R. O. J. PLISCHKE
Procuramos, mas não encontramos informação alguma sobre este poeta! Nem sabemos onde nasceu, nem onde vivia. Se você souber algo, por favor nos informe!
Colocamos “Minas Gerais” por ter sido o local de publicação na revista em foi publicado o poema:
POESIA... [edição mimeografada]
Uma série de edições do folheto “POESIA” impresso em mimeógrafo. Encontramos doze exemplares em um velho arquivo na biblioteca particular de Antonio Miranda... Foram editados em 1976 e 1977, com 4 a 6 páginas cada um... Nenhuma informação sobre a procedência, nem dos editores... Só encontramos esta
“A sensibilidade poética foi o fio condutor que reuniu, inicialmente, Gilvan P. Ribeiro e o saudoso José Henrique da Cruz (1957 – 2003) na articulação do folheto Poesia, em 1976, já na Universidade Federal de Juiz de Fora, após os sete primeiros exemplares terem sido editados com o apoio do Colégio Magister, em 1975.”
Fonte: https://jornalggn.com.br/
POEMA de R. O. J. PLISCHKE :
O POETA TAMBÉM MURMURA
Porque te vejo agora são assuntos
que tu não podes compreender e eu
tenho deles desconfianças e sofro até.
Mas verdade que nos encontramos
nesta hora e porque assim convém
senão as lógicas falhariam e você me exclui
as faculdades intuitivas junto das analíticas
e coisas mais que não deves saber das discussões.
Aqui você vós tu merecias um soneto
uma elegia se te visse não te encontrasse
e por que te encontrei e me encontraste?
Solene interrogação cheia de respostas integrais
pois condensas nos seios nos olhos sintetizas
uma forma que busco rebusco.
Desejando querendo ansiando adivinhando
sem definições exatas e definitivas.
Vamos caminhar agora vamos caminhar.
R. O. J. Plischke
COMBATE SIMULADO
A unidade da noite
a arrogância dos teus olhos
a minha paixão
e um milhão de teorias.
Fujo do uíski
você dá o estrilo
o amor põe tudo nos eixos.
R. O. J. Plischke
CORRIDA DE OBSTÁCULOS
Anda peregrino que não tem nem um Ford
vai andando sempre andando
abrindo uma porção de porteiras
pode parar de vez em quando
descansar fumar um cigarro
sem esquecer a grande marcha.
Pensa em Deus, em Nossa Senhora
e vai abrindo porteiras vai andando
pode ter raiva ter ironia
e até mesmo ter bondade
e sorrir para as crianças
e olhar muito para as mulheres
sem dar satisfação a ninguém.
E quando for chegando a última porteira
rapazinho, rapazinho, presta muita atenção.
Lê o letreiro com cuidado fica firme
e entra de peito com sua bagagem.
O resto não se sabe como é a estrada.
R. O. J. Plischke
Página publicada em novembro de 2019
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