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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MARIA AMÉLIA FIGUEIREDO DA CRUZ

 

 

Nasceu em Portugal.

 

Publicou poemas em jornais de Manaus, Amazônia.

 

 

 

MELLO, Anisio.  Lira amazônica - Antologia. Vol. I       São Paulo: Edição Correio do Norte, 1970.   286 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

AS TUAS CARTAS

 

São para mim a seiva que sustenta
Esta saudade atroz que me devora,
Néctar divino, chama que alimenta
Minha resignação de cada hora.

 

Todo o meu ser é mágoa que atormenta
E a mais secreta filha geme e chora.
E, quanto mais te invoco, mais aumenta
A dor que a saudade revigora!

 

Sem ti, o dia corre mal vivido.

Mas como vives sempre em meu sentido,

Como celeste luz de intenso brilho,

 

És guia a iluminar-me, passo a passo!
Pois tua imagem, como doce laço,
Prende-me à vida e, a vida, és tu meu filho!

 

 

         (Com a dedicatória: "Para o meu adorado filho").

 

 

 

 

 

QUADRAS DE  SÃO JOÃO

 

Vamos lá deitar as sortes,
Vamos ver se se advinha,
Que de todas as mulheres
Só tu virás a ser minha.

 

Convidei-te p'ra dançar
E fui teu par derradeiro
No amor prefiro a chama
do fogo, que arde primeiro.

 

Quando na roda dançares
Não andes muito agarrada,
A mulher é como a rosa,
Facilmente é desfolhada

 

Se os beijos dessem flores
com o odor do jasmim,
Quando alguém por ti passasse
Pensaria seres jardim.

 

Olhas p'ra mim com desdém,
Mas tenho cá o meu parecer
Que andas a sujar a água
Que amanhã irás beber!

 

Quando saltares a fogueira,
Tem cuidado, olha o calor
Que às vezes também nos queimam
As palavrinhas de amor.

 

Nunca faças juramentos
Quando saltares a fogueira
Que podes, por uns momentos
Ter de chorar vida inteira.

 

Deste-me água que pedi
Para abrandar ao calor,
Agora prezo por ti
Só tenho sede de amor.

 

 

 

 

 

AMARGA HERANÇA

 

Foste ó passado, sem levares contigo
Herança amarga que, por minha sina,
Me dói no peito quando me ilumina
E me é tão grata quanto é meu castigo.

 

Nasci tão longe, num castelo antigo,
Entre jardins e água cristalina
Aonde a minha imagem de menina
Se refletia junto ao cisne amigo.

 

Já não possuo mais a linda trança;
Morreu o velho cisne desprezado
E foi-se embora a minha mocidade.

 

Encantos e beleza de criança
Idos já, num feliz passado
Deixaram por herança só saudade!

 

        (Do "Jornal do Comércio", 3-3-63, Manaus).

 

 

 

 

Página publicada em novembro de 2020


 

 

 
 
 
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