|     HAROLDO DIONISIO TAVARES BERNARDES     [O poema que estamos (re)publicando,  de Haroldo Dionisio Tavares Bernardes foi publicado em 1983. No livro não  aparece a biografia do autor, nem foto, nem mesmo o local de nascimento ou  residência...Buscamos na internet... O nome do autor não é comum... Composto. Dificilmente  apareceria mais de uma pessoa com um nome tão específico... Mas o que agora  aparece na web é um médico ginecologista e obstetra... Tentamos descobrir algum  vínculo dele com a poesia e a literatura... A grande quantidade de informação  sobre ele apenas se referia à profissão médica, em Guarujá, SP.
 No poema, o autor se  identifica como de Alagoas.Quem puder nos informar, por favor... nosso e-mail é antmiranda@hotmail.com
     POETAS BRASILEIROS DE HOJE, 83.  Coordenação  Editorial: Chantal Lesbaupin. Editor: Christina Oiticica.   Rio de Janeiro: Shogum Ed. e Arte,  1983.  157 p.  18x21 cm   Ex. bibl. Antonio Miranda            O QUE FALTA  O nosso jovem,
 É  mesmo assim.
 Uma  fita virgem,
 Sem  grego ou latim.
          O começo vulgar,Como  em qualquer lugar,
 Se  deu no verão
        Em uma excursão.
 Todos  conheceram,
 E  juntos amaram,
 As  terras tão boas,
 Da  minha Alagoas.
  Arrogante  era Carmo,
 Paulo  submisso,
 Prepotente  era Afrânio,
 Márcia  um anjo.
 
 Júlio  possesso,
 Tássia  um demônio,
 Um  início calmo,
 Como  o som de um banjo.
 
 Os  quatro primeiros,
 Logo  casaram,
 Mas  os dois últimos,
 Se  amasiaram.
 
 O  nosso jovem,
 É  mesmo assim,
 Uma  fita virgem,
 Sem  grego ou latim.
 
 Á  primeira olhada,
 Julgamos  diferentes,
 Casais  tão semelhantes,
 Mas  que ideia errada.
          Com maus preceitos,Constroem  conceitos,
 Que  fazem da vida,
 Uma  grande ferida.
 
 Hoje  têm filhos,
 Pobres  novilhos,
 Que  são um a um,
 O  elo comum.
 
 Rapazes  drogados,
 Moças  histéricas,
 Que  vivem ilhados,
 Nas  discotecas.
 
 De  Pavlov cobaias,
 Moças  de terno,
 Rapazes  de saias,
 É  um só inferno.
 
 O  que falta então,
 É  a palavra mágica,
 Doutrina  única,
 Compreensão.
 
 O  nosso jovem,
 É  mesmo assim,
 Uma  fita virgem,
 Sem  grego nem latim.
             Página publicada em setembro de 2020
 
 
 
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