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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

CONSTÂNCIO ALVES

 

Antônio Constâncio Alves (Salvador, 16 de julho de 1862 — Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 1933) foi um médico, jornalista, orador e ensaísta brasileiro.

Iniciou o curso de direito em Recife, em 1880, abandonando-o pouco depois para ingressar no curso da Faculdade de Medicina da Bahia, no qual se formou em 1885. Exerceu o jornalismo desde os anos de estudante. Em 1890, transferiu-se para o Rio de Janeiro e entrou para o Jornal do Brasil, de Rodolfo Dantas, onde manteve, durante muitos anos, uma seção diária, com notas cheias de ironia, de malícia, de humorismo e de sabedoria. Quando se deu a reação violenta do jacobinismo republicano, o Jornal do Brasil, que era então um baluarte de ideias monarquistas, foi um dos diários mais visados do Rio. Em 1896, Constâncio Alves estava no Jornal do Commercio, publicando o "Dia a dia", seção quotidiana. Durante a sua longa permanência de 36 anos no Jornal do Commercio, ele tratou de todos os assuntos da cultura, menos da política. Os milhares de suas notas constituem uma coleção singularmente preciosa das letras jornalísticas e mesmo literárias. Costumava assinar apenas "C. A".

Embora fosse médico, Constâncio Alves nunca exerceu a medicina. Além de jornalista, foi funcionário da Biblioteca Nacional, onde ingressou em 1895, tendo chegado a diretor da seção de manuscritos, de 1903 a 1913. Foi escritor de poucos livros mas de muitos trabalhos esparsos. Era também poeta. Assim como os seus artigos para a imprensa, as poesias que escreveu jazem esquecidas nas páginas dos jornais e revistas onde apareceram. Alguns dos seus versos encontram-se no discurso de saudação a Constâncio Alves, pronunciado por Félix Pacheco. Segundo Manuel Bandeira, se os poetas bissextos pensassem em eleger um patrono, "andariam bem escolhendo a nobre figura de Constâncio Alves".

Eleito em 6 de julho de 1922 para a Academia Brasileira de Letras, foi recebido em 22 de agosto deste mesmo ano por Félix Pacheco.

 

Tinha vários amigos entre os fundadores da Academia, entre os quais se contavam José Veríssimo, Joaquim Nabuco e o próprio Machado de Assis, e poderia ter sido ele mesmo um dos fundadores. Bastava-lhe, para adquirir esse direito, reunir alguns dos seus artigos e publicar um livro. Preferia, no entanto, enviar diretamente aos leitores do seu jornal as páginas da sua cultura e da sua sabedoria. Posteriormente, nas vagas que iam ocorrendo na Academia, o nome dele surgia nas cogitações dos grandes eleitores. Na correspondência de Nabuco com Machado de Assis, seu nome era apontado como o de um candidato de grande mérito. Mas só em 1922 apresentou-se candidato, e foi eleito.

Na Academia, foi tesoureiro (1924, 1929), bibliotecário (1923, 1925 e 1926) e redator da Revista (1927). Fez o elogio a Ernest Renan (1923) e a Anatole France (1924); o discurso sobre Laurindo Rabelo, no centenário de nascimento do poeta (1926); a conferência no centenário de Júlio Verne (1928) e pronunciou o discurso de adeus a Rui Barbosa em nome da Academia (1923).

 

Obras:  Da cremação e inumação perante a higiene, tese (1885);  Figuras, perfis biográficos (1921); A sensibilidade romântica, conferência (1928); Memórias de Antônio Ipiranga, romance coletivo, cap. 4, na Revista da ABL (1928); Gregório de Matos, in: Obras de Gregório de Matos, IV Satírica, vol. 1 (1930) Santo Antônio.                   Fonte da biografia: wikipedia

 

Extraído de

SONETOS. v.1.Jaboatão dos Guararapes, PE: Editora Guararapes EGM, s.d.  154 p.  16,5 x 11           cm.  ilus. col.  Editor: Edson Guedes de Moraes. Inclui 148 sonetos de uma centena de poetas brasileiros e portugueses.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

ANTOLOGIA DOS POETAS BRASILEIROS BISSEXTOS CONTEMPORÂNEOS. Organização: MANUEL BANDEIRA.
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1996.  298 p,   12 x 18 cm. 
ISBN 979-85-209-0699-O    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Bissexto é todo o poeta que só entra em estado de graça de raro em raro.” MANUEL BANDEIRA

 

 

 

                SONETO

 

       Eras em plena mocidade, quando
Da nossa casa um dia te partiste;
E eu, coitado, sem mãe, pequeno e triste,
Fiquei por esta vida caminhando.

Assim — no meu amor teu rosto brando
Do tempo à ação maléfica resiste,
E o meu é hoje como nunca o viste,
Tanto o passar da idade o foi mudando.

 

       Tão velho estou, que má não me conheces;
Nem poderias ver no que te chora
Esse a quem ensinaste tantas preces.

E tão moça ainda está que (se memora
A saudade o teu vulto) — me apareces
Como se fosses minha filha agora.

 


TEXTO EN ESPAÑOL


CUATRO SIGLOS DE POESÍA BRASILEÑA.  Introd., traducción y notas de Jaime Tello.         Caracas: Centro Abreu e Lima de Estudios Brasileños; Instituto de Altos Estudios de        América Latina; Universidad Simón Bolívar, 1983.   254 p     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Traducción de Jaime Tello: 

 

                               SONETO

En plena mocedad estabas, cuando
De nuestra casa un día tu partiste;
Sin madre yo quedé, pequeño y triste,
Seguí por esta vida caminando.

Así — en mi amor tu rostro blando —
Del tiempo el paso vengador resiste,
Y es el mío, cual nunca tú lo viste,
Tanto la edad cruel lo fue mudando.

No me conoces ya: soy viejo a veces;
Ni podría encontrar en quien te llora
A ese a quien enseñaste tantas preces.

Tan joven aún estás que (si memora
Ha saudade tu rostro) me pareces
Como si fueras tú mi hija ahora.


*    

Página ampliada e republicada em janeiro de 2023

 

 

 

Página publicada em julho de 2018; AMPLIAÇÃO em maio de 2020

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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