Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: .uol.com.br/mundoafro.atardetag

 

JÔNATAS CONCEIÇÃO

 

Jônatas Conceição da Silva nasceu em 8 de dezembro de 1952, baiano de Salvador, diretor do Ilê Aiyê, Jonatas Conceição, 57 anos. Jonatas era poeta, professor da UNEB e foi um dos fundadores do Movimento Negro Unificado na Bahia.

Na UNEB, Jonatas lecionava no curso de Letras Vernáculas, no Campus de Euclides da Cunha. No Ilê, ele coordenava o projeto pedagógico e como escritor e poeta valoriza a cultura negra em suas obras. Ele é autor do livro Miragem de Engenho (1984), Outras Miragens (1992).  Faleceu em 2009.

 

CADERNOS NEGROS.   Volume 23.   Poemas Afro-Brasileiros.   Organizadores: Esmeralda Ribeiro  e  Márcio Barbosa.  Capa: Foto J.C. Santos.  São Paulo: Quilombhoje, 2000.   120 p.  14 x 21 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda

Adiantamos aqui três poemas:

 

 

 NO NORDESTE EXISTEM PALMARES

Assim dizia um viajante antigo:
—Palmeiras, símbolos de paz e sossego.

No Nordeste, palmeiras resistem.
Brotam de concretos, casebres, barracos.
A natureza mostra força e poesia.
À noite, leves brisas amenizam passadas febres.

       As palmeiras abundavam no antigo quilombo.
E não foram transplantadas para o Nordeste.
Aqui, junto ao mar de Amaralina,
Novos palmares também crescem,
Arejando cabeças trançadas,
Trazendo novas verdades.

Palmeiras são símbolos de paz e sossego..


      
ESCOLA BAMBA     

 

                        Para América

 

          Há muito vivo na corda bamba.
Acalmando as tripas
e fazendo do coração um mundo de amigos.
Deste, alguns viraram professores
universitários.
Outros também ficaram proletários.
Fingindo não importar-me com o salário
virei homem de samba.
Sem acorde
Ritmo
Instrumento nenhum.

 

 

 

DOMINGO DAS PEDRAS


              As pedras caíam no silêncio
das bocas que mal diziam.
As peças eram trabalhadas
com esmero, precisão,
para a queda final.

Os parceiros não se olhavam
(o jogo não permitia admiração).
Mal miravam as mãos,
os dedos hesitantes.

No domingo,
o domínio das pedras
era absoluto.
Os homens se revestiam
ao redor da tábua
onde a vida não pregava peças.

 

 

 

 

         Página publicada em fevereiro de 2020-




 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar