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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SAPYRUKA*

 

*pseudônimo de António João Manuel dos Santos, nasceu em Luanda, aos 14 de Novembro de 1963. Fez os estudos Primários na Escola Primária n.º 83 em Luanda, e a Instrução Básica ( IIº e IIIº níveis) na Escola Njinga Mbandi, também em Luanda. O Curso Médio de Educadores Sociais fê – lo no Instituto de Ciências Religiosas de Angola I.C.R.A. Actualmente é estudante da Faculdade de Direito na Universidade Agostinho Neto.

 

 

MONTEIRO, Adolfo CasaisA Poesia da “Presença” Estudo e antologia. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, Serviço de Documentação, 1959.  364 p. (Coleção “Letras e Artes”)  18x25 cm Impresso pelo  Departamento de Imprensa Nacional. Inclui os poetas brasileiros: Ribeiro Couto, Jorge de Lima, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes. Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Aritmética elementar

 

Ânsia + açaimo x desidratação = Eclipsol

 

E o resto?

Beber a náusea no cálice da esperança.

 

 

Estratagema

 

Tudo o que se come tem sabor a vómito
Aqui tudo é tão estranho
Que até o preço da utopia
Vem disfarçado nos noticiários da televisão

E quantos lábios confessam solidariedade?
Oh! Que penoso calote.

A Psicanálise dos céus

       

Que véu d´haste veremos ainda
Se o Sol soletra o sofisma do sólio

           &
A terra aterra o berço onde nasce a Ave fecunda?

 

E quem descobrirá a psicanálise dos céus?
Quem?

E quem há-d´afinal regular o termómetro do tempo E hastear os braços da luz nas ondas do mar? Quem?

 

 

Sobre a velhice da idade da pedra

 

Caçadores de azagaias em mística procissão
Sentam-se à volta da chama da noite

Arrastam recordações ocultas no útero estéril do passado
E contam histórias do futuro violado pela eutanásia

 

E ao som do deserto que menstrua
Eles cantam a menopausa do fogo da noite

 

Aqui e além estão imersos em naufrágios
Mas cantam e cantam. Oh! Eles (em-)can-tam

 

E marcham vitoriosos sobre a velhice da idade da pedra.

 

 

A Arte de ser poeta

 

Sinto-me poeta
Quando bebo o ópio do teu ósculo
E ressuscito na maré-alta da tua kilapanga

 

Sinto-me poeta
Quando sinto a calefacção da tua nudez
A insuflar este desejo de peregrinar em ti

Sinto-me poeta
Quando desfaço o fracasso dos meus passos
No pulso do teu abraço melado e castiço

Sinto-sme poeta

Quando me derreto em ti
E loucamente te contorces zumbindo
— Qual um´abelha cantarolando —

 

Sinto-me poeta
Quando nos encontramos a sós
Descalços & famintos
À hora da ceia p´ra refrega

 

Sinto-me poeta
Quando reclinas a cabeça no regalo do meu colo
E m´insinsuas a escalar o teu monte-de-vénus

 

Sinto-me poeta
Quando me deixas brincar Com a escultura ginecológica do teu atelier

Sinto-me poeta Quando desfilo est´olhar geodésico Na arquitectura poética do teu rosto de Kyanda

Sinto-me poeta
Quando oiço a sexta sinfonia
Do teu sorriso de Gioconda.

 

 

Génese

 

No princípio era a semente da mente imaculada
Sem serpente que mente em procissão
Entre o ascendente-criação e o descendente-tentação
Na maré-alta da bem bem-aventurança incubada

 

A cobaia arrastou a tentação e despoletou inflação
                            &
Ao Sol escapou-se-lhe a geografia da paz

 

Quando fechar-se-ão as comportas do dilúvio sagaz
Para que Evadão suba ao altar da remissão?

 

Ou somos apenas as moléculas da grande tribulação?

 

 

Página publicada em agosto de 2017

 

 

 

 

 

 
 
 
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