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Sobre Antonio Miranda
 
 


 
 

XAVIER AUTRAN FRANCO DE SÁ

"Acho que foi a notória coragem dos maranhenses, haurida por Xavier durante os seus primeiros cinco anos de vida em São Luiz, antes de vir definitivamente para o Amazonas (...) Não escapará, também, ao leitor atento, a grande paixão do autor, pela farmácia, pela manipulação das drogas, pelo atendimento do desesperado que procurava a Drogafar, verdadeiro mural da miséria humana."  ROBERTO DOS SANTOS VIEIRA

 

SÁ, Xavier Autran Franco de.  Panoramas: poesias.  Manaus, AM: Imprensa Oficial, 1982.  106 p.  14x21,5 cm.  Capa Edgard Gervasio de Alecrin. Prefácio: Roberto dos Santos Vieira.   Ex. Biblioteca Nacional de Brasília, doação da família de Francisco Vasconcelos.

 

         ALMA FERINA

Oh! tu, que tens no peito a humana fera,
A rugir de rancor em teu calão,
Vibras urrando qual uma pantera
A saciar-te à pressa, o coração.

Vomitas lama acre na expressão,
A blasfemar, quem o mal nunca fizera,
E só deseja a tua redenção!
— Vociferando a dor que o senso gera...

Teus atos vis — não sonham a Quimera!...
Causam-nos dó a tuas perversões...
Teu blasfemar infeta a atmosfera,

E nele fixam as tuas maldições,
Jamais viver na luz, teu ser espera,
Enquanto negras forem tuas ações...

 

         DIVAGANDO

         II Canto

Divagando em mar de lama,
Vendo o cinismo disperso,
Numa falta de caráter
E ambição desmedida,
De canalhas deslambidos,
Em desrespeito cretino,
Desses biltres insensíveis,
Que subornam e enriquecem,
Sonegando e acorrentado
Massacrando a gente humilde,
De boa fé enganada.
São lobos famigerados,
E raposas ardilosas,
Que articulam suas tramas,
Pondo em prática as vilanias,
De cronogramas servis,
Essa malta de calhordas,
Não perde por esperar,
O que é deles há guardado,
Algum dia em explosão,
Das entranhas de um vulcão,
Com sinais de combustão,
Que está prestes a explodir.
Não queremos ser profeta,
Mas serve a advertência,
E de aviso a meditar,
No pouco que aqui lembramos...

 

         ESPÚRIO

Nasceste na mácula social,
De cuja nódoa não te desvirtuas,
Foste infeliz na linha vertical,
Da perpendicular que não vibraste.
Nasceste numa casta hereditária,
Brado genético da natureza,
Cujo sentido é tão extraordinário,
A multiplicar seres sem nobreza.
Nasceste de dois polos imantados,
Que nos extremos falhou a distância,
Devido a força da aproximação.
Nasceste de equilíbrios destinados,
Da força imperativa em concordância,
Mas te remiu a Lei da Redenção!...

 

         RAÇA DE INGRATOS

Da raça de ingratos,
O mundo está cheio,
São tais quais os gatos,
Que dentro do seio,
São pérfidos e falsos,
Planejam seus passos,
Às sombras dos rastos,
A fim de seus pastos,
Colherem sutis,
Nos pulos servis.
Escondem felinas,
As unhas ferinas,

Se eles têm fome,
Nos lambem também a mão,
Depois que ele comem,
Até se fartarem,
Nos ferem a unhar,
Sem mais atenção...

 

Página publicada em abril de 2017

        

        


 
 
 
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