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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

WELLINGTON CABRAL

 

 

Wellington S. Cabral.  - wellingtoncabral@hotmail.com  -  Nascido em Manaus, em 03 de agosto de 1967. Casado, Engenheiro Civil formado pela UTAM (Manaus - AM), com especialização em Educação Ambiental Urbana pela Universidade Aberta do Brasil (Vila Velha - ES) e mestrado em Projetos de Arquitetura e Urbanismo pela FUNIBER (Florianópolis - SC), professor do curso de engenharia da FUCAPI no período de 2014 a 2018, professor do curso de engenharia da UNIP desde 2018.

Autor do livro de poesias "Caminhos de Areia" pela Litteris Editora do Rio de Janeiro, no ano de 2008. Participação em diversas antologias, entre elas: "As Melhores Poesias do Século", "Nas Asas da Imaginação" e "Talentos Brasileiros" – Litteris Editora – Rio de Janeiro – RJ; Antologia Literária Internacional "Del'Secchi" Volumes X e XI – Vassouras – RJ; Participação na Agenda Literária 2006 – Litteris Editora – Rio de Janeiro – RJ; Participação no Concurso Literário "Augusto dos Anjos" – Leopoldina – MG; 4º Lugar na Antologia Literária Internacional de Outono – AG Edições – São Paulo – SP; 4º Lugar e Menção Honrosa na Antologia Internacional aBrace de Poesia Erótica e Amadora – Bianchi Editores – Montevidéu – Uruguai; Participação nos XXXI Jogos Florais de Nossa Senhora do Carmo – Algarve – Portugal; Participação no Festival Universitário de Cultura – Ano de 1989 – Manaus – AM

 

 

 

 

"Olhos de mar"

 

São dois rios de águas claras,

– Bem sabes –

Estes olhos de mazela:

Duas pontas de aquarela.

 

São dois velhinhos tristonhos,

– Bem sabes –

Estes olhos de sereia:

Duas pontas de areia.

 

São dois barquinhos perdidos,

– Bem sabes –

Estes olhos cor de mar:

Cansados de marejar.

 

 

"Sonhos repartidos"

 

Verdes ramarias; doudas filigranas,

Que nos teus olhos se confundem tanto

Com a primavera que me assassina,

À noite, a luz da lua nas venezianas.

 

Meus olhos nus na palidez das portas

Dos velhos casarões desnudos, tristes,

Tremulantes como as mãos pequenas

Que amadurecem minhas poesias tortas.

 

Esparsos sonhos; corações fremidos,

Batendo as asas pelas ruas púrpuras,

Atravessemos tantas madrugadas:

Amigos, musas... sonhos repartidos.

 

"Barcos"

 

Meu coração é um porto abandonado

Que os barcos passam, mas não param nunca;

E buscam, juntos, um novo traçado

Que longe esteja da maré adunca.

 

O teu amor é um barco sem destino

Que não atraca nunca no meu cais;

E passa longe do meu porto pequenino:

Segue perdido e não volta mais.

 

O meu olhar longínquo, na esperança

Do teu amor que passa lentamente,

E não atraca no meu coração;

 

É o cais vazio ao teu barco que encerra

No ancoradouro do meu porto de repente

Uma saudade e uma solidão.

 

 

 

"Esperança"

 

Essa estranha inquilina no andar vizinho

Tem olhos verdes e caminhar tão lépido;
Tem braços longos e sorriso intrépido;
Tem voz confusa feito burburinho.


Essa inquilina que nas madrugadas
Burla meus sonhos em suas cantigas frias,
Dispersa o vento de minhas mãos vazias;
Guarda meu corpo nas manhãs geladas.


Falou-me um dia: — Eu passei cantando,
Mas nesse sonho que te vi sonhando
Fiquei somente como uma lembrança.

 

Agora levo meu cantar sorrindo,

Mas nessa estrada sempre irei seguindo.

— Muito prazer, meu nome é ESPERANÇA.

 

 

 

"Mucuripe"

 

Fortaleza – CE, junho 2013.

 

Mucuripe, vento e vela;

Areia, saudade e lar.

Jangadeiro mar a dentro

Leva o mundo devagar.

 

Mucuripe, sal e terra;

Amor, horizonte e céu;

Jangadeiro mar adentro

Leva o sonho no chapéu.

 

 

 

SOUZA, Wellington.  Caminhos de areia (poesias).  Rio de Janeiro: Luttens Ed. Quantica, 2008.  128 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 

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Página publicada em dezembro de 2020


 

 

 
 
 
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