Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

EUDES JARBAS DE MELO

 

Jornalista, poeta e escritor alagoano.
Pertenceu à Assessoria de Relações Públicas do Ministério da Justiça, depois ao quadro de Advocacia Geral da União.
Publicou: “Teias de Ilusão” e “Ninhos de Rosas”, versos.

 

 

 

 

DEZ ANOS DE POESIA E UNIÃO. ANTOLOGIA 1988.  Brasília: Casa do Poeta Brasileiro – Poebrás – Seção de Brasília, 1988.  226 p.  15,5x22,5 cm.         Capa: pintura de Marlene Godoy Barreiros.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 A FLOR

Mando-te esta flor, há de assentar-te bem...
E rogo que a tragas sempre às mãos pequenas
Não porque perfume mais que as açucenas
Ou tenha a coar que nem mesmo a rosa tem!

Mas por que, sendo ela de papel, também,
Como tu, nesta ingenuidade que encenas,
Não revela n´um ligeiro olhar apenas
O artifício que estas pétalas contêm?

Esta flor, amiga, fina mão de artista
Armou de crepom tocado em rara essência
Que se tanto engana o olfato, engana a vista.

E que ideal — suponho — ela em tua mão!
—Cada qual a mentir mais com a aparência:
A flor sem vida, tu sem o coração.





A LENDA DE ALADIM

Quem não conhece a estória de Aladim
E a lâmpada encantada que o servia
Que se tocada, em fumo de carmim,
De dentro dela um gênio aparecia?

E o poderoso e místico DJIM,
Despertado afinal, então fazia
Maravilhosas coisas e sem fim
Que só as faz a própria fantasia!

Pois esta lenda encantadora assim
Acontecia há mais de dez milênios,
Todos os dias se repete em mim...

Bastam tocar-me os olhos teus tão belos
Para meu peito rebentar em gênios
E eu ser capaz de levantar castelos!...

 

 

CONFESSO

Certa vez perguntaste se eu já te enganei
E com quem enganei... em que noite de horror?
Assim, disfarçando o embaraço em que fiquei,
Te respondi: “eu nunca te traí, amor”.

E mais te traí nesse dia, pois faltei
Com o respeito à tua ternura, ao teu candor,
À tu´alma compassiva e amiga. Jurei
Falso, (mas só jurei por íntimo temor).

Queres saber? Pois bem, eu sempre te traí,
Com todas as mulheres belas que já vi,
N´um doido amor que ainda merece o teu perdão.

És como a espécie de modelo universal,
Todas te copiam. E se eu amo o original,
Como olvidar quem seja tua imitação?



O ESTRATEGISTA

Para o velho sonhador — meu coração,
Veterano das paixões e da conquista,
Um cerco existiu que o grande estrategista
Não pôde transpor a fortificação...

Uma mulher não se rendeu à sedução
E aos assaltos e à tramas deste artista.
—E dizer que o coração, como um sofista,
Se valeu de toda dissimulação...

Mas, apesar disso, o cerco continua,
E por estas noites quando em prata, a lua
Sobre a porta desmancha seu clarão,

Volto a cercá-la com meus galanteios
E atiro contra seus tímidos receios
Balas de suspiros do meu coração...

 

 

 

Página publicada em outubro de 2020

 

      




 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar