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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



GLADYS MENDIA

 

 

(Maracay, 1975). Técnico Universitario en Turismo. Actualmente reside en Santiago de Chile. Fue becaria de la Fundación Neruda (La Sebastiana) en el año 2003. Ha publicado en revistas literarias de Venezuela, España, Colombia, Perú, Estados Unidos, México, Ecuador, Brasil, Portugal, Francia y Chile, así como también en las Memorias del Primer Festival Internacional y Popular del Libro 2007, Bogotá, Colombia y en la Antología “El Hacer de las Palabras” 2007, San Juan, Argentina y en la Antología “El Mapa no es el Territorio”, Editorial Fuga, 2007, Valparaíso, Chile. Poemas suyos han sido traducidos al catalán y al francés. Desde junio de 2008 es corresponsal de la Revista Literaria Fata Morgana y el programa cultural Los Impresentables,  ambos  de Colombia.  Participó  en  el Encuentro  Internacional  de Poesía Poquita Fe 2006, Chile. Es directora y editora de la Revista Literaria

Latinoamericana Los Poetas del 5,  en  sus dos  versiones: web  e  impresa, desde el año 2004. 

www.lospoetasdelcinco.cl

www.lospoetasdelcinco.blogspot.com     

contacto: mendia.gladys@gmail.com


 

 

Fuente: TRÁNSITO DE FUEGO / TRÂNSITO DE FOGO - Selección de jóvenes poetas latinoamericanos / Selecção de jovens poetas latinoamericanos 1972-1990. Selección y compilación / Seleção e compilação Raquel Molina. Traducción al português / Tradução ao português Gladys Mendía.  Caracas: Casa de las Letras Andrés Bello, 2009.

 

TEXTOS EM ESPAÑOL    /     TEXTOS EM PORTUGUÊS

Ver também: POESIA VISUAL

 

 

 

PARPADEOS DEL INCENDIO

(fragmentos)

 

en el túnel a veces veo la mano    a veces las piernas     y luego salgo a la nieve negra     parpadeo de luces entre ceguera y videncia     parpadea la nieve en las montañas     me encandila el relámpago que salta     me hiere los ojos como hundiéndolos en los vapores oscuros     la nieve es el mar     se le salen los colmillos goteando    quién es uno sino un poco de nieve     el túnel es el parpadeo en sombras    pero veo todo derretirse en sombras    pero veo todo derretirse corriendo    en el túnel intermitente los ojos parecen girar dar vueltas de ruleta las ventanas del túnel te permiten cosas    asómate a la ventana    qué es uno sino un asomarse    el viaje comenzó     hace largo rato que comenzó    sin caminar porque aunque no te muevas el viaje comenzó desde  las ventanas veo  las  semillas que aún no  revientan y ya piensan en el fn    el túnel me enseña la voz aprendo a usarla    cómo será la voz    es negra    es india    es blanca    el túnel es la destrucción lenta    el viaje es la destrucción    el viaje es la mezcla entre sombras y luces    entre paredes y ventanas     no veré el sol de la voz    pero el viaje ha comenzado

 

 

sólo  somos  parpadeos  con  nombres        confnados  y  fnados  nombres

repitiendo  los mismos  incendios        caen  los  pedazos  de  piel       mien-

tras  caminamos        y  conversamos  y  comemos  y  dormimos        se

nos  hace  cenizas  el  nombre        todo  arde  sin  saber        pero  a  veces  uno sabe       o  sueña que  sabe        se  sabe parpadeo  torpe en el viaje        repetitivo en  la caricatura       perdido en  las ventanas enfermo de  tanto asomarse

 

los órdenes teóricos están hirviendo    se evaporan    no hay sagradas escri-

turas la voz es un momento que será sin territorio    sin atuendos marciales

sin combate cuerpo a cuerpo    sin código de honor    ni orgullo    ni altivez

ni lealtad    ni venganza    destejer hay que destejer    acabar con el rito    la voz se está construyendo mientras arde fríamente    el intelecto    es caricatura    el   viaje se ha iniciado    la desarmonía de las partes    la llama de las partes    la inestabilidad de las partes    lo tóxico de las partes amamantan a la voz lentamente

 

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Gladys Mendia

 

 

GLADYS MENDIA

 

(Maracay, 1975). Técnico Universitário em Turismo. Estudos de Licenciatura  em Letras. Atualmente  reside  em Santiago de Chile. Foi bolsosta da Fundação Neruda (A Sebastiana) no ano 2003. Publicou em revistas literárias de Venezuela, Espanha, Colômbia, Peru, Estados Unidos, México, Equador, Brasil, Portugal, França e Chile, bem como também nas Memórias do Primeiro Festival Internacional e Popular do Livro 2007, Bogotá, Colômbia, na Antologia “O Fazer das Palavras” 2007, San Juan, Argentina e na Antología “O Mapa não é o Território”, Editorial Fuga, 2007, Valpara-

so, Chile. Poemas seus foram traduzidos ao catalão e ao francês. Desde junho de 2008 é correspondente da Revista Literária Fata Morgana e o programa cultural Os  Impresentáveis, ambos de Colômbia. Participou  em diversos encontros internacionais de poesia. É diretora e editora da Revista Literária Latinoamericana Os Poetas do 5, em suas duas versões: site e impressa, desde o ano 2004.

www.lospoetasdelcinco.cl

www.lospoetasdelcinco.blogspot.com

contacto: mendia.gladys@gmail.com

 

                            Ver também: POESIA VISUAL

 

 

PESTANEJOS DO INCÊNDIO

(fragmentos)

 

no túnel às vezes vejo a mão    às vezes as pernas    e depois saio à neve negra pisco de luzes entre cegueira e vidência    pisca a neve nas montanhas     me ofusca o relâmpago que salta    me fere os olhos como os afundando     na neve é o mar    se lhe saem os colmilhos gotejando    quem é um senão um pouco de neve    o túnel é o pisco em sombras     mas vejo todo derreter-se em sombras    mas vejo todo derreter-se correndo    no túnel intermitente os olhos parecem girar    dar voltas de roleta as janelas do túnel permitem-te coisas    assoma-te à janela    que é um senão um se assomar    a viagem começou    ainda que não te movas a viagem começou     desde as janelas vejo as sementes que ainda não arrebentam e já pensam no fim o túnel me ensina a voz aprendo a usá-la como será a voz    é negra    é índia    é branca   o túnel é a destruição  lenta       a viagem é a mistura entre sombras e  luzes  entre paredes e janelas    não verei o sol da voz    mas a viagem começou

 

somos apenas pestanejos com nomes    confinados e finados nomes repetindo os mesmos incêndios    caem os pedaços de pele    enquanto caminhamos     e conversamos e comemos e dormimos    se nos faz cinzas o nome    tudo arde sem saber    mas às vezes um sabe    ou sonha que sabe     se sabe pisco torpe na viagem    repetitivo no desenho     perdido nas janelas doente de tanto se assomar

 

as ordens teóricas estão fervendo    se evaporam    não há sagradas escrituras   a voz será um momento sem território    sem vestimentas    sem combate  corpo a corpo    sem código de honra    nem orgulho    nem altivez    nem   lealdade       nem vingança       há que desfazer       acabar com o rito       a voz  se está a construir enquanto arde friamente    o intelecto é caricatura    a viagem se iniciou    a desarmonia das partes    o lume das partes    a fragilidade  das  partes        o  tóxico  das  partes  amamentam  à  voz  lentamente

 

 

Dois critérios marcaram a seleção das obras, o primeiro esteve determinado pela ubicação geracional, os nascidos entre 1972 e 1990; o segundo critério esteve orientado pela procura de uma voz própria, singular e independente que permitisse abrir-se passo por si mesma um espaço, umas representadas na audácia do dizer, outras, expressadas na sua estreita relação com a realidade social ou com os fortes laços da pertença e a consciência latinoamericana.

 

Página publicada em abril de 2009

 


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