POEGOESPACIALISMO - ( 1958 – 1966 ) Apresentado por ROBERTO PONTUAL
POEGOESPACIALISMO
Texto por ROBERTO PONTUAL
[O presente texto foi extraído de http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/danirham_eros4.html]
DENTRO/FORA
Poegoespaço de da, nirham: eRos criado em 1960. Perceba-se o sentido de ilusão ótica que o desenho cria, dando a impressão de mostrar a capa e, em outra visão, uma página do livro...
Reprodução de uma imagem de um poegoespaço de DA NIRHAM EROS (pseudônimo de Antonio Miranda no início de sua carreira de poeta), publicada originalmente na Revista de Cultura VOZES, n. 9, Volume LXIV, Ano 64, Novembro 1970, edição temática “ARTE/BRASIL/HOJE”.
Na referida revista Vozes acima citada, Pontual reproduziu trechos do Catálogo da Exposição Egoerista realizada no pátio do MEC (Rio, outubro 1960) edifício de Lucio Costa/Roland Corbusier. Aqui vão os trechos escolhidos:
“1. A COMPREENSÃO de uma tela dita poegoespacial deve começar do impacto mesmo da contemplação: revelação e identificação de sua forma. Não nos julgamos pintores, mas arquitetos-de-letras. O que nos leva a expor nosso trabalho em telas é o fato de que nossa poesia é mais espacial do que mesmo gráfica, e na pintura (neo) ela encontra maior perspectiva. Do mesmo modo, pintaríamos a aproa de um navio, de um avião (que delícia!), um muro sugestivo. E não se assustem quando virem letras “misteriosas” nas ruas e muros: não se trata de movimento agressivo ou signos, ou símbolos místicos ou tampouco espionagem: são os egoeristas. (Catálogo da I Exposição Poegoespacial, pátio do MEC, 1960).
2. Nós, os egoeristas, bem fizemos em chamar a sede de nosso movimento de ocioásis, ideograma (ou, para nós, poegoespaço) desinente de lugar de fazer nada. Nada, todavia, significa mais bem realizar o que seja do âmbito da satisfação desprovida de necessidade material. O ocioásis foi palco de muitas conversações sobre temas que vieram compor o egoerismo, com da, nirham: eRos – pseudônimo de ANTONIO MIRANDA , Roland Grau, Carlos Alberto, Fernando Amaral e Jorge Paulo (“A Inutilidade da Arte ou sua Inexistência”, junho 1960).
3. UMA DEFINIÇÃO; [poegoespaço de DA NIRHAM EROS]
AR teofício
AR tifício
AR teócio
AR te
cio
AR
tecido.
( Rio de Janeiro - junho 1960)
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