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PINHEIRO VIEGAS

(1865-1937)

 

João Amado Pinheiro Vargas

 

(Pseudônimo: Solphos de Arnaud)

 

 

João Amado Pinheiro Viegas, mais conhecido como Pinheiro Viegas, jornalista e poeta,  foi o maior epigramista da Bahia.

 

Nasceu em  Salvador no ano de 1865 mas somente a partir  da década de 1920, quando criou a Academia dos Rebeldes,  se tornou conhecido nacionalmente.

 

Concluídos os preparatórios, iniciou o curso jurídico na Faculdade de Direito da Bahia mas abandonou os estudos para ingressar na imprensa onde, em 1910, defendeu, nos jornais da capital da República, a campanha de Rui Barbosa à Presidência do Brasil.

 

Durante muitos anos viveu no Rio de Janeiro, onde trabalhou em diversos jornais e publicou vários livros.

 

Segundo Jorge Amado, seu liderado, Pinheiro Viegas era primo distante de Castro Alves  (cuja avó se chamava Ana Viegas...)

 

Biografia e imagem do poeta:
http://ilustresdabahia.blogspot.com/

 

 

 

        MONSTRO VERDE

 

        Meia noite.  No bar, ele ao piano, o Diabo!
O espelho contra o espelho é um fogo de artifício.
O meu copo de abismo é o meu mundo fictício.
Sou pachá, mandarim, sibarita, nababo.

Rindo, vejo, em redor, então, em menoscabo,
O quadro nu plebeu do amor venal de ofício.
Ébrio só de ilusões!... mais ilusões... e, ao cabo,
O absinto, o Monstro Verde, adoro-o!   ele é o meu vício!...

 

        Lá fora, o céu de inverno, o vento, a chuva, o frio.
Os verdes olhos maus, a grenha bruna — ví-o.
Mais belo é o mundo assim em linhas assimétricas.

De chofre, vejo, então, todas as suas baldas.
Seus verdes olhos maus são duas esmeraldas.
Sob o esplendor lunar das lâmpadas elétricas.

 

 

 

 

 

        ELA

Entra. Despe-se. E, nua, a rir, sem cerimônia,
(Ela é a visão celeste e a fêmina terrena!)
Negros olhos de ônix, solta a bruna melena.
Anda, à noite, em meu quarto, ao léu da minha insônia.

Cismo: é tzigana, a musa, a madona, a demônia.
A mandrágora, a eufórbia, a reflésia, a açucena.
Grande, soberba, irreal, pulcra, nívea, serena.
Frio alabastro nu de vedra estátua jônia.

Alva, argêntea, lunar, dúbia ao sonho, imprecisa
(Para a sua psique só mesmo a sua plástica!)
Ela faz-me lembrar Da Vinci, a Mona Lisa.

Cai-lhe sobre a nudez o amplo péplo vermelho.
Depois, nada. Ilusão! E eu só vejo, fantástica,
A máscara da lua, a rir, no seu espelho.

 

 

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2020


 

 

 
 
 
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