Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOZAILTO LIMA

 

Baiano de Vázea do Poço, 1960 —. Iniciou o curso de Letras na Universidade Estadual de Feira de Santana e bacharelou-se em Comunicação Social em Aracaju, onde exerce o jornalismo.

***

Autor do livro de poemas Ainda os lobos (Patuá, 2016), Jozailto Lima (11.11.1960) é baiano radicado em Aracaju, Sergipe. Tem quatro livros de poemas publicados e ganhou alguns prêmios entre Bahia e Sergipe. Sua poesia nasce da carne tenra e bruta da vida. Brota “no dorso dos dias,\ no chão das ilusões”. E, em sendo assim, tem memória, sexo, morte, teto e tato. Alegrias e tristezas. Muita afeição lírica de quem não se encaixa na eterna diáspora que é o viver e seus códigos e seus signos e seus tantos outros parangolés. Meio que em síntese, ele e a sua poesia ladram “ao silêncio\ um silêncio\ só osso”, fazem “cócegas nas axilas do sol” e esperam “a colheita do fim dos dias”.  E aí, vai encará-los?

Fonte da biografia:  http://editorapatua.com.br/

 

 

HERA 1972-2005.  Antonio Brasileiro et al.. organizadores.  Salvador, BA: Fundação Pedro Calmón; Feira de Santana, UFES Editora, 2010.  712 p.  fac-símile. ilus. (Memória da Literatura Baiana).  ISBN 978-SS85-99799-14-7  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         O LOBO DO HOMEM II

                Para Neuman Sucupira in memoriam

 

         Lobo é esquerda
Lobo é direita.
Ao meio e ao centro,
Alcatéia de navalhas
Estilhaçando ar e uivos.

         Ao fim de tudo
— Se é que não me iludo
E algo de fato finde —
a soberba Senhora Soturna
Que a todos ceva e cinge
Cuja face beijo algum jamais alcançou.

         Aí nesta fecunda vala a estreita arena,
Pata e venta abertas, coração em chama,
O homem toureia sua sina
Mas sempre tomba
A Senhora toureira Soturna e assassina.

 

         MOTIVO DE TABACARIA

         Não serei cinzas
Não serei porra nenhuma

         Afora isso, tenho em mim
Todas as sementes do mundo

         Mas resisto, não gemino
E insisto: não serei cinza alguma

 

         A VINGANÇA (DA MULHER DE LÓ)

 

Não lhe deram um nome
Sequer o direito de olhar para trás.
Apenas a estátua
A mulher sem rosto, o castigo,
O sódio ardendo urdindo desejo.

               
A ele, a montanha aberta em cedros e viço
A reverência das águas e dos ventos
O solfejar dos passarinhos
A fúria santa dos vinhos
O sexo ópio das suas meninas
E a nação forjada em filhosnetos.

                  Àquela, a quem sequer nome deram,
A borra, a pedra sem face, o adeus cru cruel.
E, de conforto ou vingança, um eterna Gomorra
Em fogo ardente, apontando contra o céu.

 

Página publicada em janeiro de 2019

 

        

 


 


        


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar