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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

LEON FELIX BATISTA

 

Nació en Santo Domingo, República Dominicana, en 1964. En 1986 se trasladó a Nueva York. Es poeta y ha publicado: El Oscuro Semejante (1989), Negro Eterno (1997) y Vicio (1999). Su libro Torsos Tórridos, obtuvo una mención especial en el Concurso de Poesía Diario de Poesía/Vox 2000.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -    TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

una tarde me fui hacia extraña nación 

 

Aturde un componente (adultera el territorio) varios metros calle arriba. He aquí el contrargumento: sea un cielo con mancillas como oscura parentela e hilvanándose tenaz como un cardumen, ramas. A la mente le repugna el contenido heterogéneo, presunción de que el prodigio va alcanzando claridad. Aunque sé cómo trenzar ambas manifestaciones: fraguar con todo y huesos dimensión y escalofríos para tejer tapices, extenderlos en alambres y ponerme a equilibrar respiración y asfixia. Con buen método, asilándome (sin tacha la simbiosis): así llego a la ciudad que parece una mucosa que injertara a su volumen materia muy lejana. Así como el dolor, que se ubica en zonas álgidas y desde allí se irradia para inhabilitar.

(De Negro Eterno)

 

un evento de libido


Me atreveré a hilvanar, de otros tiempos venatorios, las cenizas –y esbozarlas. Eso porque sedimentan (en violenta anamorfosis) grabándose en estampas ya amarillas. Se conoce que ella vuelve más denso el flamboyán porque los pies se mezclan con la membrana ardiente. La modela un overall (debajo dril austero y (a la yunta de las piernas) vedado queda el núcleo); el pelo vuelto cúmulo en el cráneo viriloide, duro de dilucidar. Y muta en mito un gesto, predominante entonces: sus falanges sobre un muslo, ligadura imaginaria, tres urracas en los ramos imponiendo el desenfreno.

(De Torsos Tórridos)

 

VEA Y LEA más poetas y poema de Republica Dominicana en:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/rep_dominicana/repub_dominicana.html

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução: Antonio Miranda

 

uma tarde fui para uma  estranha nação


Aturde um componente (adultera o território) vários metros rua
acima. Aqui o contra-argumento: seja um céu de manchas como
escura parentela e enlaçando-se tenaz como um cardume, ramos.
A mente repugna o conteúdo heterogêneo, presunção de que o
prodígio vai alcançando claridade. Embora eu saiba como trançar ambas manifestações: forjar com tudo e ossos dimensão e calafrios
para tecer tapetes, estendê-los em arames e colocar-me a equilibrar
respiração e asfixia. Com um bom método, asilando-me (sem tacha a
simbiose): assim chego à cidade que parece uma mucosa que enxertara seu volume matéria bem distante. Assim como a dor que
se localiza em zonas culminantes e desde ali se irradia para inabilitar.

 

um evento da libido


Vou me atrever a enlaçar, de outros tempos venatórios, as cinzas — e esboça-las. Isso porque sedimentam (em violenta anamorfose) gravando-se em estampas já amarelas. Sabemos que ela torna mais denso o flamboyant porque os pés se misturam com a membrana ardente. Um overall modela-a (sob um dril austero e (na junta das pernas) vedado fica o núcleo); o pelo tornado cúmulo no crâneo viral, duro de dilucidar. E transforma-se em mito um gesto, então predominante: suas falanges sobre um músculo, ligadura imaginária, três gralhas nos ramos impondo o desenfreio.

 

 

II BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA DE BRASÍLIA – Poemário. Org. Menezes y Morais.  Brasília: Biblioteca Nacional de Brasília, 2011.  s.p.  Ex. único.

 

 

Cabe ressaltar: a II BIP – Bienal Internacional de Poesia era para ter sido celebrada para comemorar o cinquentenário de Brasília, mas Governo do Distrito Federal impediu a sua realização. Mas decidimos divulgar os textos pela internet.         

 

 

velámenes de algas


i
nfestan la extensión

sondeo el intervalo
recamado de hexagramas:
el gozne de las piernas
con una caracola
incisa en la corriente de los vórtices

 

su cabeza bucólica, su boca,
dice acordes en almíbar,
estrato de centeno
soluble en las falanges
el ábaco fugaz de las clinejas

 

seguro soy de cera entre su córtex

 

 

 

velâmens de algas


infestam a extensão

exploro o intervalo
adornado de hexagramas:
a dobradiça das pernas
como um caracol
inciso na corrente dos vórtices

sua cabeça bucólica, sua boca,
diz acordes em calda,
extrato de centeio
solúvel nas falanges
o ábaco fugaz das tranças

 

seguro sou de cera entre seu córtex

 

 

 

bocas tensas

 

entre redes de sargazos,

los torsos como láminas

del muro antiguo piedra

 

estructura cavernosa

vibrándome en las glándulas

formándose en islotes de anarquía

 

al roce cáustico

mi cráneo es cripta;

los órganos son témpanos

que intentan estallar,

abrir un agujero diafragmático

 

esquirlas de la carne

vacantes de sentido,

presente revocado de reflujos:

en ellos se ha injertado

suturas de sentido

         siguiendo coordenadas subconscientes

 

 

 

bocas tensas

 

entre redes de sargaços,
os torsos como lâminas
do muro antigo granizo
estrutura cavernosa
vibrando-me nas glândulas
formando-se em ilhotas de anarquia
ao toque cáustico
meu crânio é cripta;
os órgãos são tímbales
que desejam estalar,
abrir um agulheiro diafragmático
lascas da carne
vazias de sentido,
presente revogado de refluxos:
neles se enxertou
suturas de sentido
seguindo coordenadas subconscientes

 

 

 

espirales agilísimas

 

bajo bruma de acuarela

el mar es pura brea

que ocluye las agallas

 

yo respiro con la asfixia

de la mitad del Tao:

 

con la boca yo busqué su vena cava

 

 

 

espirais agilíssimas


sob bruma de aquarela
o mar é puro breu
que oclui as guelras

eu respiro com a asfixia
da metade do Tao:

com a boca eu busquei sua veia cava


 

el sexo apenas mar

 

movimiento con almejas:

accidente derramando parlamentos

 

en jornadas de bandido,

de nivel y desnivel,

imperfecta la rapiña de espesuras

 

así purificado

pero cartilaginoso

 

cimentado en los preceptos de Mercurio

 

 

o sexo apenas mar


movimento com almêijoas:
acidente derramando parlamentos

em jornadas de bandido,
de nível e desnível
imperfeita a rapina de espessuras

assim purificado
mas cartilaginoso

cimentado nos preceitos de Mercúrio



cuando amé, depredé

 

las superficies tersas,

el volátil equilibrio de la duna

 

cuando ví quise arder

con la piel del farallón

en los ángulos agudos del menguante

 

una ola arrancada

de la tinta corroída

sólo escupe contenidos epilépticos

 

 

 

quando amei, depredei


as superfícies tersas,
o volátil equilíbrio da duna

quando vi quis arder
com a pele do recife
nos ângulos agudos do minguante

uma onda arrancada
da tinta corroída
só cuspe conteúdos epilépticos

 

Poemas do livro Mosaico fluido.

Traduções: Adriana Zapparoli

 

 

 


 

Página publicada em abril de 2107-

Página publicada em abril de 2019


 
 
 
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