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ANNA DONNER
Anna Donner Rybak: Analista en Sistemas, Escritora, Corrección de Estilo.
Docente de Programación, Ensayista, Escritora y Poeta.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
RAPSODIAS. Selección de poesia contemporânea. Montevideo: aBrace editores, 2010. 96 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
En la mira de los lamentos
El mundo tiene
Sus ojos puestos,
En este muro,
En esa Tierra.
Tierra prometida,
Tierra disputada,
Sangre derramada,
Y vidas entregadas.
Dos estados,
Sin fronteras borradas,
Ni existencia denegada,
De la faz de ningún planeta.
No todos son buenos,
Ni todos son malos,
Tan solo son víctimas,
De la miseria humana.
Niños escudos,
Niños mártires,
Niños prometidos,
A la guerra santa.
Palestinos,
Israelíes,
Ni vencidos ni vencedores,
Sólo un montón de sangre derramada.
Robot
Ya no te ríes ni lloras,
Tu memoria ha sido borrada,
Sólo te prendes o apagas,
¡Un!,¡Dos! ¡Tres!; militarmente, marchas.
Hicieron tu pensamiento añicos,
Condenándote por negar a la virgen,
El proyectil ha sido de largo alcance,
No importa cuántos han caído.
Desaparecida tu identidad,
Amputadas tus emociones,
Masacrada la herejía,
Eres parte de la informe masa.
La nobleza del fin te obliga,
A llegar al confín de la nada,
Escaparon tus Instintos de la rutinaria virtualidad,
Hallarás la salvación en la inquisición tecnológica.
Cual mimo de porcelana,
Tu virtud se ha vuelto intachable,
Sobre una máscara carnavalera.
Irreverentemente común,
Políticamente correcto,
Eres la herramienta del tirano,
Y la delicia de tu amo.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA
Na ira do lamento
O mundo tem
Seus olhos postos
Neste muro
Nessa Terra.
Terra prometida,
Terra disputada,
Sangria derramada,
Y vidas entregadas.
Dois estados,
Sem fronteiras apagadas,
Nem existência denegada,
Da paz de nenhum planeta.
Nem todos são bons.
Nem todos são maus,
Apenas são vítimas,
Da miséria humana.
Crianças escudos,
Crianças mártires,
Crianças prometidas,
À guerra santa.
Palestinos,
Israelitas.
Nem vencidos nem vencedores,
Apenas um montão de sangue derramada.+
Robô
Já não ris nem choras,
Tua memória já foi apagada,
Apenas te prendes ou apagas
Um! Dois! Três!; militarmente, marchas.
Fizeram de teu pensamento pedaços,
Condenando-te por negar a virgem,
O projétil era de longo alcance,
Não importe quantos os que caíram.
Desaparecida a tua identidade,
Amputadas tuas emoções,
Massacrada a heresia,
És parte da difusa massa.
A nobreza do fim te obriga,
A chegar aos confins do nada.
Escaparam teus instintos da virtualidade rotineira,
Acharás a salvação na inquisição tecnológica.
Como um mimo de porcelana,
Tua virtude tornou-se intocável,
Lábios de carmim te foram lacrados,
Sobre uma máscara carnavalesca.
Irreverentemente comum,
Politicamente correto,
És a ferramenta do tirano.
E a delícia de teu amo.
Página publicada em novembro de 2019
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