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                   KANTUMBYANGA  
                  ( Moçambique ) 
                    
                  
                  POESIA DE COMBATE – 2ª. edição. [Maputo]:  Departamento de Trabalho Ideológico do Partido – FRELIMO, 1979.  39 p.  ilus. 14,5 x 21 cm.  10 000 exs.   
                    Ex. bibl. Antonio Miranda. Doação do livreiro Jose Jorge Leite de Brito.  
                    
                         MINHA MÃE  
                     
                    Não  fiques triste, mãe. 
        Já  que me nasceste 
                      Moçambique estará liberto 
                      Do jugo colonial. 
                       
                      O meu pai dizia, 
                      “Abre, meu filho, os teus olhos 
                      Pra libertares a tua Pátria 
                      Das feras do mundo”. 
                      Camaradas, oiçam o que diz 
                      Este vosso irmão na luta: 
                      As feras que meu pai se referia 
                      Eram sem dúvida os colonialistas. 
   
                      Hoje estou firmas, mãe 
                      A ti te libertarei 
                      Do governo fascista 
                      E de todos os satélites. 
   
                      O exemplo dos nossos avós 
                      Servir-me-á 
                      De Gungunhana e doutros 
                      Que enfrentaram muitos portugueses 
                      Invasores. 
   
                      Hoje, eu filho de Moçambique 
                      Não temo a morte da bala, mãe. 
                      Nem dos massacres coloniais 
                      Nem das dificuldades da luta.  
                    
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                  Página publicada em março  de 2025.                     
                   
                
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