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JORGE COOPER

 

Jorge Cooper (Maceió, 1911-1991) é alagoano, mas durante a juventude passou algumas décadas no Rio de Janeiro e em São Luiz (MA). Foi bancário e funcionário público federal.

A poesia de Cooper é escrita em diversas fases de sua vida (também em diversos locais onde morou): Achados nasce em Maceió entre 1945 a 1950 e contém 115 poemas; Poesia sem idade é escrito no Rio de Janeiro durante os anos de 1950 a 1968, reunindo 134 poemas. Após esse período, Cooper retorna a Maceió e escreve os 36 poemas do livro Linha sem traço, entre os anos de 1969 a 1976. Quando em São Luís, entre os anos de 1977 a 1982, escreve Poemas, livro que reúne 40 poemas. Em Maceió novamente, escreve Os últimos com 50 poemas, Os últimos II com 54 poemas, Os últimos III com 49 poemas e Os últimos IV com 29 poemas, entre os anos de 1982 a 1991. Seus poemas Alagoas 24 Horas, 25 de fevereiro de 2014 trazem a marca da brevidade, da ausência da pontuação, da escolha de palavras de uso cotidiano; os temas enfocam, principalmente, as memórias do poeta e o próprio exercício da poesia. Mas, com tanta simplicidade, o que o faz um poeta de destaque? A percepção da grandeza nas entrelinhas da singularidade apresentada em seus pontos de vista.

Jorge Cooper influenciou muitos outros poetas, que mesmo depois de sua morte mantêm viva sua poesia. Em 2011, a Imprensa Oficial do Governo de Alagoas lançou o livro Poesia Completa de Jorge Cooper, em que foram reunidos todos os poemas do autor em homenagem a seu centenário. Em 2013, sua vida e obra viraram filme, dirigido por Victor Guerra, e acabou por ganhar o Prêmio Guilherme Rogato, promovido pela Secretaria de Cultura de Maceió.  Fonte: wikipedia

 

POEMA MENOR

 

Acontece que o sol a pino

às vezes se vê

estrelas no céu

— E fica-se encantado

(Menino)

Mesmo eu

que perdi a inocência das coisas

- Que sei ser intensa

a noite que anda por lá

 

 

RESSURREIÇÃO

E' morto o homem

cujo disco

a vitrola cabou de girar

Mágica então me fôra a vitrola

em pela voz o homem ressuscitar

Não homem

Mas a sua voz

— ( Embora como os papagaios

a voz do homem não sentisse o seu caráter)

 

 

AUTOCRÍTICA

 

Quando caio entre o crescente e o minguante
de um parêntese
calado
comigo penso
— e pensando calado
me ouço em pensamento


É breve o lapso
Logo de mim saio
— Hoje há o gato à minha frente
que atento fita
(E a ilusão da noite
o gato me suscita)
O gato
— Que pelo foto nos olhos
da noite nem sente ilusão

 

AINDA

Vivo

E é como se dissesse

— Meu pai inda vive

Não morreu

Agora

Um dia morrendo eu

Sem filho nenhum deixar

Então é que meu pai morrerá

— (Duas vezes morrerei eu)

 

 

Página publicada em novembro de 2015


 

 

 
 
 
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