MÁXIMO MANSOUR
Cantor e compositor, nasceu em Ituberá, Bahia e reside no Distrito Federal desde 1998. Participou do movimento Tribo das Artes e criou o grupo Cultura de Classe onde atua também como poeta.
1ª. BIENAL DO B – A POESIA NA RUA. 26 a 28 de Setembro de 2012. Brasília: Açougue Cultural T-Bone, 2011. 154 p. ilus. col. 17x25 cm.
Sem sentido
Quando eu tomo o meu café da manhã amargo
O sol a pino e eu já me atino com uma tonelada de trabalho
Eu preciso adormecer os meus sentidos, e claro...
Continuar a fazer sem sentido o trabalho
Mais uma vez na marmita o almoço, feijão, mandioca, farofa de
ovo
E como fundo a construção do mercadão e a minha miséria de
salário
Preciso adormecer meus sentidos, e claro...
Continuar a fazer sem sentido o que nasci para fazer
Só que eu queria estar na Bahia ou no Rio de Janeiro, em
Copacabana
O que me faz estar aqui?
Queria estar na Bahia ou em Copacabana
O mesmo sol que bronzeia os turistas em Copacabana
Me deixa numa fadiga maluca
O mesmo calor que conforta os filhos da santa
Me transforma no filho da outra
Página publicada em novembro de 2020
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