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PASCOAL D'ARTAGNAN AURIGEMMA

(1938-1991)


Escritor e poeta nascido em Farim em 15 de março de 1938.

E morreu em Bissau, em 7 de dezembro de 1991

Ainda em 1978, Francisco Conduto de Pina publicou o seu primeiro livro de poemas “Garandessa di nô tchon” e Pascoal D’Artagnan Aurigema editou ‘Djarama”.

Em vida, só publicou alguns poemas em jornais e coletâneas, além de ter participado de concursos, em que às vezes tirava os primeiros lugares. Entre as primeiras obras que produziu, está "Djarama", palavra que significa “agradecimento” em fula.

 

BILHETE POSTAL

 

Leia — meu irmão das outras terras —

daquelas ilhas

da dolente morna

 

— manda-me a ressalva

de tuas mantenhas.

 

Com o coração em mãos de bronze

com beijos em lábios calados

com canduras em olhares de luz

 

— Eu saúdo-te

 

Namorando a morabeza dos oceanos

fraternalmente somos África

 

Nem outra coisa

 

 

CANÇÃO DE CRIANÇA

 

Vento forte

vento norte

lá vem a criança

na sua esp'rança.

 

Vento forte

vento norte

lá vem a criança

na sua pujança.

 

Da tabanca erguida

toda ela de vida

lá vem a criança

na sua embalança.

 

Lá vem a criança

na sua bonança

lá vem lá vem

saudar alguém.

 

Lá vem a criança

na sua esp'rança

lá vem a criança

na sua pujança.

 

Lá vem a criança

na sua bonança

lá vem lá vem

beijar a mãe.

 

 

O CHAPINHAR DO TEMPO

 

Tempo para nascer

e também tempo para viver

e morrer

 

É preciso tempo

para crescer nas coisas sérias

nas coisas mescladas de harmonia

tempo para amar a miséria

e as lágrimas derramadas

nos púcaros sagrados da esperança

 

É preciso tempo

para ser aquilo que não nos deixam ser

e também tempo para vencermos

as fadigas e indômitas teimas

vazadas em catadupas

 

É preciso tempo

para se provar à humana criatura

a nossa valia o nosso fervor

na castiça mas chata caminhada

marca vida

 

É preciso tempo

para se repudiarem

ódio e inveja

arrogância e altivez

e também tempo

para nos identificarmos

com os labirintos crassos

emergidos da dor incompreendida

 

É preciso tempo

para incondicionalmente

aliarmos os redondeis

e valermos nas tempestades

como também nas honras e lisonjas

 

Como o chapinhar do tempo

nós seremos e sempre

a filosofia garante do tempo presente.

 

Bissau, 8 de Fevereiro de 1988

 

 

 

Página publicada em maio de 2015

 

 

 


 

 

 
 
 
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