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ARMÉNIO VIEIRA 

ARMÉNIO VIEIRA 

Arménio Adroaldo Vieira e Silva (Praia, Santiago, 24 de janeiro de 1941) é um jornalista e escritor da língua portuguesa,

Elemento activo da geração de 1960, colaborou em SELÓ - folha dos novíssimos, Boletim de Cabo Verde, revista Vértice (Coimbra), Raízes, Ponto & Vírgula, Fragmentos, Sopinha de Alfabeto, entre outras publicações.

O júri do Prémio Camões, o mais importante galardão literário da língua portuguesa, reunido terça-feira no Rio de Janeiro, decidiu atribuir o galardão de 2009 ao poeta cabo-verdiano Arménio Vieira.

Arménio Vieira, o primeiro cabo-verdiano a receber o Prémio Camões, nasceu na cidade da Praia, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 24 de Janeiro de 1941.  

Além de escritor, Arménio Vieira é jornalista, com colaborações em publicações como o ‘Boletim de Cabo Verde’, a revista ‘Vértice’, de Coimbra, ‘Raízes’, ‘Ponto & Vírgula’, ‘Fragmentos’ e ‘Sopinha de Alfabeto’. Foi redactor no jornal ‘Voz di Povo’.

 

POEMA

 

Talvez um dia

Quem sabe!...

 

Sim

talvez um dia...

pedra jogada

a nossa gaiola de vidro

e para nós

a fuga

além fronteira do mar.

 

Talvez arrebente um dia

o búzio dos mistérios

no fundo do mar

e mais um vulcão venha a tona

— dez vinte

mil vulcões — Quem sabe!...

e as ilhas fiquem derretidas:

Estranha alquimia

de montes e árvores

de lavas e mastros

de gestos e gritos.

 

Talvez um dia

onde é seco o vale

e as arvores dispersas

haja rios e florestas.

E surjam cidades de aço

e os pilões se tornern rnoinhos.

Ilhas renascidas
nuvens libertas...
Talvez um continente
À medida dos nossos desejos.

Sim
Talvez um dia...
Quem sabe!

 

 

 

VIEIRA, Armênio. Armênio Vieira. Prêmio Camões 2008.  Brasília: Thesaurus, 2009.  16 p. Biblioteca do Cidadão. Série CPLP, 3. . Cabo Verde   10,5X15 cm. 

 

DIDATICA INCONSEGUIDA

 

Tu nunca viste um homem

subitamente triste

ao descobrir um tesouro ou paraíso

ou alguém com dor no peito

e um gume encostado ao coração

cuspindo riso pela boca

— Entretanto ensino-te caminhos

que não passam pela porta

de ninguém

e dizes que sou louco.

 

 

 

CONSTRUÇÃO NA VERTICAL

 

Com pauzinhos de fósforo

podes construir um poema.

 

Mas atenção: o uso da cola

estragaria o teu poema.

 

Não tremas: o teu coração,

ainda mais que a tua mão,

pode trair-te. Cuidado!

 

Um poema assim é árduo.

Sem cola e na vertical,

pode levar uma eternidade.

 

Quando estiver concluído,

não assines, o poema não é teu.

 


TUDO É FINITO

 

Pronto!

A Vénus de Milo está gorda

E fez cesariana

 

Apoio tem rugas

e usa lunetas

 

Cupido cresceu

e sofre de hérnia.

Acabou!

 

 

Página publicada em setembro de 2009

 

 

 


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