Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: http://somosportugues.com/

 

 

 

LUÍS ROSA LOPES

 

 

Luís Rosa Lopes nasceu em 1954, em Luanda, e é da considerada geração de 80, do século 20, aquela que marca a transição entre a poesia militante e o país novo.

Publicou a sua primeira obra em 1983, um conto com o título “A Gota D’Água”.

Outras das suas obras são: Mu Ukulu Kituxilê Ku Mayombola” (contos, 2006); “Uma Maria João e Uns Knunca” (contos, 2009); “Oras em Eras de Ira e de Amor” (poesia, 2011); “Forças da Minha Lavra” (poesia, 2016), editada pela União dos Escritores Angolanos da qual é membro.

Recentemente lançou o livro
“Tsháhua Tsháhuilê” , escrito entre 1983 e 2017 em Abidjan, Capato, Cape Town, Curitiba, Dundo, Londres, Luanda, Lisboa, Paris, Namibe, Quibala, Rio de Janeiro, Shangai e durante vários voos de longo curso, como informou o autor.

 

 

 

VASCONCELOS, Adriano Botelho de, org. Todos os sonhos. Antologia da Poesia Moderna Angolana.  Luanda: União dos Escritores Angolano "Guaches da Vida", 2005.  593 p.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

Como grilo

 

O Grilo grela
Na gaiola

                    Cri, cri, cri, cri
O grilo grita

 

Os campos verdes
O capim macio
O orvalho fresco
A cova quente
O cio

 

              Cri, cri, cri, cri
O grilo chora

 

A liberdade ida
A clausura activa
A solidão maldosa
O frio destino
Tão vivo

 

              Cri, cri, cri, cri
Na gaiola

 

O grilo grela
Ódios sem fumo
Coloridas vinganças
Planos túrgidos S
onhos sem mundo

 

Tantas raivas...

Na prisão perto

Onde embate a dor do grilo

Também eu cri, cri, cri, cri,

 

 

 

 

Era


Está na hora
Veio a era

Uma era sem ter hora
Um ora a recordar a era
Heras trepando na hora
Horas correndo na era

 

E esta era de oras
Com horas cheirando a heras
Não são heras de mais horas M
as eras de grandes iras

 

Se não há eras com horas
Rápido para a nossa era
As heras vão virar iras
E esta era já era

 

 

 

 

Aviso a um poeta

 

Pobre de ti

Prematuro lançador de pensamentos

Ainda que eles

Em beijos de passarinho

Revoem
Doem

A quem não se arrepia

 

 

 

 

Intelecdualidade

 

Estribado

Em corações empedernidos

Sou facto, de facto

De aproveitamentos acomodatícios

Mas não sou só

Essoutros

Lavram mais e mais
Para que novos rebentos
De sabor e saber

Endurecido e inumano
Continuem a parir
Seres como eu
Desencorajados de falar
Sempre

Mesmo perante as injustiças
Perenes e sobrevoadas
Fugaz e diletantemente
Pela nossa indiferença

 

Somos Nós

A pretensa consciência

Depositários de heranças

 

 

 

 

Página publicada em agosto de 2020

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar