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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GUSTAVO FELICÍSSIMO

 

 

Gustavo Felicíssimo é natural de Marília, in­terior de São Paulo, radicando-se na Bahia a partir de 1993. Reside desde janeiro de 2007 em Itabuna. Escritor e empreendedor cultural. Graduando do curso de Letras (UESC). editor da Mondrongo Livros. 

 

 

 

FELICÍSSIMO, GustavoDesordem e outros poemas inéditos.  Ilhéus, BA: Mondrongo , 2015.  70 p.  (Horizontes)  ISBN 978-85-65170-88-8  Ex. bibl. Salomão Sousa

 

 

 

         DEFINIÇÃO DE FERNANDO PESSOA

 

         Nesse bar ordinário
         eu penso na tua solidão
         e no reflexo da Esfinge que és
         Nesse bar ordinário
                   eu penso em ti
         como um cão impetuoso
         com tantos outros por dentro
         Nesse bar ordinário
         eu penso que és
         em si
                   o fingimento
         Penso que és uma luz
         mas os que se encontram
                   não o alcançam
         Por isso é mais preciso asseverar
                   os desencontros
         as criaturas repartidas
         prostradas nesse bar ordinário
         onde o que te espelha
                   — de algum modo —
         são esses estilhaços
                   essas ilhas
         a angústia de sentir pensando
         de o sentir-se tão distante.
         Nesse bar ordinário
         sinto que és o meu ópio —
         minha dose diária de Absinto.

 

 

 

        DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS

 

                Para Cristiano Jutgla


 

         Dane-se essa moda do politicamente correto,
         essa mania de não poder desagradar nunca,
         afinal, a existência não é mais que um incêndio.
         Que importa restarem versos em chamas?
         Que importa a bondade dos liquidados?
         Não procurar a verdade na imensidão da verdade,
         senão na força falsa de um imbecil diplomado
         é o mesmo que não se aplicar em traduzir
         o que a vida mesma está sempre a nos dize.
         Não tecerei alvíssaras a mais pura mediocridade.
         Não vencerei o tolo jogando o seu jogo.
         Ele surge como se fosse um astro,
         mas é o farol apagado no meio da imensidão.
         Assim ele marcha: num cortejo fúnebre.
         Assim se mantém: com muletas que não
                                                         o sustentam.
         Nenhuma filosofia o alimenta ou ampara.
         Estúpido, que na estupidez se espelha,
         eu nasci declarando guerra a você:
         eu já nasci odiando a tua mediocridade.

 

 

 

Página publicada em março de 2018

 


 

 

 
 
 
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