GERANA DAMULAKIS
Sou graduada em Química pela Universidade Federal da Bahia, especializada em Plásticos e Borrachas pelo Instituo Juan de la Cierva, Universidad Autónoma de Madrid. Sou leitora desde os 7 anos, também desde então comecei a fazer versos. A literatura é um prazer imenso, daí escrever sobre ela. Tenho publicados os livros: Guardador de mitos, de poesia; Sosígenes Costa - o poeta grego da Bahia, ensaio crítico; O rio e a ponte – À margem de leituras escolhidas, ensaios recolhidos que escrevi no jornal A Tarde. Organizei a Antologia panorâmica do conto baiano – século XX. Participações: O mar na prosa brasileira de ficção, com a conferência “O mar na crônica”; Encontros na Bahia -Brasil 500 anos, com o ensaio “O moderno em Sosígenes Costa”; A Sosígenes, com afeto, com o texto “Castelão de mitos”. Participei de vários números da revista do Gabinete Português de Leitura, Qvinto Império, da revista Iararana, da revista Neon (com coluna fixa de crítica literária) e da revista Cenesp, de São Paulo, também com coluna fixa de crítica. Fiz parte da comissão editorial do Selo Letras da Bahia (FUNCEB, Secretaria da Cultura e Turismo) durante 8 anos. Venho publicando no suplemento Cultural de A Tarde desde 1993 e tive coluna intitulada Leitura Crítica no Caderno 2 do mesmo jornal, de 1999 até o final de 2002 (quatro anos completos). Assinei a coluna Olho Crítico no jornal Tribuna, durante o ano de 2007. (2009) // Eleita membro da Academia de Letras da Bahia, em 2015.
Fonte da biografia: http://www.jornaldepoesia.jor.br/
LITERATURA Revista do Escritor Brasileiro. No. 7. Dezembro 1994. Publicação semestral da Editora Códice. Brasília, DF. Editores: Nilto Maciel, Emanuel Medeiros Vieira e João Carlos Taveira. Capa: Guitarista canhoto solando o “Concerto de Aranjuez” de Jorge Otávio.
Ex. bibl. Antonio Miranda.
Ó PAI
“Por que me abandonaste?
Cristo
Qualquer dia, qualquer mês
e estou só.
Só as estrias de luz mostram o ar
carregando suas massas de partículas
redondas, tantas quantas são
as pessoas da multidão.
Lá fora é onde deve haver alguém.
Por que tarda?
Estou em plena tarde
sem perder o relógio de vista.
Preciso dizer-te isto, meu Pai,
que já vivo a minha tarde
e tenho medo.
POETAS BRASILEIROS DE HOJE, 83. Coordenação Editorial: Chantal Lesbaupin. Editor: Christina Oiticica. Rio de Janeiro: Shogum Ed. e Arte, 1983. 157 p. 18x21 cm Ex. bibl. Antonio Miranda
P O E T A
Quando a imaginação aflora
sob sons diurnos
de secular movimento
escreves
palavras confusas
que inventaste da mente
Não posso saber
se nascem do alvorecer iluminado
se vêm do dia ensolarado
se brotam de um amor inconsolado...
Testemunho vivo
dos dedos e teclas
inteiramente artista
abortas com paixão
a consciência do animal
a inocência do menino
a chama dos namorados
a percepção dos poetas
e descreves a natureza
trazendo cores
libertando sentimentos
desalgemando sonhos
que a rotina apagou....
Então levantando o teu olhar
devorando de vez o mundo
completo de tudo te achas
no
turbilhão das emoções
no
tumulto das ideias
no
todo do existir
Página publicada em setembro de 2019;
Página ampliada em setembro de 2020
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