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Foto: http://www.magazineindependente.com

 

SANGARE OKAPI

 

Sangare Okapi nasceu em Maputo, capital de Moçambique. Professor, formado em ensino de Língua Portuguesa, Sangare Okapi é autor de livros de poesia, com temáticas calcadas no “eu” e no erotismo. Em suas obras, aparecem referências a escritores moçambicanos e a literaturas de outras partes do mundo.

É professor, formado em ensino da Língua Portuguesa.

 

 

 

 

OKAPI, Sangare.  Mesmos barcos ou poemas de revisitação do corpo. São Paulo, SP: Editora Kapulana, 2017.  72 p. (Vozes da África)  17x21,5 cm.  Prefácio por Carmen Lucia Tindó Secco. ISBN 978-85-68846-23-0

Livro disponível em muitas livrarias por todo o Brasil, inclusive na Cultura.

 

 

                   Com o mar
                   chegam os barcos
                                      perto:

 

         com eles, teu corpo,
                              porto:
         para todos os partos.

 


 

         Língua: ilha ou corpo?

                            Para V. L com o mar.

 

            A língua
         é o pão que fermento
         os dias todos.

         Com ela (re)invento,
         meço outros ângulos
                  de sentimento.

         Sílaba
                   a sílaba,

         rebusco outro sentimento,
         alguma coisa
                                  adjacente
         e a emoção que não mingua,

         por isso, nela.

         Eis o que sou: ilha
                   ou corpo cerrado
                              de gente
         por todos os lados. 

 


 

         Bazar grande

 

         Por que me olhas assim, diferente, igual nos que temos?

         Manuelino! Sabre de missangas e capulanas rasgadas!
         Ao meio da praça, insurrectas peças do pecado somos,
         cuja amálgama nossa raça o enfado legou.
         Aqui eis o que passamos, inúteis objetos de sol e poeira
         encardidos
                   com bancas repletas dos que nos é favor e de nós sempre
         litoral.
         Todavia, permaneceremos! Se falharmos, a fome te em nós o seu
                                                                                              antro.

                   Oh! Por Allah virá um dia maior e em nossos casebres
         um pirilampo nos sirva de candeeiro,      mínima consolação,

         Pois mais difícil é iscar um freguês no bazar
         que no mar pescar o peixe grande!

 

 

 

 

Página publicada em março de 2018


 

 

 
 
 
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