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RUI MASCARENHAS

Rui Mascarenhas é um poeta que reinventa brilhantemente as dualidades de nossas realidades impossíveis, cabendo a nós, leitores cruéis e também compassivos, saborearmos esses versos com os pés desnudos, no chão úmido, imundo, olhando para as estrelas deslumbrantemente assombrosas, apocalípticas”. Steven F. Butterman, Phd. University of Miami   Blog do autor: http://meiohomem.blogspot.com  

  

 


POEMAS EXTRAÍDO DA OBRA

 

MEIOHOMEM:

Eternidade, Meu Canto Que Fica!

 

Salvador: 2007

 

 

A FRUTA
"fragmento"  

"Proíbo-lhe tocar-me os dedos,

sequer lembrar-se de mim após a despedida"

 

Balancei a cabeça negando diversas vezes

até que finalmente deu de ombros e com passos apertados, afastou-se.

...foi a última vez que o vi.

 

Num lento ruflar de asas adentrou o inferno azul e quente

onde jazia seu corpo pênsil presa de angústias em delicado movimento

trazia o semblante vazio, a alma amputada, os pés frios;

mãos que já não apalpam, nem a susto se arregalam!

a boca não urge arrogante, nem os olhos falam!

 

R disfarçado, já não suspira à espera de maiores acontecimentos

 

 

DEVER DE CASA

 

         À Marilena

 

Eles me ensinaram o que sentir e como sentir!

Me ensinaram o que pensar e como pensar!

Ensinaram o que dizer e como dizer!

O que fazer e como fazer!

 

...me ensinaram tudo errado!

De modos que eu me tornei parvo e preguiçoso

Me calaram aos poucos

E assim que fiquei mudo,

Me tomaram o corpo!

 

 

SOBREVOANDO CIDADES

 

Nos dia de hoje

Nesta cidade

Não deveriam existir torres

Nem pontes

Ou prédios imensos

Como se fosse possível voar

 

Tampouco esses momentos

Poderiam existir entre as horas:

 

Momentos debruçados sobre a fraga

Como a águia do arranha-céu mais alto

Saber que num instante de lucidez

Num salto de amor sobre a cidade

Eu poderia escapar de toda essa pobre vida de solidão.

 

 

BAHIA!

 

BAHIA!

Com todo teu espírito primitivo

O sebo de tua eterna sujeira

Tuas crenças amarrotadas

Regurgitadas sobre teus filhos lúdicos!

 

BAHIA!

Tuas cores pastéis

Teus becos esguios

e maliciosos

 

Teu inconfundível cheiro

de humanidade e restos!

 

Mas ...

Eu queria falar de tuas meninas nuas

Com lábios rosados

no centro da cidade

 

Mas ...

Eu queria falar de teus meninos nus

E seus paus famintos

no centro da cidade

 

BAHIA!

Eu conheço o menino que corre assustado!

Eu conheço a menina que brinca

Com a Gilete na boca!

 

BAHIA!

Eu conheço o Menino revirando o lixo!

Eu conheço a menina das coxas

Perfumadas e Rasgadas!

 

BAHIA!

Eu conheço o menino de suave dorso [e sorriso lindo!

Eu conheço a menina segurando o Caralho e Rindo!

 

Eu não tenho dinheiro Garota!

Eu não tenho trocado Pivete!

Eu não guardo miúdo Meu Velho!

 

Passa! !

Se afasta!!

Seu guarda!

Tire essa gente daqui!



Rui Mascarenhas e Antonio Miranda

No Festival Tordesilhas de Poesia Contemporânea,

Sâo Paulo, SP, Nov. 2007.

Foto: Juvenildo Barbosa Moreira




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