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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: youtube


ROGEL SAMUEL

 

(Manaus2 de janeiro de 1943) é um ensaístapoetacrítico literário e romancista brasileiro.
Natural do Estado do Amazonas, lecionou na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), tendo-se aposentado como Professor Adjunto Doutor, naquela universidade fluminense. Desde 2011 Rogel Samuel é sócio-correspondente da Academia Amazonense de Letras.

primeiro poema de Rogel Samuel foi publicado em O Jornal (Manaus) em 1º de fevereiro de 1959 [2]. Seu livro mais conhecido é O amante das amazonas, onde o romancista narra tanto acontecimentos da época do Ciclo da Borracha no Extremo Norte do Brasil, quanto fatos ocorridos no contexto da decadência daquela atividade econômico-exportadora no Amazonas (primeira metade do século XX); tanto do interior do Amazonas (Alto Juruá), quanto da cidade de Manaus.

 

Obra poética:

120 Poemas, Edição de Autor, Rio de Janeiro, 1991

Poemas. Ebook no Portal Entre-textos.

Alguns poemas. Ebook no Portal Entre-textos.

Fonte da biografia: .wikipedia.org

 

 

       
Transforma-se o amador em terrotista
e sua Inês fálica pela origem
em seus braços onde levará?
Interdita por preservativos
sua Beatriz de amar armada
quando ama mata o amado.
Voltando a seu momento
campanha pelo acontecido
com os cavalos dos seus bandidos
que cavaram os covis malícia.
Sua viagem posto que mentida
segue a casca do caminho
pela estrela que procura abrigo
nos cines pornôs e hotéis baratos.
As suas crianças nas suas carências
habitam nuas e perigosas
transadas na noite pelas ruas
soltas mágicas e indiciadas
pela polícia e nos seus giros
de cata-ventos de espelho
de desejo de preço e pela dor
erotizada dos primeiros medos
exato sextante das horas
das estórias das glórias clandestinas
medicalizadas neste monte de lixo
nos restos de hospitais a flor da morte
(dia virá em que os amantes
serão caçados a bala).

 

 

 casa abandonada 

as janelas estavam assassinadas
assistiam a tudo
ao mar, às aves, à montanha
nunca mais fechadas
fecundas de vento
arrebatadas de sol
batidas pelo firmamento
e as janelas nunca mais se fecharam
porque não havia ninguém mais lá dentro
porque os poros da casa se abriram
às verdejantes trepadeiras
que cobriam todo passado 

 

 

        (...)

 

        Que me aparto de vós, óleos
do Rio Negro. Das tuas axilas
de coca-cola, de mel. Produto duro
banho de esperma fervente
paquidérmicas pélas, chatas
Vos deixo, ó mães de orquídeas, de terra
régia, fera guerra estéril e amorosa
no seu longo corredor me enrosco
meu aeroplano tece
sobre vossas plastificadas canoas de ferro
de goma arábica, de unguento grosso
de caboclo jovem
mãe planície negra magra seda
de vós me aparto
águas lixiviadas e menstruais
lembranças de rosto imberbe
ventre de tarântulas de cristais
Ó esmorecido de vós, por vossa fênix
por vosso lenho e pênis
de vós me aparto, pélvica morada
e no teu ar meu aeroplano tece
e é impelido pelas tuas pernas.

 

 

 

 

MELLO, Anisio.  Lira amazônica - Antologia. Vol. I       São Paulo: Edição Correio do Norte, 1970.   286 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         

 

         O telhado identifica desejos libertinos.
— "Podem ir, a festa acabou".
O telhado, além das vidraças,
deixa ecoar o nada
e cobre a casa que não vi.
— "Podem ir, a festa acabou".

O telhado amarronado, enxuto,
enxuto de todas as nuvens, todas:
mesmo daquelas que não subiram.
—"Podem ir, a festa acabou".

 

 




Página publicada em janeiro de 2020

 

Página ampliada em novembro de 2020

 


 

 

 
 
 
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