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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




Luiz Alberto Machado
Editor do Guia de Poesia na Internet

Retirado de www.sobresites.com

ANTONIO MIRANDA: RETRATOS & POESIA REUNIDA

Bem, para poder falar de “ Retratos & Poesia Reunida ”, em primeiro lugar, tenho que falar do seu autor, sabendo de antemão que não será tarefa fácil de reunir num só texto todo trabalho do autor. Senão, vejamos: Antonio Miranda é maranhense desses andejos que, assumindo o mote do Ascenso Ferreira, virou e torna a virar toda Oropa, França e Bahia .


De tão andejo, ele é mestre em Ciência da Informação, com mestrado em Bibliotecologia pela Universidad Central de Venezuela - UCV, Venezuela, em 1970 e em Biblioteconomia na Loughborough University of Technology,- LUT, Inglaterra, em 1975; doutor em Comunicação e catedrático da Universidade de Brasília, onde é chefe de departamento ministrando aulas e cursos por todo o Brasil e países ibero-americanos, bem como consultor em planejamento e arquitetura de Bibliotecas e Centros de Documentação, amontoando meio mundo de pesquisa realizada e publicada em vários ensaios e conferências no Brasil e no exterior.

Para se ter uma idéia disso, ele já foi colaborador de revistas e suplementos literários, como o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil e também do La Nación , de Buenos Aires, e do Imagen, de Caracas.

Além de ser um cientista da informação, também escreve poesia, ficção, teatro, memória, ensaio, traduções, sem contar que é o Barão de Pindaré Júnior, uma parceria mediúnica sob procuração virtual lavrada em algum cartório, do não menos conhecido Barão de Itararé.

Ainda é escultor que este ano teve exposição das suas “ Estruturas ”, esculturas reunidas na Biblioteca do Palácio do Planalto, em Brasília, afora, como ele mesmo diz, “ esculpe, cultiva bromélias e coleciona postais ”.

O primeiro livro que conheci do Antonio Miranda foi o “ Brasil, brasis ”, publicado pela Thesaurus Editora, em 1999. Antes desse, vi logo na bibliografia no final do livro, que ele já havia publicado uma série de títulos na Venezuela, Puerto Rico e Brasil.

Segundo ele mesmo diz em sua página pessoal na Internet, “ Em Brasil Brasis fiz uma revisão um tanto esperpêntica de nossos processos civilizatórios e de nossos valores; em Canto Brasília usei um esquema minimalista de linguagem. Com Terra Brasilis pretendo uma interpretação do Brasil baseado na vasta experiência que venho desenvolvendo com a leitura dos grandes livros que sedimentam uma empresa dessa envergadura: textos que vêm dos cronistas coloniais, dos visitantes estrangeiros, dos analistas brasileiros e estrangeiros. São muitos, limito-me a citar exemplos como os de Saint Hilaire, Pedro Calmon, Euclydes da Cunha, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda, Roberto Da Matta, etc., etc ”.

Tanto é que o poeta chega a dizer no poema da primeira parte do livro: “ A pátria dói nas entrelinhas ”. E na terceira parte, ele começa: “ O Brasil que a gente sonha tem contornos de mulher, tem ancas, bumbum, potrancas, duas polegadas a mais(...) Todos os brasis no relicário, todos os brasões, armários, virgens, salafrários, não obstante os altares profanos, os terreiros, a jaca de aroma, afrodisíaco. Tudo ou nada ”.

Depois me chega o livro “ Horizonte Cerrado ”, publicado em 2002, que no prefácio traz palavras de Danilo Lobo, do Departamento de Teoria Literária da UnB, que diz: “(...) Em uma prosa bem escrita, direta e contundente, Horizonte cerrado cativa atenção do leitor, sobretudo a daqueles conhecedores da história e da região geoeconômica do Distrito Federal, que hoje se estende para além de suas fronteiras política ”. E na orelha do livro, o mesmo Danilo diz: “(...) mais do que homens e mulheres inspirados em seres do cotidiano, as personagens de Antonio Miranda são emblemas, personificações dos tipos humanos, morais e intelectuais que orbitam em volta de Brasília ”.

Em seguida chega o livro “ A senhora diretora e outros contos” , onde Elmira Simeão escreve no prefácio: “ Poeta diante do espelho. Enfrentando os versos que anunciam vidas e mortes, denunciam sua vida, a rotina do mundo, as saudades de casa. Um coração imenso. As paixões, secretas, intensas. Aquelas não reconhecidas e tão presentes. Não é óbvio, não costuma ser. Não se constrange. O inusitado é sua inspiração. Brinca até com Deus, com o tamanho do pênis. É lúdico, demolidor. Mesmo no final, happy end, quando reúne os personagens em um grande abraço fraternal, imediantemente rompe. A cena carinhosa é desfeita com a seqüência eloqüente de um conto erótico e ´fantasmorgásmico`numa noite de verão ”. E, nas orelhas, Anderson Braga Horta diz que no livro “(...) Variam os ambientes. Varia o tipo e a extração dos personagens. Há o conto que imprecisamente rotularíamos de kafkiano, focalizando certa burocracia incompetente e desrespeitosa, fruto do nosso baixo nível de educação; o conto psicológico; o conto-meditação, o conto-quase-ensaio; o conto-tragédia ”.

Por fim, o “ Retratos & poesia reunida” , onde a gente encontra as palavras de Xavier Placer: “ Retratos & Poesia Reunida recolhe safra criativa recente e outros esparsos. Vivente do imediato em corpo e alma mas espírito reflexivo, o poeta glosa gentes, lugares, amores, enganações e flagrante. Expõe-se na vanguarda ele-mesmo e diálogo. (...) Lírico / antilírico. Fantasista / realita. Coliquial / correto. E questionador. (...) Em suma, Antonio Miranda pensa arte como vivência e instauração do concreto. Transpostas a nível pós-moderno, aquele convite cordial a participar ”.

Na apresentação do livro, o próprio Antônio Miranda observa: “ Uma coletânea de poemas – que resumem toda a vida de um autor – não só revela altos e baixos, como, indefectivelmente, exibe diferenças formas e estilísticas. Não obstante, acredito que exista alguma unidade, tanto formal, quanto temática, ao longo de todo o texto reunido. E algum mérito que justifique a sua reedição ”.

Na primeira parte do livro, ele abre com o poema “ Borges ”: “ No labirinto dos espelhos por caminhos multiplicados ao infinito; lá no fundo ou no começo (...)”. Daí homenageia Jorge Luis Borges, como depois a Ítalo Calvino, Bocage, Ferreira Gullar, Mallarmé, J. G. de Araújo Jorge, Nikolas von Behr, Leminsky, Bandeira, os irmãos Campos, Pignatari, Luís Augusto Cassas, dentre outros.

Nesta parte, destaques para “ Tributo a Kavafis ”, onde “(...) Maduro, bebo sempre desse vinho que me rejuvenesce. Reencontro em ti, tão jovem e rijo e forte como se renascesse em tua óssea formatura e me libertarás de mim ”; e “ Entre puro e obsceno ”, um soneto onde “(...) Se pode haver pornografia em amar / mesmo que o amor seja reverso e cruel / ainda que a soldo no mais reles bordel / ou mesmo na inversão de corpos a arfar. Não seria no ato que se pratica / nem poderia estar naquele que fornica / ainda que na condição mais canalha / mesmo que nem seja amor, seja mortalha / imunda, perfídia, que só valha / o ditado: amor que fica é o de pica” .

A segunda parte, “ Poesia reunida ”, destaque para “ Quem é quem ” onde finaliza “ A nossa vida alugada e confinada – é tudo ou nada? ”.

O livro é muito bem acabado e traz o que se pode dizer de inventário poético de Antônio Miranda, sua múltipla expressão participante, erótica e sempre abundante de imagens, cenas, closes, flagras, tudo sintetizado na expressão do Xavier Placer na orelha do livro: “ Trabalhador de primeira, no ofício e na literatura ”. E isso eu avalizo. Tanto é que convido a lerem o livro e a visitarem o sítio dele que se encontra entre os contemporâneos deste Guia de Poesia.

"Me arrependo de não ter descoberto tua veia literária mais cedo: adorei! Vc cria uns ambientes e compõe os personagens de forma muito sutil, mas ao mesmo tempo muito densa. A Senhora Diretora é inesquecível (e não estou falando das pessoas a partir das quais vc compôs a figura), seca, dominadora. No Horizonte Cerrado o Seu Geraldo me acompanhará por muito tempo, tenho certeza. Gosto muito de literatura, mas muita coisa a gente lê e logo depois esquece. O Seu Geraldo não pode ser esquecido, tenho certeza. O jogo entre os capítulos/personagens me lembra aqueles jogos de espelhos do Paul Auster. Não sei se a comparação te agrada, mas gosto muito do Auster e portanto é um elogio que te faço...!" JOHANNA SMIT, São Paulo, Brasi, abril de 2004.

" Dos pensadores mais cultos e lúcidos que habitam estas paragens, conhecedor profundo da Língua Portuguesa e de outros idiomas, Antonio Miranda traz em si a autêntica e natural visão da palavra - especialmente a palavra escrita e melodiosa - aquela que, diante do caótico cotidiano, transcende, ressangra, tem valor e glória. Com clareza de espírito, nobreza de caráter, experiência e conhecimentos multifaces que o credenciam como um dos mais completos e competentes intelectuais da atualidade, o bardo Antonio Miranda entrega-se ao ofício silencioso de escrever e - através da chama trina dos seus pensamentos - jamais se afasta da missão para qual nasceu destinado, a de re(criar) e ab(sorver) a alquimia dogmática das cousas invisíveis provindas da essência. Neste vasto e conturbado mundo onde um dos poucos bens da humanidade ainda é a Arte-Poesia, vez que os poetas/artistas são os semelhantes mais semelhantes a Deus, destacamos esta merecida deferência a este nobre e eclético escritor que tem não só nome, mas identidade e autenticidade de jogral triunfante. Sabe que o fazer poético é a liberdade da própria existência e que deverá sempre se embasar naquele princípio filosófico heideggeriano, que timbra a poesia como o universo do ser ("o ser é uma surpresa que a arte ajuda a vislumbrar"). Antonio Miranda... palavras certas, expressões adequadas, linguagem escorreita, límpida e corrente, assim é a atividade reflexiva do respeitável labor criativo deste poeta/escritor de primeiríssima grandeza. Este hermeneuta do verso, que - com convicção plena e raciocínio pontual - faz da arte de escrever um mandamento sagrado. Antonio Miranda, parabéns! Sincero e fraterno abraço, meu prezado amigo e companheiro de ideais literários" (27/4/2004). RUBENIO MARCELO (Secretário-Geral da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras)

"Prof. Antonio Miranda, mestre das Ciências e, com muito encanto, agora descubro que também das Artes: Minha admiração por sua pessoa já é bem antiga, datando dos primórdios dos anos 80, quando fui sua aluna em um curso de especialização promovido pela Faculdade de Biblioteconomia da UFRGS. De todos os seus ensinamentos o que mais me marcou foi sua constatação, através de comentário ao final do curso, que me expressava muito melhor oralmente do que na forma escrita. E este foi um dos aspectos que lutei por melhorar ao longo de minha carreira. Hoje fico orgulhosa quando elogiam meus textos, lembrando sempre quem me mostrou o caminho. Gostei muito de sua página pessoal, tão 'clean', tão fácil de navegar. Seus textos, muitos já li, mas sua arte foi minha maior surpresa e encantamento. São belíssimas as peças em madeira, material nobre por natureza e cada vez mais raro pela ação devastadora do homem. Apreciei as fotos, mas espero, em breve, poder admirá-las expostas, quem sabe, aqui pelo sul? Parabéns e cada vez mais sucesso." HELEN BEATRIZ FROTA ROZADOS, Professora do Departamento de Ciências da Informação/UFRGS



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