótulo, nem selo?

 

Senhores!

Não há luz na sarjeta.

Seria o poema a chama

ou o preço da fama?

 

                             (1989)

 

PELADA POÉTICA: antologia.  Organizadores: Júlio Abreu e Mário Alex Rosa.   Belo Horizonte, MG: Scriptum, 2013.  118 p.  
ISBN 978-85-89-044-69-1                        Ex. bibl. Antonio Miranda


A COPA NOSSA DE DIA

Todos jogavam à minha volta “tiro ou coroa”.
Não era azar não era sorte.
Os meninos descalços e sua copa eram pobres.

Usavam camisas coloridas desbotadas.
Os juízes era ladrões.
O tapete verde mágico era de terra batida.
Todos eram Garrincha por um dia.
O único ouro erro de alegria do sol,
E de alguns poucos dentes de traficantes.

Por acaso e por técnica era o gol.
Esboça-se um carnaval imediato.
O mundo era duro e a bola era oficial.

Acabou a tapas pela derrota de uns,

E pela comemorativa cervejinha gelada
Antes do almoço caprichado de sábado,
E o sono pesado da tarde.

*

Página ampliada em maio de 2023.

 

 

Página publicada em março de 2020


 

 

 
 
 
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